Brasil No século XXI: Pontos Fortes E Vulnerabilidades
Trabalho Escolar: Brasil No século XXI: Pontos Fortes E Vulnerabilidades. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: dlobabi • 14/5/2014 • 2.391 Palavras (10 Páginas) • 655 Visualizações
“O cenário internacional sempre foi, em todas as épocas, aquele em que as grandes potências do período buscam, competitividade, maximizar suas vantagens e seu poder, e o fazem, de modo geral, às expensas dos países mais débeis”. Mas neste século, o Brasil enfrenta uma conjuntura nova, dele e da América Latina, as vulnerabilidades continuam praticamente as mesmas e talvez por conseqüências de políticas anteriores estejam ainda mais graves, mas também tem pontos fortes, pontos esses (alguns originados da política recente) que têm andado em foque internacionalmente.
As vulnerabilidades que atingem o Brasil neste século são as mesmas que atingem os brasileiros há tempos: pobreza, violência, desemprego, déficit educacional, dependência externa, desigualdade, concentração de terra com os latifúndios e mesmos com os novos programas há ainda dependência energética. Disparidades, vulnerabilidades e subdesenvolvimento que se encontram entrelaçados e cuja solução é imprescindível para o maior desenvolvimento interno e externo do país e para manutenção da democracia.
Entre elas a desigualdade de renda onde o Brasil conquista as piores classificações pelos institutos internacionais (classificações estas que nos custam posições políticas) não atingindo os índices exigidos globalmente sendo causadora de várias vulnerabilidades, como a pobreza. As desigualdades educacionais, com os altos índices de analfabetismo, em pleno século XXI, má qualidade da escola pública que mesmo com todos os avanços esta ainda tem um ensino deficiente de baixo nível que culmina em sistema universitário gratuito (mesmo com seus problemas) que discrimina os pobres. Poucos são os que chegam no segundo e no terceiro grau, o que gera outro empecilho que a falta da mão de obra qualificada, onde quem pode manda os filhos para estudar fora do país, e essa educação deficiente gera ônus políticos, ideológicos e permite a maior concentração do poder e a dominação das elites e da classe média.
A influência do poder econômico das grandes empresas e do crime organizado, no processo eleitoral (pelo financiamento das campanhas) e essa mesma influência sobre os processos decisórios de patrimônios como privatizações, regulamentos, fiscalizações do privado e das agencias do Estado e como os favores especiais a grupos estrangeiros com isenções tributárias.
Ainda há outras vulnerabilidades que são antigas, as quais não vou me reter em demasiado, que são nosso problema de transporte, usamos mais o transporte rodoviário que é mais caro em termos de combustível (alias sendo esse a justificativa atual da mídia para a alta nos preços dos alimentos) e mais inseguro. Não temos uma boa integração nacional de transportes, cito por exemplo que entre as duas maiores cidades do país Rio - São Paulo são ligadas apenas por rodovias. Recentemente tivemos uma crise no transporte aéreo, com acidentes, perdas, e vendas de empresas nacionais. Nosso transporte ferroviário é pequeno e obsoleto, mesmo sendo três vezes mais econômico que o rodoviário. No transporte rodoviário as rodovias não compreendem uma rede eficaz e a maioria está em mals condições ou com pedágios. E apesar de termos a maior bacia hidrográfica do mundo quase não a utilizamos para transporte o que economizaria milhões. Essa deficiência nos transportes traz limites à expansão econômica e a integração regional e não atende a demanda.
Aliais, as disparidades regionais, são outra vulnerabilidade interna, o espaço brasileiro está formado segundo um modelo centro (Rio – São Paulo) – periferia mesmo com a crescente desconcentração industrial, a renda continua concentrada e a população também só que na faixa atlântica. Outro é que mesmo com o aumento de empregos e com os esforços do governo, o trabalho informal continua crescendo e o terceirizado também.
As vulnerabilidades externas têm facetas econômicas, políticas, tecnológicas, militares e ideológicas. As ideológicas que mantém a consciência colonizada e que está ligada a crescente influencia cultural estrangeira transmitidas aqui e que faz com que queiram enquadrar o Brasil em modelos estrangeiros de soluções para o atraso e o subdesenvolvimento além de contribuir para fragmentação nacional.
As vulnerabilidades externas da sociedade brasileira estão vinculadas às disparidades internas e aos processos de concentração de poder que as criam e agravam. A vulnerabilidade econômica externa se expressa pelo déficit estrutural e crônico em transações correntes, empréstimos, pela desnacionalização da economia, em especial setores que não são exportadores. Aparece no comércio pela importância das exportações, com uma dependência externa muito grande, qualquer crise mundial nos afeta em cheio, e a concentração da pauta exportadora de produtos primários, dependência da importação de energia e de bens de capital, só piora a situação. Isso torna nosso ritmo de desenvolvimento condicionado à capacidade do país de atrair capital estrangeiro e a presença maciça deste no nosso parque industrial o que inibe pequenas indústrias e favorece os monopólios multinacionais. Aliais a dependência de energia que destaco está tentando ser vencida, é uma vulnerabilidade não só brasileira, mas mundial, visto a nova crise de petróleo e o aumento das demandas de energia.
Ainda nessa questão econômica entra a vulnerabilidade tecnológica que é a inexistência de uma política tecnológica vigorosa, não existe geração de novas tecnologias sem uma base de conhecimento científico e de industria de bens de capital, fazendo ou com que o Brasil dependa de importações ou que as tecnologias produzidas aqui sejam compradas por estrangeiros, e cito isso, pois aí vejo outro problema que é a falta de um sistema jurídico de proteção a patentes, mais rigoroso e menos burocrático. O Brasil tem apenas 0,5% no total mundial de solicitações anuais de patentes, prefere usar tecnologia importada por empresas estrangeiras e nacionais.
A vulnerabilidade política, que penso provém das outras até pelo que foi conversado em sala, vem da não participação do Brasil em alguns dos principais mecanismos internacionais de decisão como o Conselho de Segurança das Nações Unidas (onde o Brasil tenta articular ser membro permanente) e o G-8 (precisaríamos atingir índices de desenvolvimentos sociais e industrias maiores para participar deles).
A vulnerabilidade militar vem da adesão do Brasil, em situação de inferioridade, a acordos de não-proliferação de armas de destruição em massa, redução de despesas militares, redução do investimento em pesquisa tecnológica militar e da dependência de equipamento importado (é só lembrar do porta aviões americano que veio recentemente
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