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As Políticas sociais no mundo contemporâneo

Por:   •  7/12/2017  •  Resenha  •  1.198 Palavras (5 Páginas)  •  333 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Políticas sociais no mundo contemporâneo – Professor Ademir

Fernanda Martins – RA00164481

Juliana Ferreira – RA00164280

Rafael Tiba – RA00141716

Resenha do filme “Sicko – SOS Saúde”

        Sicko – SOS Saúde é um documentário que foi produzido e dirigido pelo cineasta Michael Moore com o objetivo principal de mostrar como realmente funciona o sistema de saúde norte-americano. Nos Estados Unidos não existe um sistema de saúde universal e gratuito, desse modo, a população só tem acesso à saúde se conveniada a algum plano de saúde.

        No desenrolar do documentário são apresentados vários exemplos de casos de pessoas que, apesar de terem planos de saúde, não têm suas despesas cobertas pelas seguradoras, nem o acesso aos medicamentos que necessitam ou aos exames mais especializados, que são caros. Além de acontecer estes fatos, na maioria das vezes os motivos apresentados pelas seguradoras são infundados e até preconceituosos.

        Em suma, a população acaba sendo obrigada a pagar valores altíssimos para manter um plano de saúde, porém, se o segurado apresentar algum tipo de risco de saúde que possa comprometer o rendimento do seu plano, já está fora por motivos sem fundamentos e é obrigado, além disso, a pagar por tratamento particular ou até mesmo não ser atendido, levando-o ao risco de morte. Infelizmente existe uma lista enorme de doenças que não são aceitas para serem asseguradas, ou seja, o preconceito já começa a ser evidente.

        Assim sendo, o documentário nos mostra que o sistema de saúde norte-americano faz da saúde da população um comércio lucrativo para os planos de saúde e também para o próprio governo do local, dando-nos a percepção de que o objetivo dos planos de saúde não é a saúde da própria população, mas sim a maximização dos lucros.

        Este ponto fica bem evidente quando o documentário relata que durante o governo do presidente Clinton, a primeira-dama Hillary Clinton anunciou o plano de cobertura universal da saúde norte-americana, entretanto, o que se observou foi a compra dos congressistas pelos seguros de saúde e pelas fábricas de medicamentos justamente para que o sistema de seguros particulares nos Estados Unidos continuasse a crescer.

        Enquanto tudo isso ocorria “por trás dos panos”, o documentário nos mostra também casos de pessoas que vieram a falecer em decorrência de não serem asseguradas pelos próprios planos de saúde que estão sendo pagos e muito bem, para fazerem um determinado tipo de exame ou cirurgia. O diretor Moore apresenta o modelo de saúde norte-americano e o compara com o de outros países, como por exemplo, com o sistema de saúde no Canadá, Reino Unido, França e Cuba, permitindo-nos ver pontos negativos e pontos positivos a respeito dos sistemas de saúde apresentados.

        Assim sendo, o documentário mostra que todos estes países citados apresentam sistemas públicos de saúde. Exemplificando, o Canadá possui um sistema público de saúde pago, o Medicare, que é patrocinado pelo próprio governo do país. Os serviços básicos são realizados por médicos privados, que têm as despesas negociadas e pagas pelo governo. O Reino Unido também possui um sistema público de saúde, em que qualquer remédio tem o mesmo preço (6,65 libras) e dependendo da idade (menos de 16 e mais de 60), a pessoa nem precisa pagar. Além do mais, dependendo também da condição financeira, ao sair do hospital ela recebe dinheiro para pagar sua passagem de volta para casa.

        Na França há médicos e hospitais tanto públicos quanto privados, além da maioria dos custos ser coberta pelo governo francês. Os planos de saúde são oferecidos por organizações sem fim lucrativos ou por cooperativas. A pessoa paga do jeito que ela pode e recebe o seu tratamento de que precisa, sem menores problemas. Já em Cuba, grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) é destinada para a saúde e há um sistema de saúde público também. Para pacientes estrangeiros há um sistema de pagamento, mas o valor é muito baixo. Além disso, os remédios são pagos por fora e possuem uma base de Medicina preventiva.

        A partir dessas características de cada sistema de saúde apresentado no documentário, podemos notar o quão atrasado os Estados Unidos são com relação à saúde pública de sua própria população em contraposição com os outros países. Os Estados Unidos ainda é o único país ocidental a não possuir um sistema público de saúde, ao passo que os países europeus abordados no documentário e Cuba possuem um sistema de saúde que atende universalmente quem dele precisar e não quem pode pagá-lo, sem qualquer tipo de constrangimento por parte da pessoa que requer tratamento.

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