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A Prova de Filosofia: Focault

Por:   •  24/8/2021  •  Exam  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  151 Visualizações

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Filosofia

Prova Semestral

Gabriel Ramos: 201810435

DPDF

Faculdades de Campinas

24 de Junho de 2021

1)        

        Com o surgimento de novas tecnologias do poder a partir do século XVII e XVIII, o poder soberano aparentemente passaria a perder forças, ou a perder espaço mediante ao que ele se propunha até então, que era o direito de fazer morrer ou deixar viver, um poder que se apresentava como desequilibrado, ou assimétrico devido à supremacia da morte nessa relação. Essa supremacia da morte se dava na medida em que o poder soberano se mostrava a partir do momento em que incidia sobre a vida na forma de fazer morrer, executando e matando o indivíduo, o poder soberano mostrava sua existência e seu propósito neste sentido.

Todavia com o surgimento de instrumentos de poder regulatórios e disciplinadores o foco do poder deixou de ser no fazer morrer, mas sim no fazer viver, delegando a morte um caráter que aparenta ser secundário ou particular, por estar aquém dos novos objetivos do poder, ou do biopoder, que vinha para prolongar a vida, melhorar sua qualidade, evitar dificuldades e doenças, e mitigar os problemas endêmicos que assolam a existência humana, aperfeiçoando a espécie de certa forma.

Desta forma o poder soberano deve encontrar outros meios para exercer seu poder sobre a vida, seu poder de fazer morrer agora limitado deveria se adequar à supremacia do biopoder nas relações do Estado para com os corpos dos indivíduos e o bem estar da população. Essa adequação se faz por meio do racismo, que entra com o papel fundamental de permitir que o poder soberano atue e faça morrer, ou em muitos casos deixe morrer aos milhões pelo bem coletivo da vida de todos, ou da espécie.

Assim, o racismo entra nas relações de poder da sociedade fragmentando a população de determinado Estado entre aqueles que devem viver e aqueles que devem morrer, colocando ainda sim como fim último o aperfeiçoamento da vida da população, ou seja, não desviando dos objetivos estabelecidos pelo biopoder e servindo como ferramenta de adequação do poder soberano a esta nova realidade, em que não importa mais somente a eliminação do inimigo, mas sim a garantia de uma vida de qualidade para a população, colocando aqueles que são alvos do racismo como obstáculos a esse fim último a que o biopoder se dedica.

2)

        Em seu texto, Judith Butler discute acerca da detenção indefinida e como isso representa a soberania e sua relação com a governamentalidade existente no manejamento do Estado moderno, conceito que diz respeito ao governador, orientar as práticas de Estado a determinado fim, sendo de seu dever, governar o Estado buscando aperfeiçoar e maximizar os fins para que ele se propõe, se fazendo valer de quaisquer táticas que estejam ao seu alcance para alcançá-lo.

        No objetivo da governamentalidade de governar a população, e com o objetivo do Estado americano de intensificar a soberania e o exercício de sua segurança nacional, a governamentalidade estadunidense leva ao exercício de táticas que anulam ou penetram o estado de direito e a legislação americana, que integra também o aparato de soberania e segurança, a fim de atingir o próprio fim de intensificação e crescimento desse objetivo.

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