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A Resenha de Economia da China

Por:   •  9/2/2021  •  Resenha  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  186 Visualizações

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O artigo de Carlos Aguiar de Medeiros visa alcançar devolutivas acerca da ascensão da China na economia mundial, em u cenário de forte instabilidade política mundial, com as tensões entre Estados Unidos e antiga URSS. Ao longo do texto, ele abordará temas como a geopolítica da China e as políticas de exportação, as estratégias comerciais e financeiras e, a análise do todo, chegando ao desenvolvimento econômico chinês atual, que tornou o país, uma das maiores potências do mundo.

O cenário internacional da época, entre 1978 e 1999, era marcado por tensões entre as duas maiores potências do mundo, Estados Unidos e União Soviética e, por isso, havia forte instabilidade política, abrindo brecha para que outras nações pudessem crescer e se desenvolver no cenário internacional. Dessa forma, a China começou a agir com o plano “portas abertas”, começando pela modernização industrial e pelo desenvolvimento de sua economia, ajudada pelo panorama ofensivo que permeava a relação comercial entre EUA e Japão, a China passou a ser a principal parceira da potência americana.

Os EUA, excluindo Hong Kong, tem sido o maior mercado para as exportações chinesas formadas basicamente por sapatos, têxteis e, crescentemente, por produtos eletrônicos de baixo valor unitário. A China, por sua vez é o mercado de maior expansão para as exportações americanas compostas basicamente por aviões, equipamentos, produtos químicos e grãos. (MEDEIROS, 1999, pág 6).

Toda a movimentação chinesa acerca do desenvolvimento e das modernizações servia para fortalecer a soberania de sua unidade territorial e da sua população, se tornando legítima para o sistema internacional, para que eles a reconhecessem como uma potência mundial assim como os EUA.

Para isso, o país começou o processo de reforma com quatro grandes modernizações, na agricultura, já que o país era majoritariamente agrário em meados dos anos 70 e era necessário aumentar a produtividade agrícola, na indústria, pois seria difícil se desenvolver acima dos demais países sem o desenvolvimento dela, na ciência e tecnologia, pois a China estava atrasada nessa nova inteligência, se comparada a outros países que também disputavam essa ascensão a potência e, por fim, o investimento em defesa nacional, pois o território é um dos principais fatores de soberania dentro do Sistema Internacional e, para frear seu desenvolvimento, outros países poderiam querer atacar seu solo.

Nas questões sociais de redistribuição de renda e diminuição da pobreza, a China passou por diversas transformações. Com o desenvolvimento agrário e industrial, o PIB do país cresceu exorbitantemente entre 1978 e 1992, o que ocasionou a mudança de parte da população rural para o meio urbano em busca de novas oportunidades. No entanto, a questão da extrema pobreza não se resolveu de forma a ter grande concentração de renda nas mãos de poucos chineses, o que alicerceou, nos anos 90, um alto crescimento também nas desigualdades entre regiões.

Outra movimentação que fortaleceu a economia chinesa foi a forte entrada de multinacional dentro do Estado, principalmente devido a abertura que as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) davam para essas empresas, com investimento estrangeiro direto (green field), mão de obra barata e com conhecimento, além da taxa de câmbio de exportação do país ser muito baixa (um jogo financeiro que a China aplica visando retirar a competitividade de qualquer outro exportados).

No entanto, com o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos tentaram reaver o poder da China, visto que viram nela uma possível ameaça à sua soberania. Para isso, interceptaram negociações entre os chineses e os japoneses (que aceitaram, pois não teriam forças para lutar contra a potência americana), desenvolveu embargos às negociações chinesas com outros países da Europa e dos tigres asiáticos, além de usarem de sua influência no cenário internacional para vetar movimentações e crédito ao país, alegando desrespeito aos direitos humanos.

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