Educação Primitiva
Resenha: Educação Primitiva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juniorhtdp • 28/3/2014 • Resenha • 496 Palavras (2 Páginas) • 1.136 Visualizações
A educação primitiva baseava-se na transmissão oral dos costumes, hábitos e tradições, através de um método de ensino natural, que acontecia em meio às atividades cotidianas, com o envolvimento de toda a comunidade. Era uma educação pragmática, voltada para o aprendizado de atividades, habilidades e comportamentos necessários à sobrevivência da criança e do jovem, sendo única e igual para todos. A escola era a aldeia, tal quais certas tribos indígenas brasileiras que ainda hoje, conservam o método de educação primitiva, muitas ainda, na condição de ágrafas. Para Brandão (2007, p. 18-19), baseado na citação de Durkheim , o modelo de educação tribal é baseado numa educação difusa, sendo administrada por todos os elementos do clã, de tal forma que:
“Todos os agentes desta educação de aldeia criam de parte a parte as situações que, direta ou indiretamente, forçam iniciativas de aprendizagem e treinamento. Elas existem misturadas com a vida em momentos de trabalho, de lazer, de camaradagem ou de amor.”
Segundo Aranha (2006, p. 34): “De maneira geral as sociedades tribais são predominantemente míticas e de tradição oral”.
Conforme a autora as primeiras comunidades que desenvolveram sistemas de educação, se basearam, inicialmente, na tradição, perpetuando valores e comportamentos através das gerações, principalmente nas sociedades ágrafas, marcando um processo de transmissão oral.
Maria Lúcia Aranha (2006, p. 35), comenta que em tais sociedades primitivas: “Os mitos e os ritos são transmitidos oralmente, e a tradição se impõe por meio da crença, permitindo a coesão do grupo e a repetição dos comportamentos considerados desejáveis”.
Nas sociedades primitivas, a educação compunha um tradicionalismo pedagógico, através de diferentes tendências religiosas. A educação primitiva era integrada a vida cotidiana, através de um ensino prático e informal, praticado por toda a comunidade.
Tais características me lembram a educação indígena, nas tribos brasileiras. Há uma comunidade em Itatiba, onde realizei as orientações do mestrado. Nela há quem estude formalmente, na universidade, porém muitos permanecem num sistema primitivo, liderado pelos anciões da tribo.
O modelo escolar baseado numa educação sistematizada surgiu no momento em que a educação primitiva foi perdendo progressivamente seu caráter unitário e integral entre a formação e a vida, o ensino e a comunidade. A escola não é mais a aldeia e a vida, funcionando num lugar especializado onde uns aprendem e outros ensinam.
Conforme Aranha (2006, p. 45):
“Quando as sociedades se tornaram mais complexas, vimos que a divisão se instalou no seio delas: as mulheres, confinadas no lar, passaram a ser dependentes dos homens, os segmentos sociais se especializaram entre governantes sacerdotes, mercadores, produtores e escravos, criando-se uma hierarquia de riqueza e poder. Essas mudanças exigiram uma revolução na educação, que deixou de ser igualitária e difusa, portanto acessível a todos, como nas tribos. Enquanto alguns eram privilegiados, o restante da população não tinha direitos políticos, nem acesso ao saber da classe dominante.”
A educação institucional propriamente dita, isto é, realizada em instituições de ensino ocorreu conforme
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