Resenha do Capítulo 4 do Livro História das relações Internaionais contemporâneas
Por: André Lucas • 6/2/2019 • Resenha • 1.248 Palavras (5 Páginas) • 627 Visualizações
No texto a seguir, analisaremos o capítulo 4 e o tópico 5.3 (Cáp. 5) do livro "História das Relações Internacionais Contemporâneas",, do autor José Flávio Sombra Saraiva.
O capítulo 4 aborda, em sua parte inicial, sobre a instabilidade interncional no período entre 1° e 2° guerras mundiais. Este período foi considerado por grandes analistas como uma era de "paz ilusória", turbulência e crises europeias.
O conceito de regulamentação da paz concreto que conhecemos hoje em dia ainda estava em seu processo de construção naquela época. No fim da 1° grande guerra mundial, a Europa estava se recuperando de perdas territoriais e econômicas, dentre outras. Tendo em vista essa conturbação no cenário europeu, em janeiro de 1919, foi realizada a Conferência de Paz que, mesmo sendo uma iniciativa com objetivo comum à todos - regulamentar a paz - tinha problemas na sua origem, pois a presença das Nações coligadas contra a Alemanha e seus aliados tornava as discussões cada vez mais difíceis, fazendo com que fosse necessária a criação de uma cúpula de discussões envolvendo as 5 grandes potências da época: Estados Unidos, Grã- Betanha, França, Itália e Japão. Além disso, era a primeira vez que os países derrotados eram excluídos das mesas de negociações (inclusive a URSS que, mesmo tendo lutado contra a Alemanha,ficou de fora das discussões).
Neste momento, as relações internacionais estavam dividas por duas concepções: a do presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson e o revanchismo da França. O projeto wilsoniano de nova ordem mundial tinha como base 14 pontos, que visavam uma nova era de paz entre as nações, erradicando a diplomacia secreta e a celebração de alianças entre blocos de países, além de outras questões como a substituição da paz de equilíbrio de potências pelo debate público e o direito dos povos se autodeterminarem.
O presidente americano recebia apoio inglês por parte de David Lloyd George. Porém, o chefe de governo inglês também mantinha atenção no governo francês que, em contrapartida, quria impor sua hegemonia por ter sido cosiderada a grande vencedora da Alemanha e a 1° potência militar do mundo.
A Alemanha sentia-se inferiorizada pelo tratado de Versalhes, que era considerado um Diktat. O jurista alemão Walter Schücking enviou um documento à conferência, se opondo ao tratado, porém, Clemenceau rejeitou e ameaçou a Alemanha de reinício da guerra. No dia 28 de junho de 1919, a Alemanha coagida, finalmente assinou o tratado, na Sala dos Espelhos no Palácio de Versalhes.
A forma que o tratado foi imposto para a nação alemã gerou críticas severas incluindo a do economista britânico John Keynes, que considerava o castigo alemão um obstáculo para o desenvolvimento econômico da Europa. Além disso, a tentativa de regulamentar a paz por meio de imposição dos vencedores sobre os vencidos foi uma tentativa defeituosa, incoerente e pouco realista.
A 1° guerra mundial desencadeou uma série de mudanças ao redor do mundo, incluindo a situação de algumas potências. Os EUA que já eram potência industrial, consagraram-se também como potências financeira e comercial. O comércio internacional também passava por grandes mudanças, com EUA e Japão aumentando grandemente suas exportações. Isso coloca o EUA como uma nação que poderia, facilmente, prjetar sua soberania sobre os demais e controlar a s relações internacionais. A América Latina também se beneficiou com os percalços gerados pela guerra, pois seus comércios aumentaram, além da criação de novos bancos e fronteiras econômicas.
A Grã-Betanha abriu seu mercado, para que os seus devedores pudessem gerar recursos suficientes para saldas seus débitos. Em contrapartida, os EUA continuaram com sua política nacionalista e isolacionista, tal política foi uma medida comum entre os Estados na época, que preferiram o protecionismo para impulsionar suas economias.
Diante de tantos problemas afetando as relações internacionais do período entre guerras, foi criada a Sociedade das Nações Unidas - também conhecida como Liga das Nações - que tinha o objetivo regulamentar e estabelecer a paz entre as nações do globo. O órgão teve como base os 14 pontos de Woodrow Wilson, porém o senado norte americano recusou a criação do mesmo, tendo como consequência a não-participação dos Estados Unidos da América na liga. A liga das nações era composta por 4 membros permanentes : Grã-Betanha, França, Japão e Itália, além de membros não permanentes, que eram eleitos pela Assembleia por períodos de 3 anos. A Sociedade das nações se autodissolveu por conta de defeitos que vinham desde sua origem, sua última reunião ocorreu em 1946, e o membro foi uma pré definição do que conhecemos de Organização das Nações Unidas.
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