Cidade de Exceção: Reflexões a Partir do Rio de Janeiro
Por: Mariana Barreiro • 6/12/2018 • Trabalho acadêmico • 543 Palavras (3 Páginas) • 398 Visualizações
Cidade de exceção: Reflexões a partir do Rio de Janeiro
O texto abrange as Olímpiadas de 2016, onde a cidade do Rio de Janeiro, Brasil, sediou esse megaevento que proporcionaria uma maior visibilidade ao país e ao turismo local. O Rio já vinha desde a década de 70 em crise econômica, mas mesmo assim quis se candidatar à cidade-sede das olímpiadas com a intenção de reverter a situação local.
O objetivo era a implantação de uma nova concepção de cidade e de planejamento urbano, onde pontos ‘x’ escolhidos se desenvolveriam para o suprimento de questões como mobilidade, atividades esportivas, e paisagem. Porém, esse Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro (PECRJ) já vinha sendo elaborado desde 1993, quando o atual prefeito na época César Maia, tinha a brilhante ideia de reurbanizar a cidade. No mandato seguinte, com o Luiz Paulo Conde, surgiu a ideia de uma Rio-Barcelona, onde as praças, organização da população (favelas criadas), seriam modificadas com base na cidade espanhola para uma melhor visualização para o turismo e a reorganização para a saída da crise já arrastada por anos.
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Criando uma base de planejamento estratégico, onde se visava as prioridades do Estado e da elite local, como empresários, para o aumento do giro local de verbas. Contudo, surge “janelas de oportunidades” para maior flexibilidade e eficiência empresarial.
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Onde, por descumprimentos de leis, surgiu a desqualificação política para que o sonho de uma situação melhor se tornasse realidade. Colocando em risco a população, como manufaturação nas construções de bens a todos e ao desenvolvimento da cidade como na educação, segurança, saúde. Tudo o que era realizado em prol da comunidade carioca era em puro interesse político e beneficiário aos empresários que no passado haviam investido em melhoras, que até hoje 2018, não ocorreram.
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A operação urbana é o resultado da análise de evolução das legislações e das práticas de urbanização do país, Brasil, baseado da proposta de flexibilidade.
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Em 2009, quando surgiu a ideia de ‘Rio nas Olímpiadas de 2016’, o que era implantando para a sociedade era:
- Valorização do estado e da cidade do Rio de Janeiro;
- Melhoria na saúde, segurança e educação;
- Desenvolvimento urbano;
- Reestruturação das favelas, morros e/ou comunidades ali formadas;
Porém, algumas partes foram realizadas só no período dos jogos, de 05 à 21 agosto de 2016, e o que se dizia em desenvolvimento urbano se era colocado em prática do modo construir muros para esconder a população mais pobre do Rio, valorização de bairros burgueses para a maior exploração midiática e exibição de marketing para a cidade.
A população carioca não aceitava a implantação das Olímpiadas, mesmo com as ideias de melhorias sabiam que seria passageiro e priorizaria poucos na prática. O que acabou escondendo essa rejeição foi o patriotismo, mesmo com vários protestos realizados desde 2010 com a implantação efetiva do Brasil como sede desse megaevento.
O que restou para todos nós brasileiros é indignação, pois além de ter sido organizado visando apenas uma cidade, o grande desvio de verba para a realização do mesmo, com abandono e má construção dos legados, atrasos excessivos nas entregas surgindo empresas fantasmas para a realização até o prazo. Sim, isso é o Brasil, a valorização da minoria, ignorância da sociedade, gastos excessivos sem necessidade.
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