Globalização Cultura

Globalização cultural, integração ou opressão

Com o advento da modernidade e a evolução da economia mundial surge a globalização, processo que objetiva a integração econômica, social, cultural e política de do mundo capitalista, permitindo assim ampliar a diversidade de produção e o barateamento de custos como transporte e impostos internacionais (Teixeira, 2002)

O planeta tem uma nova potência econômica com o fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA, potência essa que domina o mercado capitalista e também o processo de globalização. A idéia de globalização é de um mundo melhor, sem fronteiras onde todas as culturas teriam espaço para interagir entre si, economicamente todos os países seriam beneficiados no processo. Porém o que se vê hoje é um mundo dominado pelo imperialismo americano, onde a cultura ocidental americana é difundida pelos meios de comunicação em massa promovendo a alienação cultural, evidenciadas na música, no cinema, na alimentação, no modo de vestir e até no modo de viver. (Blay 2001; Rodrigues, 2007).

A globalização intensificou no mundo a condição de subordinação dos países subdesenvolvidos em relação aos países desenvolvidos, pois com o fortalecimento da economia americana houve uma disseminação em massa de multinacionais, liderando o mercado dos blocos econômicos mundiais. Com a valorização da moeda e do mercado estrangeiro, o mercado nacional ficou desvalorizado o que enfraqueceu ainda mais a economia dos países menos favorecidos, pois estes perderam a competitividade. (Amim, 2005)

A questão do respeito diversidade cultural foi intimamente afetada pela pelo progresso da globalização, pois esta, mesmo que camufladamente conduz a uma hegemonização cultural. A mundialização política e econômica, fez com que a pluralidade cultural siga cada vez mais um caminho de massificação, existem muitos grupos de resistência que defendem suas tradições, preferências e valores da opressão cultural, como os negros, os índios e o movimento GLBT.

A cultura é um processo em construção, influenciado ou não pelo imperialismo ou outro meio, preservar a integridade das tradições veementemente pode acarretar dificuldade no progresso social e econômico da sociedade (Alves, 2010), assim como devastar a bagagem cultural que cada vertente da sociedade carrega consigo oprime e empobrece a riqueza da interação cultural entre as comunidades.

Para que haja o respeito entre as culturas diversas do planeta é preciso que todas tenham participação efetiva nas decisões legais, econômicas e políticas que envolvam seus direitos, amenizando os efeitos do imperialismo, cultura é interação e não opressão.

Referencias Bibliográficas

ALVES, E. P. M. Diversidade cultural, patrimônio cultural material e cultura popular: a Unesco e a construção de um universalismo global. Sociedade e Estado. versão ISSN 0102-6992. v. 25, n. 3. Brasília, 2010.

AMIN, S. O imperialismo, passado e presente. Tempo. versão impressa ISSN 1413-7704. v. 9, n. 18. Niterói, 2005.

BLAY. E. A. Algumas raízes do anti–semitismo no Brasil ou um outro olhar sobre Paris. Tempo Social. versão impressa ISSN 0103-2070. v. 13, n. 1. São Paulo 2001.

BRANT, L.