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Fichamento: "The Anarchy Structure of World Politics". K. Waltz

Por:   •  9/4/2019  •  Relatório de pesquisa  •  521 Palavras (3 Páginas)  •  304 Visualizações

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"THE ANARCHY STRUCTURES OF WORLD POLITICS"

KENNETH N. WALTZ (FICHAMENTO)

O estudo das Relações Internacionais passa, necessariamente, pela observação e análise

de conflitos entre os muitos agentes internacionais. Na busca de um padrão para as causas e o

funcionamento desses conflitos, Waltz teoriza sobre o princípio ordenador do sistema

internacional de Estados, ou seja, quais são as causas dos conflitos ao se analisar as unidades

desse sistema (os Estados) como iguais, ignorando valores e características dos governos ou das

sociedades.

Para se entender um sistema, é preciso entender, primeiro, as partes que o compõem: a

estrutura e as unidades. A estrutura é fixa e determina o posicionamento das unidades, que por

sua vez é variável, possuindo funções e capacidades.

Ao se analisar as relações entre Estado e sociedade vemos que este exerce um papel de

“superordinação” em relação àquela subordinada. Em termos práticos, uma sociedade é

submetida a uma autoridade que coercitivamente é capaz de dirimir conflitos entre seus

indivíduos. Dessa forma, as unidades do sistema no âmbito nacional não se preocupam com a

própria segurança, terceirizando essa função à estrutura estatal. Nesse sistema, o princípio

ordenador é hierárquico, no qual cada unidade desempenha uma função e a autoridade de uma se

sobressai à da outra em uma distribuição centralizada de capacidades.

Contudo, ao se analisar o sistema internacional devemos pensar diferente. Nesse sistema,

os Estados não são estruturas, mas sim, unidades que se igualam em função e tem as capacidades

distribuídas de forma descentralizada. Assim, o princípio ordenador é a anarquia, pois não há uma

autoridade supranacional capaz de dirimir conflitos entre as unidades. Como consequência, cada

Estado é o único responsável pela própria segurança e, assim, cria-se um sistema de auto-ajuda e

desconfiança.

Esse tipo de aparelho resulta no dilema da segurança nas RI, pois um tem forte estímulo

para se armar de modo a prevenir futuros ataques. No entanto, essa ação defensiva pode – e

normalmente é – interpretada por outro Estado como uma ameaça, o que o leva a se armar para

se proteger do Estado original. Este, por sua vez, interpreta a ação daquele como ofensiva,

levando-o a aprimorar mais sua capacidade militar, gerando um ciclo de desenvolvimento bélico-militar que normalmente termina em conflitos. Em suma, o dilema da segurança

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