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Despotismo Na Visão De Montesquieu

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Por:   •  9/4/2014  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  1.041 Visualizações

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Despotismo na visão de Montesquieu

Uma só pessoa, sem lei e sem regra, tudo conduz, por sua vontade e por seus caprichos.

nos estados despóticos, onde não existem leis fundamentais, também não há deposito de leis. Vem daí que, nesses países, a religião comumente tenha tanta força. É que ela constitui uma espécie de deposito e de permanência. E, se não é religião, o que aí se venera são os costumes, em vez das leis.

Da natureza do poder despótico resulta que o único homem que o exerce faça-o igualmente exercer por um só homem. Um homem, a quem os cinco sentidos dizem sem cessar que ele é tudo e que os outros, nada, é naturalmente preguiçoso, ignorante e voluptuoso. Abandona, pois, os negócios públicos. Porém, se os confiasse a diversas pessoas, haveria disputas entre elas. Far-se-iam maquinações para ser o primeiro escravo. O príncipe seria obrigado a tornar a entrar na administração

Honra

Não é a honra o princípio dos estados despóticos. Como a honra tem suas leis e regras que não poderia descumprir, e como depende muito de seu próprio capricho, e não do de outrem, ela não pode encontrar-se a não ser em estados em que a constituição seja fixa e que tenha leis certas. Ela tem regras a que obedece e caprichos que sustenta. O déspota não possui regra alguma e seus caprichos destroem todos os outros.

Princípio

É necessário o temor num governo despótico. Quanto à virtude, ela não é necessária ali, e a honra seria perigosa. O imenso poder do príncipe passa em sua totalidade aqueles a quem ele confia. Pessoas suficientemente seguras de si teriam condições de fazer revoluções. É preciso, pois, que o temor deite por terra todas as coragens e aniquile até mesmo o menor sentimento de ambição.

Diferença da obediência nos governos modernos e nos despóticos

Nos estados despóticos, a natureza do governo exige extrema obediência, e a vontade do príncipe, uma vez conhecida, deve ter seu efeito tão infalivelmente quanto uma bola lançada contra outra. Não há moderação, modificações, acomodações, relações recíprocas, equivalentes, entendimentos, exortações. Nada de igual, ou melhor, a propor. O homem é uma criatura que obedece a uma criatura que quer.

Da corrupção do principio do governo despótico

O governo despótico corrompe-se incessantemente, porque é corrompido pela própria natureza. Os outros governos perecem porque acidentes particulares violentam seu princípio. Este perece por seu vício interior, quando algumas causas acidentais não impedem que seu princípio se corrompa.

Propriedades distintivas do governo despótico

Um grande império supõe uma autoridade despótica naquele que governa. É preciso que a presteza das resoluções supra a distancias dos lugares para onde são enviadas, que o temor impereça a negligência do governador ou magistrado distante. Que a lei esteja numa só cabeça

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