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Administração Pública Empreendedora

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Por:   •  25/9/2013  •  4.356 Palavras (18 Páginas)  •  600 Visualizações

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EMPREENDEDORA

INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda um tema relativamente novo na Administração Pública: o Empreendedorismo Governamental.

O termo “Empreendedorismo” refere-se aos estudos ligados ao empreendedor, como perfil, comportamento, atitude e tudo que o torna único em seu modo de pensar e agir diante de diferentes situações.

O Empreendedorismo Governamental pode ser entendido como a intervenção do governo na ordem econômica de um país, como a participação societária em setores econômicos ou o retorno à estatização. Na Europa existem algumas discussões sobre os limites do governo nesses setores. Algumas opiniões afirmam que o governo não pode ser competidor no mercado e ao mesmo tempo árbitro.

O tema levanta uma dúvida em relação o que vem a ser “Público” e “Governamental”, o aspecto público está ligado ao que pertence ao Estado e à coletividade (seus cidadãos), já o aspecto governamental abrange o exercício do poder político nos nível federal, estadual e municipal.

Os órgãos públicos têm a capacidade de aprender e praticar uma gestão de excelência a fim de melhorar as condições de vida da sua população e também estimular, direta ou indiretamente, a inovação tecnológica para a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos seus municípios.

Primeiramente falaremos do empreendedorismo, a origem do empreendedorismo, Brasil: de estado patrimonialista para a administração pública gerencial e a nova gestão pública.

EMPREENDEDORISMO

De acordo com Tsufa (2009), o termo empreendedor surgiu na França entre os séculos XVII e XVIII, e era utilizado para denominar pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico mediante formas inovadoras de pensar e principalmente de realizar seus propósitos.

A escola Empreendedora não está preocupada em saber como a estratégia dever ser formulada, mas sim como elas são formuladas, por isso são conhecidas como escolas “descritivas”, que descrevem ações ao invés de prescrevê-las. (Tsufa, 2009)

Do grupo a que pertence a Escola Empreendedora, Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p.28) citado por Tsufa (2009), ressaltam que essa escola “[...] enfatizou o mais inato dos Estados e processos – intuição, julgamento, sabedoria, experiência, critério”. E é por isso que o termo é bastante focado na figura do empreendedor.

Até os dias de hoje é comum associar alguém como sendo empreendedor por que suas características comportamentais estão ligadas a atitudes inovadoras e inquietas capazes de fazer, como exemplo, uma organização ou o lugar onde vive sair do seu estado de homeostasia e buscar novos horizontes. Portanto, quanto maior for o desenvolvimento do potencial empreendedor das pessoas, maior será a capacidade empreendedora do lugar que as cerca. (Tsufa, 2009)

De acordo como Tsufa (2009), segue um exemplo de município de Canindé de São Francisco (SE) que implantou ações empreendedoras:

• A prefeitura criou um programa para dinamizar a economia e o turismo de sua cidade por meio dos setores de apicultura, caprinocultura, cosméticos e turismo. È interessante como esses setores estão interligados: os produtos derivados da apicultura são comercializados pela “Casa do Mel”, também criada pela prefeitura para ser o braço comercial do setor. Essa unidade possui máquinas e equipamentos que permitem aos produtores preparem subprodutos derivados do mel para fornecimento a indústria de cosméticos.

• Ao mesmo tempo, a prefeitura cede, em caráter de empréstimo, 11 matrizes e um reprodutor para as famílias iniciarem suas próprias criações. Após dois anos, as famílias devolvem o que receberam da prefeitura para que ela possa beneficiar outras famílias. Com essa iniciativa e a realização de um grande evento denominado “Festa do Bode”, Canindé de São Francisco se tornou referência gastronômica. Nesse setor, parte do leite de cabra é fornecido para a merenda escolar e parte para a indústria de cosméticos.

• Com as matérias primas leite e mel, a indústria de cosméticos fabrica produtos e os comercializa, por meio de vendedores ambulantes cadastrados, para os turistas que visitam a cidade, agregando valor ao turismo local. A prefeitura também capacita guias turísticos, contadores de histórias e agentes de turismo para oferecer tratamento diferenciado aos visitantes.

Para Tsufa (2009) a definição de Empreendedorismo muitas vezes é confundida à definição de empreendedor pelo fato de ambos estarem inteiramente interligados. O Empreendedorismo é a ação e o empreendedor é o agente que pratica a ação. Não há empreendedor sem realização empreendedora e não há ação empreendedora sem agente empreendedor.

O empreendedorismo público requer a normatização das ações, pois a lei precede as ações do governo. Essas leis são feitas pelos membros do Poder Legislativo, que são os representantes dos cidadãos, para resguardar os interesses da coletividade. (Tsufa, 2009)

De acordo com Tsufa (2009) o processo de planejamento público passa por cinco fases:

• Identificação de oportunidades por meio da analise ambiental (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças);

• Formulação de diretrizes para definição dos objetivos alinhados à missão organizacional;

• Elaboração do planejamento estratégico contendo todo detalhamento para concretizar os objetivos;

• Implementação (considerando que as fontes foram identificadas e o processo implantado);

• Gestão e controle.

ORIGEM DO EMPREENDEDORISMO

Podemos dizer que o Empreendedorismo surgiu da economia. É atribuída a paternidade do termo do pensamento econômico empreendedor ao nome de Joseph Shumpeter, Karl Marx e Jean Baptiste Say, que diziam que empreendedores são como agentes de mudanças capazes de mover a economia. (Tsufa, 2009)

Para Schumpeter, não era exatamente a maximização de lucro que explicava o comportamento corporativo, mas sim as tentativas de maximizar os lucros. Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 101) citados por Tsufa (2009), dizem que “[...] o problema que usualmente é visto é o de como o capitalismo administra as estruturas existentes,

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