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Crise Nas Escolas

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Por:   •  28/6/2014  •  693 Palavras (3 Páginas)  •  264 Visualizações

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Atualmente é tão lugar comum afirmar que e escola está distante da realidade dos alunos, que não dialoga com os saberes que estes trazem, que sua estrutura é inadequada, que está obsoleta, que em vez de muros e paredes precisa ser pensada em redes, e por aí afora. No entanto, mais que fazer coro a esse discurso, considero importante pensar na possibilidade de outras narrativas sobre a escola. E isso no sentido de oferecer algumas indicações que podem fazer parte de nossa reflexão, e que já foi objeto de perguntas e respostas de muitos outros estudiosos no campo da educação e comunicação. Afinal, tão importante quanto interrogar sobre a desorientação do sistema formativo escolar e sobre a escola do futuro, é problematizar a escola que temos até agora.

Entre tantos argumentos, sobretudo diante dos projetos de inserção de tecnologias na escola com o objetivo da “inclusão digital”, destaca-se o problema da tecnificação e da mediatização da escola como dois importantes desencadeadores de novas ações/reflexões. Em relação ao tecnicismo e tecnificação da escola, sabemos que faz parte de uma “política de globalização econômica e mundialização da cultura”, ou seja, de um “macro-sistema técnico planetário” que interpreta e atualiza o sentido de racionalização. Em relação à mediatização da escola, podemos questionar o pretenso espaço ético-estético mediador que “limita” e/ou promove diferentes percepções do sujeito sobre a realidade.

A partir de tais aspectos, a escola tem sido cada vez mais identificada como instituição autoritária, subjetiva e neoliberal, em que o valor da liberdade é considerado a partir das possibilidades ou não de escolhas do sujeito. Tal identificação nem sempre considera a dimensão histórica da instituição escolar e de suas relações com outros âmbitos da prática social, as transformações sociais, econômicas e culturais e suas relações com a “construção” do sujeito e do conhecimento. E quando não se considera a complexidade que envolve a relação entre sujeito e cultura e todas suas nuances, a escola entra em crise e seus dilemas se acentuam: a ênfase na dimensão da subjetividade ao lado da frustração a nível social; as demandas dos sujeitos e as demandas do mercado em que desenvolver competências técnicas parece ser apenas exigências do mercado; a pluralidade das culturas e o respeito às singularidades que encontra nos direitos humanos a base de relação, e muitos outros.

Somada a esta realidade surgem, com as tecnologias, outras dificuldades, destacando, entre elas, a indecisão de saber como trabalhar com alunos tão diferentes econômica ou socialmente, numa sociedade fragmentada e desumanizada, além de ter que conviver com o medo e/ou a negação, por não saber utilizar os meios tecnológicos e romper com modelos predefinidos e sólidos desde a sua formação.

A partir dessas reflexões, pretende-se entender e compreender o compromisso social da escola neste contexto, como produtora de conhecimento e formadora de futuros cidadãos.

As novas tecnologias da informação e comunicação apontadas neste texto trazem uma realidade significativa sobre as condições sócio familiar e socioeconômica da população mais pobre de nosso país.

Esta análise reflete que, ao longo dos anos, a educação foi se modificando nas suas formas, mas não como uma verdadeira "mudança",

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