Ações De Política
Seminário: Ações De Política. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vivianarleth • 7/9/2014 • Seminário • 1.199 Palavras (5 Páginas) • 198 Visualizações
A partir dessa nova perspectiva começou-se a elaborar novos meios de inserção do público, por meio da ação educativa. Diversos autores postaram-se em relação a esta nova abordagem, como Maria Célia Teixeira Moura Santos. Passou-se a acreditar que sem público não existe museu, e que a participação do mesmo na construção do discurso museal é de suma importância, trazendo em voga os princípios definidos no documento de 1984 – Declaração de Quebec.
Em 1992 foi organizado o documento denominado Declaração de Caracas, a qual define que a missão do museu é o norte a ser seguido pela instituição museal, e que o discurso a ser construído tem que ser democrático, dar acesso a informação aberta e participativa. Levando em consideração o meio social em que se encontra o museu, o que deve ser considerado como fonte de análise para o discurso museal, o qual deve ser
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desenvolvido em conjunto com a comunidade, visando uma maior representatividade e construção do elo identitário entre o museu e seu visitante, tornando estas duas esferas um meio comum de construir e difundir a educação nos museus.
A nova museologia enquanto nova corrente de pensamento institui a participação ativa das comunidades envolvidas com os museus – as quais esses devem representar – desde os processos de gestão, tais quais: aquisição de acervos, processos de comunicação, entre outros. Tendo a figura do museólogo, ou do profissional de museu, como mediador dessa relação museu e sociedade/comunidade, que torna- se a cada dia mais importante.
Observa-se que no decorrer destes cinqüenta e dois anos – de 1958 a 2010, desde a criação da Declaração do rio de Janeiro-, a preocupação do museu como instituição educadora, estando esta em discussão e em plena ascensão. No decorrer das décadas de 70, 80, 90, até os dias atuais, este é um assunto que vem sendo discutido e de certa forma aprimorado, para atender as expectativas da sociedade pelo Estatuto dos Museus, sob a Lei Nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009.
De uma forma mais intensa o contexto educacional dos museus começou a ser discutido pela „sociedade‟ museológica em meados da segunda metade do século XX. Por meio destes diálogos, formularam-se documentos institucionais, os quais podem ser considerados a base para a formação do pensamento museológico da atualidade. Sendo estes:
Declaração do Rio de Janeiro – elaborado no Seminário Regional da UNESCO, sediado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1958, sob o tema „Papel educativo dos museus‟.
Mesa Redonda de Santiago do Chile- elaborado no Seminário Regional da UNESCO, sediado no Chile, na cidade de Santiago, no ano de 1972.
Declaração do México – elaborado na Reunião de Oaxtepec, ocorrida no México, no ano de 1984.
Declaração de Quebec – elaborado no I Atelier Internacional Ecomuseus, Nova Museologia, sediado no Canadá, em Quebec, no ano de1984.
Declaração de Caracas – elaborado no Seminário „A missão do Museu na América Latina hoje: novos desafios‟, sediado na Venezuela, na cidade de Caracas, no ano de 1992.
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2.2 – A educação no Museu Municipal Parque da Baronesa
2.2.1 - Conceito de ação educativa para o Museu Municipal Parque da Baronesa
Ao abordar tal eixo de discussão, considera-se importante utilizar as informações obtidas através da entrevista, com a diretora do MMPB, Annelise Montone. Onde questionou-se a diretora do museu: „O que a instituição entende como ação educativa no museu?‟, obteve-se como resposta:
Sendo um espaço educador, um local que comunica o seu acervo, entende-se que as ações educativas permeiam todas as atividades do museu, desde o modo de “usá-lo” (não ultrapassar, não tocar, etc) e o motivo da existência de certas normas para visitação, o respeito ao local e aos outros que estão visitando, a importância da preservação e por que preservar; a pesquisa para uma exposição de curta duração, que vai se transformar em informações e conhecimentos transmitidos aos visitantes; a maneira de expor os objetos; outros tipos de eventos, como uma audição musical ou encenação de teatro.38
A partir de tal colocação, perguntou-se se havia uma função educativa na instituição, a diretora aferiu que no momento não havia um projeto de educação especifico sendo desenvolvido.
Todos os grupos agendados e as escolas são recebidos por monitores que narram as representações do museu. No entendimento amplo de ação educativa, ela acontece desde a recepção do visitante na portaria, como se portar dentro do museu, etc.
No decorrer de 2008 e 2009 “havia uma pedagoga, concursada, coordenando o projeto de educação patrimonial”, a qual era também responsável pelo setor educativo do museu.
Atualmente não há um responsável por esse setor. Consultorias e treinamentos são eventuais. A parceria entre a Prefeitura e a UFPel/ICH, com o Curso de Museologia vem suprindo lacunas nesse sentido. Também se procura participar de oficinas oferecidas pelo SEM/RS e pelo IBRAM.39
38 Trechos da entrevistada, com
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