GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Por: marcelleninive • 28/7/2015 • Artigo • 2.631 Palavras (11 Páginas) • 399 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA – GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Fraudes do empresariado brasileiro cometidas em negócios internacionais
Aluna: Marcelle Nínive Porcinio da Silva
Professor: Paulo Schiavotto
JUNHO/2015
INTRODUÇÃO
Os negócios internacionais dizem respeito ao desempenho de atividades comerciais e de investimentos por empresas, através das fronteiras entre países. Tem como característica, empresas que se organizam, se estabelecem, fabricam, comercializam e conduzem atividades em escala internacional.
Sua crescente atividade coincide com a da globalização de mercados. Esta se refere à integração econômica e à crescente interdependência de países, que ocorre em escala mundial.
As formas mais convencionais de transações comerciais internacionais são o comércio e o investimento.
- O comércio internacional se refere à troca através de fronteiras nacionais, que envolve tanto os bens quanto os serviços. Essa troca pode ocorrer por meio da exportação: consiste na venda de bens e serviços a clientes localizados no exterior, a partir de uma base no país de origem ou em um terceiro. Também pode ocorrer uma importação: aquisição de bens ou serviços de fornecedores localizados no exterior para consumo no país de origem ou em um terceiro.
- O investimento internacional refere-se à transferência de ativos para outro país ou aquisição deles nesse país. Esses ativos podem ser: capital, tecnologia, talento gerencial e/ou infraestrutura. No caso do investimento, a própria empresa atravessa fronteiras para assegurar a propriedade de ativos localizados no exterior.
As empresas envolvidas em negócios internacionais operam em ambientes caracterizados por uma singularidade nas condições econômicas, nos sistemas políticos e jurídicos e na cultura nacional. A empresa não só se vê em um meio menos familiar do que o doméstico, mas também encontra muitas variáveis incontroláveis. Esses fatores introduzem novos e/ou elevados tipos de risco comercial aos negócios.
Riscos da Internacionalização
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Fazer negócios internacionais requer conhecimento especializado, alocação de recursos e dedicação para desenvolver parceiros comerciais.
CENÁRIO BRASILEIRO
A primeira década do século XXI foi um período de prosperidade para a economia mundial e um marco da expansão da atuação do Brasil e suas companhias ao mercado externo. No campo da diplomacia, o país também ganhou relevância. Assumiu uma posição de liderança nas negociações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e foi peça chave nas discussões da Rodada de Doha no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os bons resultados obtidos pelo Brasil são fruto de uma combinação de fatores:
- o crescimento extraordinário do consumo mundial no período;
- a estabilidade econômica que permitiu às companhias brasileiras mudar sua cultura e passar a atuar no mercado internacional de forma estratégica.
Num período de 20 anos, as empresas brasileiras passaram de exportadoras oportunistas de excedentes de produção a operações estrategicamente focadas no mercado externo.
No período que comporta o fim dos anos 1990 e no início de 2000, sucessivas crises ocorridas nos mercados internacionais, obrigaram empresários brasileiros a lançarem uma estratégia que se comprovou acertada: a internacionalização se suas operações, driblando assim as barreiras encontradas e aproveitando oportunidades. Empresas como AmBev e Coteminas tornaram-se líderes mundiais com este artifício.
POLÍTICAS NACINAIS
Importações
O Brasil tem uma das composições tributárias mais complexas do mundo. A regra geral é que o Imposto sobre Importação (II) incida sobre todas as operações. Porém, em alguns casos específicos, o contribuinte pode estar isento do recolhimento do tributo. Além do II, outros tributos incidem sobre as importações (com exceções), como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a contribuição PIS\PASEP de importação, a contribuição COFINS, também de importação e o Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), todos no caso de mercadorias. Em relação aos serviços, geralmente incidem o Imposto de Renda (IR), a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), também a PIS\PASEP e COFINS, além do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
A alíquota média de importação brasileira está dentro do esperado pela OMC, que instituiu as alíquotas vigentes pela Rodada Uruguai do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), em 1995, onde para a maioria dos países da América Latina, incluindo o Brasil, as alíquotas máximas de importação foram fixadas em 55% para produtos agrícolas e 35% para os industrializados. No Brasil, as alíquotas variam de 0% a 35% para produtos não-agrícolas e de 0% a 20% para agrícolas. Esta média não é alta, mas com os outros tributos, pode chegar a 70%.
Exportações
A política de exportação no Brasil é coordenada por diversos órgãos como MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e CAMEX (Câmara de Comércio Exterior) e dispõe de programas específicos para incrementar a competitividade comercial, a financeira e tecnológica com o intuito de promover as exportações.
Os incentivos fiscais concedidos aos empresários, por meio de isenções ou reduções de tributos como IPI, ICMS, PIS, Cofins e o drawback (regime aduaneiro diferenciado que permite a importação de componentes e/ou matérias-primas com a isenção ou suspensão de diversos tributos, desde que estes sejam utilizados na fabricação de bens destinados à exportação) foram decisivos para o interesse das empresas em participar do mercado internacional, pois a isenção de impostos com incidência nos custos para o exportador refletiu em maior competitividade em relação ao preço final, tornando o produto brasileiro mais atrativo.
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