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Definição De Políticas públicas

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Por:   •  3/9/2013  •  1.406 Palavras (6 Páginas)  •  349 Visualizações

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A RACIONALIDADE E OS MODELOS DE TOMADA DE DECISÃO EM AP

Prof. M.Sc. Diógenes Lima Neto

Qual a relação entre as diferentes perspectivas sobre a racionalidade com os diferentes modelos de tomada de decisão propostos

por acadêmicos da área disciplinar da Administração Pública? Para tentarmos responder a esta questão, há que se definir, aqui,

racionalidade como a lógica utilizada pelas pessoas em seus processos de decisão racional em busca do alcance de seus objetivos,

quaisquer que estes sejam.

Nas abordagens teóricas da Administração, tanto descritivas quanto prescritivas, todos seus pensadores iniciaram seus raciocínios

e argumentos a partir de determinada concepção do ser humano, o que lhes propiciava uma forma de entender e prever as

decisões (comportamentos) de administradores e empregados. Desta forma, por exemplo, algumas perspectivas sobre a

racionalidade foram (e ainda são) muito utilizadas, entre as quais destacam-se:

Abordagem clássica: Homem econômico (Homo Economicus);

Abordagem humanística: homem social;

Abordagem estruturalista: homem organizacional;

Abordagem sistêmica: homem funcional; e

Abordagem contingencial: homem complexo.

Especificamente em relação ao Homem Econômico, é importante dizer que este abstraía diversas dimensões do comportamento

humano como moral, ética, religiosa e política. Neste, foram mantidas apenas as dimensões CONSUMO e PRODUÇÃO. Como se

observa, este padrão é fruto de uma abordagem puramente econômica, daí seu nome. Vejamos os princípios fundamentais do

conceito Homem Econômico:

1- A razão psicológica essencial a toda a atividade humana é o interesse pessoal. Este primeiro princípio é então afetivo, pois

define a única razão da atividade econômica;

2- O homem não obedece senão à razão;

3- O sujeito é universal, o interesse pessoal e a racionalidade são validos em todos os lugares e em todos as épocas.

4- O homem está perfeitamente informado, tem conhecimento da totalidade das conseqüências de todas as possibilidades das

ações que se lhe oferecem;

5- O homem vive o presente num tempo linear, não se lembra, nem tem a capacidade de prever;

6- Ele está só e, portanto, livre dos outros homens, ou seja, não existem determinismos que lhe sejam exteriores.

A despeito das diversas outras abordagens do ser humano (social, organizacional e outras), este sempre era considerado como

"perfeitamente informado" e apoiado na razão, até surgir a análise de Herbert Simon, no final dos anos de 1950, com sua Teoria

da Racionalidade Limitada. Nesta, ele observava que, em verdade, dadas suas limitações cognitivas, o homem nunca está

perfeitamente informado e, menos ainda, tem como avaliar a totalidade dos desdobramentos de todas suas possíveis soluções a

escolher, seja por falta de recursos, seja por falta de tempo. Ou seja, o alcance de sua racionalidade está seriamente e

definitivamente limitado (ou delimitado), o que anula a possibilidade de uma decisão perfeitamente informada e racional (rational

choice). Desta feita, a decisão racional reduz-se a uma decisão ótima, ou seja, aquela possível a partir das informações

disponíveis. Neste ponto é que entram os conceitos de bounded rationality e satisficing, ambos de Simon, sendo o primeiro relativo

à noção de que a racionalidade está vinculada à quantidade e qualidade de informações de que dispõe, bem como aos critérios

(muitas vezes pessoais) utilizados para se satisfazer suficientemente (satisficing). Estes dois conceitos poderiam, de alguma forma,

ser trabalhados pela Administração no sentido de fazer seus empregados atuarem de uma determinada forma, ou dentro de certos

padrões.

A importância da teoria de Simon reside no fato de que ela envolve todas as

outras percepções humanas, sendo mais genérica e aplicável. Além disso, o

modelo de Simon ajuda-nos a perceber a diferença de fatos e valores, tendo os

primeiros um caráter mais objetivo e os segundos, mais subjetivo. No entanto,

ambos, fatos e valores, influenciam o processo decisório.

Simon, ainda neste tema, teorizou que existem 4 fases no processo de Tomada

de Decisão, que são:

-Selecionar problemas e prioridade de tratamento;

-Identificar caminhos viáveis para a solução;

-Avaliar alternativas e escolher a mais adequada;

-Implementar a decisão escolhida.

No que diz respeito aos modelos de decisão propostos por teóricos da AP,

destacam-se os modelos de Incremental e Incrementalismo de Lindblom (1958 e 1979), Mixed-scanning de Etzioni (1967) ,

Burocrático-Político de Allison (1969) e da Anarquia Organizada de Cohen, March e Olsen (1972).

O modelo Incremental proposto por Lindblom (1958) trata-se de um modelo descritivo que reconhece que a escolha dos objetivos

não é independente dos valores e, neste sentido, sua implementação estará sujeita a todo tipo de interferência, posto que cada

ator envolvido

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