Ensinar E Aprender No Amazonas

O Brasil com uma população de mais de 200 milhões de habitantes e uma taxa de analfabetismo que chega a 8,7% da população (conformes dados do IBGE), onde 71% desta população encontram-se nas classes C, D e E, tendo as regiões Norte e Nordeste destacando-se na falta de uma educação inclusiva, onde crianças e adolescentes tenham acesso a escolas.

No Estado do Amazonas o “Aprender e o Ensinar” torna-se um desafio maior, pois segundo o Índice de Desenvolvimento Humano IDH dos 5.570 municípios do Brasil entre os 100 melhores índices não temos nenhum, mais entre os 100 piores índices possuímos temos 12 municípios, entre os vinte piores quatro e Atalaia do Norte o penúltimo pior município no IDH.

Ao observamos estes números até aqui apresentado faz-se necessário um estudo mais aprofundado do papel da Escola, do professor e do aluno, agentes importantes para a tarefa de “Aprender e Ensinar”. Verificamos que quanto mais isolado o município das grandes cidades, maior a distância entre a escola e o aluno.

Vejamos a estrutura das escolas nestes municípios, que em sua maioria não possuem quadras, bibliotecas, área para lazer, laboratórios de ciência e informática, não tem internet, quadro digital, até mesmo luz elétrica, a anos sem reformas no prédio da escola, com transportes escolares fluviais que levam até quatro horas para chegar a ela. Essa escola deveria no mínimo ser um ambiente de estimulo para o aluno sentir-se satisfeito, alegre e feliz e o mais importante gostar de ficar neste espaço.

Por outro lado os dissentes dessas mesmas escolas são verdadeiros heróis, que pela educação, enfrentam falta de material didático, espaços não apropriados para ministrar suas aulas, falta cursos qualificatórios e as novas tecnologias da educação quase nunca chegam nestes ambientes sem contar com renumerações que deveriam envergonhar a Politica Educacional do Estado. No Amazonas ainda encontramos professores que não tiveram a oportunidade de sentar no banco de uma universidade, mas que por seu carisma da a oportunidade para muitos de serem alfabetizados.

Para esses Professores tratar essas crianças com carinho de mãe para com os seus filhos é a metodologia usada, buscando momentos de fé com orações, elaborando tarefas e corrigindo-as, brincar e cantando, tornando a sala de aula uma extensão de seu lar, porém os índices apresentados mostram que no aprendizado temos poucos avanços.

E os docentes que muitas vezes no seu lar trazem um histórico de pais e mães semianalfabetas, estrutura essa que deveria ser a extensão da escola, o complemento para o aprendizado dessas crianças, sem contar que elas são ajuda nos trabalho do dia a dia da família, sendo que nem sempre a escola é um atrativo para desenvolver seu conhecimento.

Aprender e Ensinar em um contesto acima citado torna-se um desafio e mudar este quadro não é só desafio para os professores é também um compromisso que deveriam assumir: Diretores, Secretário de Educação, Governantes oferecendo uma Politica Educacional includente para as periferias da Cidade.

Moisés Aragão