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Formação de preço no comércio exterior

Por:   •  24/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.326 Palavras (10 Páginas)  •  327 Visualizações

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Tópicos Especiais

Trabalho apresentado para conclusão da disciplina de Tópicos Especiais - COMEX do curso de Administração da UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná - Campus Apucarana.

Orientador: Prof. Moacir

Apucarana

2015

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre a formação do preço de determinado produto no mercado externo, mais concretamente trará clareza sobre o que deve ser feito para diminuir erros na hora de fixar um valor a um produto.

É objetivo desta pesquisa, mostrar ao leitor os conceitos não apenas para tomada de decisão na formação de preço, mas também trazer clareza e fazê-lo refletir sobre os conceitos da engenharia de preços.

A finalidade deste assunto, é passar informações suficientes para que uma pessoa com pouca experiência em comércio exterior que o lê, tenha as noções básicas e auxilio suficiente para tomar uma decisão acertada sobre tal atividade, que pode ser viral para uma empresa que decide por encarar a exportação.

Formação de Preço no Comércio Internacional

        “Um dos problemas que com frequência assalta o exportador é a determinação de seu preço de exportação”. (GARCIA, 1986)

        O preço de exportação tem sua determinação intimamente ligada aos custos, também determinado em última análise, em função do mercado a que se destina o produto. È comum afirmar que o mercado internacional não dispõe de um órgão controlador de preço ou de margem de lucro, mas rigorosamente da competitividade e concorrência. (GARCIA, 1986)

        Em mercados menos competitivos existe a possibilidade de alargar as margens de lucros, que podem ser imputadas ao preço do produto. Nos mercados altamente competitivos, comprimir essa margem, em muitos casos eliminá-los, condição que se apresenta para entrar ou não neste mercado. (GARCIA, 1986)

        Podemos concluir que a primeira decisão a ser tomada para cálculo de um preço de exportação é a utilização completa dos recursos oferecidos a título de benefício ou incentivo, que visam reduzir o preço final, denominado preço-piso. Este deverá levar em conta que o lucro desejado e o preço possível terão uma grande distância. (GARCIA, 1986)

        De acordo com Garcia (1986), para atingirmos o preço de exportação do produto, adotaremos o seguinte procedimento:

  • Excluir todos os impostos que, por isenção ou imunidade, deixam de gravar o produto quando exportados;
  • Exclusão de componentes de preço de mercado interno, como: comissão de vendedor interno, embalagem de mercado interno, despesa com distribuição, propagandas e outros;
  •  Inclusão de gastos que não estavam computados no preço de mercado interno, dentre eles: embalagem de exportação, despesas de movimentação de mercadoria e outras.

        Para entender de forma geral a mecânica da formação de preço dos produtos, principalmente dos manufaturados, é preciso dividir a exposição em duas fases distintas: os fatores dos preços e os tributos. (LEONE e GARCIA, 1978)

        Quando se trata de exportação, há necessidades de preços formuladas especialmente de modo a permitir a competitividade do produto nos diversos mercados onde se pretende penetrar. A formulação do preço de exportação tem um elemento, que são os incentivos instituídos pelos poderes públicos, eles têm que ser reconhecidos e utilizados tecnicamente pelo empresário a favor da empresa. (LEONE e GARCIA, 1978)

        Tais considerações dão margem a dividir o assunto relativo ao preço em dois tópicos:

  • Preço interno e tributos e
  • Preço de exportação.

        Para Leone e Garcia (1978), em uma indústria quando se deseja determinar o preço de um produto, observa-se a influência dos seguintes elementos principais:

  • O valor da matéria-prima, considerando preço líquido de aquisição, sem IPI e ICM;
  • O valor dos materiais secundários e de embalagem, preço liquido;
  • As despesas gerais com administração, utilização de capitais alheios, comercialização e distribuição de produto;

        Apura-se o preço dos fatores utilizados e obtém o produto. Esse preço não compreende os lucros nem os tributos. (LEONE e GARCIA, 1978)

        De acordo com Leone e Garcia (1978), para se estabelecer o preço final de um produto que será fornecido ao público, deverá seguir os procedimentos:

  • Tomará apenas o preço do produto manufaturado;
  • Adicionará o lucro desejado pela empresa;
  • Será computado o valor de imposto de renda relativo ao lucro contido no preço de venda interno;
  • Será adicionado, o valor do ICM que irá incidir na venda do produto no país;
  • Será calculado o IPI aplicável ao preço quando faturado para compradores no mercado interno.

        Para Leone e Garcia (1978), um preço de exportação pode ser determinado sob duas formas principais:

  • Uso de incentivos a exportação e
  • Reformulação dos cálculos de custo.

        Partindo dessas duas formas, um preço de exportação pode ser determinado a partir do preço de venda do produto no mercado interno e mediante reanálise do custo. (LEONE e GARCIA, 1978)

        Segundo Leone e Garcia (1978), para determinar o preço de exportação a partir do preço do produto no mercado interno:

  • Tomar o preço líquido de venda do mercado interno;
  • Excluir desse preço o IPI, o ICM e o valor de imposto de renda.

        Temos o preço livre de impostos, e ainda podem ser deduzidos os seguintes gastos ou encargos que não ocorrem na exportação: (LEONE e GARCIA, 1978)

  • Comissão de vendedores no mercado interno;
  • Assistência técnica;
  • Distribuição, compreendendo frete, seguro e manutenção de frota de veículos;
  • Propaganda e publicidade;
  • Despesas financeiras decorrentes da comercialização do produto;
  • Embalagem de mercado interno, não utilizada na exportação e
  • Outras despesas de mercado interno, que não ocorreriam na exportação.

          A seguir são adicionados os gastos com a exportação, são eles:

  • Embalagem de apresentação e transporte;
  • Documentos de embarque;
  • Vistos consulares;
  • Transporte e movimentação;
  • Frete e seguros internos;
  • Capatazias, estivas, serviços, portuários, armazenagem;
  • Taxas portuárias;
  • Serviço de despachante;
  • Seguro de crédito a exportação;
  • Comissão de agente no exterior;
  • Corretagem de câmbio;
  • Despesas diversas com exportação.

        Portanto, tomando o preço de venda de mercado interno, deduzindo tributos despesas e adicionando os gastos com venda no exterior, chega se ao valor bruto da venda. (LEONE e GARCIA, 1978)

        “Esse valor, após deduzidos os incentivos, será o preço FOB de exportação”. (LEONE e GARCIA,1978)

        Muitas vezes o empresário não consegue colocar um produto no mercado externo, são diversos os motivos. Fica evidente que precisa dispor de um serviço de custo um pouco mais aperfeiçoado do que aquele ainda encontrado em muitas empresas, ou seja, simples multiplicação de matéria-prima e materiais por valor fixo. (LEONE e GARCIA, 1978)

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