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Era keynesiana

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Por:   •  15/4/2014  •  Seminário  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  258 Visualizações

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A Era Keynesiana

Objetivo:

Este trabalho visa apresentar a Teoria Keynesiana, elaborada pelo economista britânico John Maynard Keynes, um dos mais influentes economistas do século XX, e autor da “Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro”. Seus ideais tiveram grande influência para a macroeconomia moderna. O Keynesianismo, atribui ao Estado o direito e dever de controlar a economia, com o objetivo de garantir emprego, além de garantir benefícios como salário mínimo, seguro desemprego, redução da jornada de trabalho, entre outros. Esta teoria também ficou conhecida como teoria do “Estado do Bem-Estar social”.

Introdução:

Com a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, o mundo mergulhou na maior crise econômica da história do capitalismo. Milhares de empresas fecharam, ações em todo mundo caíram, houveram quedas drásticas no PIB de diversos países, milhões ficaram desempregados e tiveram de lutar para sobreviver, muitos inclusive se suicidaram.

Era uma época em que os Estados Unidos viviam o auge do modelo liberal, o chamado “Estado Mínimo” incumbido apenas de zelar pela propriedade privada e prover a infraestrutura. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa pós-guerra carecia muito de alimentos e produtos industrializados, os EUA então lucravam com a exportação destes produtos, que fomentou a produção norte-americana de forma estupenda, gerando assim emprego e aumento da oferta de crédito.

Porém a partir de 1929 a Economia Europeia passou a se restabelecer e a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com a retração do consumo na Europa, houve uma queda drástica na demanda de produtos para as empresas norte-americanas, que passou a possuir mais produtos que consumidores, fazendo valer a lei da oferta e da procura. A queda nos lucros gerou retração na produção industrial e paralisação do comércio, resultando mais tarde na quebra da Bolsa, devido a superprodução.

Em 1932, o então presidente americano Franklin Roosevelt anunciou um novo programa econômico, o “New Deal”. O governo americano então passou a investir enormes quantidades de capital em obras públicas, como pontes, hospitais, aeroportos, barragens, hidrelétricas, gerando assim milhões de novos empregos. O programa passou também a ter controle sobre os preços e produção industrial de modo a combater a superprodução. Além da redução da jornada de trabalho, a fim de gerar novos postos de trabalho.

Essas medidas são inspiradas na Teoria econômica de Keynes, que defendia principalmente uma participação mais ativa do Estado na Economia, buscando garantir emprego a todos.

A Teoria Keynesiana

Segundo a Teoria Keynesiana, basta observar os níveis de consumo e investimento tanto público quanto privado para compreender uma economia. O momento em que as empresas investem menos, é gerado um processo de retração econômica, podendo se estabelecer uma crise.

O Keynesianismo defende necessidade do Estado em buscar formas conter o desequilíbrio econômico, investindo grandes quantias de capital em investimento que aquecem a economia. Também defende a criação de linhas de crédito de baixo custo, para garantir a realização de investimentos do setor privado.

Essas medidas de incentivo aumentariam a oferta de emprego e consequentemente garantindo ao mercado consumidor, sustentação a aplicação destes recursos. Sendo assim o Estado seria o principal agente regulador da economia.

Keynes: Poupança X Investimento

Para Keynes, a poupança ocorre em função da renda, que por sua vez, depende do investimento. Sendo assim, o investimento gera renda, e parte desta renda é poupada. Porém, o investimento não depende da poupança para ocorrer, mas sim de um instinto dos investidores de investir em algo sem garantias de lucro, sem base em cálculos para determinar ganhos quantitativos, o chamado feeling. Esse instinto é chamado por ele de espírito animal ( animal spirit ).

Keynes também alerta que o excesso de poupança, pode reduzir o desejo de bens de consumo, fazendo a demanda ficar menor que a oferta e consequentemente causando uma diminuição na taxa de lucro que por sua vez faria diminuir o investimento, podendo levar a economia à uma recessão.

O modelo Keynesiano defende que o Estado aumente suas despesas para gerar mais empregos, quando sua economia se retrai. Esses empregados demandariam mais produtos e serviços das empresas privadas, que por sua vez contratariam mais pessoas, fazendo assim a economia girar.

O Estado do Bem-Estar Social

O “Estado de Bem-Estar Social” consistia numa política social na qual o Estado era o responsável para atender as necessidades básicas da população, regulando serviços, bem como fornecendo à sociedade esses mesmos serviços, como forma de garantir melhor qualidade de vida

A teoria Keynesiana atribuiu ao Estado o dever de oferecer benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida. Esta política foi responsável pela criação do salário minimo, do seguro-desemprego, além da redução da jornada de trabalho (que em muitos casos superava 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita.

O “Estado de Bem-Estar Social” era um modelo típico de organização de Estado, dos Países capitalistas desenvolvidos, principalmente após o fim da Segunda Guerra Mundial. A função básica desse modelo de Estado consistia em fornecer á sociedade, como direito, remuneração e renda para uma vida digna, alimentação, saúde, segurança e, além de educação de qualidade, o Estado deveria prover também uma consistente infraestrutura de transporte, lazer e cultura.

Assim, o Estado era responsável por garantir a manutenção desses direitos, permitindo-se atuar como agente, de forma direta na sociedade e principalmente na economia. Preocupando-se em garantir uma distribuição de renda, de modo que todos os indivíduos participassem da riqueza existente.

“Estado de Bem Estar Social”, iniciado em 1930, possui duas tendências principais. A primeira tendência é proveniente do desenvolvimento, e decorrem da ordem econômica. A segunda tendência é decorrente de uma ordem política.

A primeira tendência de Ordem Econômica apresenta duas divisões, são elas:

1 - A primeira divisão refere-se ao “Estado de Bem Estar Social”, como resultado das mudanças ocorridas na sociedade devido ao processo de industrialização nos Séculos XIX e XX. Assim, a industrialização proporcionou, mudanças econômicas,

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