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Grande Monstro Social

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Por:   •  10/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.081 Palavras (13 Páginas)  •  253 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O grande monstro social

Segundo a mitologia existia um monstro marítimo, que seria chamado de Besta, esse é conhecido por Leviatã. Não é somente a bíblia e o cristianismo que teme a Besta, que segundo ele é o próprio satanás, mas a história é de fato bem mais antiga do que parece. Leviatã é um monstro marítimo que segundo a mitologia Grega também chegou a citar antes mesmo do cristianismo por tudo a tona, a grande besta seria um monstro que destruía tudo o que no mar tivesse, os homens antigos temiam o Leviatã pelo conhecimento escasso que tinham sobre o mar, não havia a tecnologia que há nos dias atuais.

Acreditavam que a Terra era quadrada e que adentrando o oceano poderiam cair no nada e morrer, isso se devia aos problemas enfrentados em alto mar, como tempestades, náufragos, mortes da tripulação dos navios e outros diversos problemas, assim que voltavam - se voltassem - contavam a todos os apuros de forma que todos pudessem acreditar que foram amaldiçoados e que a besta os havia atacado e proporcionado tamanha desgraça.

Apesar de o nome Leviatã ser temido até mesmo hoje por pessoas ignorantes que pouco conhecem a história, por acreditarem que se trata do próprio diabo e a bíblia de certa maneira impor a eles esse "mito" como verdade, a história é contada de diversas formas e nada concreto se sabe a respeito, até porque nem mesmo se podia provar a existência de um monstro gigante.

O livro de Hobbes diz respeito à estrutura da sociedade e do governo legítimo, e é considerado como um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social.

"o Leviatã é um argumento a favor da obediência à autoridade fundado na análise da natureza humana. "

No Leviatã Hobbes (1587-1666) parte do princípio de que os homens são egoístas e que o mundo não satisfaz todas as suas necessidades, defendo por isso que no Estado Natural, sem a existência da sociedade civil, há necessariamente competição entre os homens pela riqueza, segurança e glória. A luta que se segue é a «GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS», na célebre formulação de Hobbes, em que por isso não pode haver comércio, indústria ou civilização, e em que a vida do homem é «solitária, pobre, suja, brutal e curta.» A luta ocorre porque cada homem persegue racionalmente os seus próprios interesses, sem que o resultado interesse a alguém.

" Tudo, portanto, que advém de um tempo de Guerra, onde cada homem é Inimigo de outro homem, igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra segurança além do que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-los. Em tal condição, não há lugar para a Indústria; porque seu fruto é incerto; e, conseqüentemente, nenhuma Cultura da Terra; nenhuma Navegação, nem uso algum das mercadorias que podem ser importadas através do Mar; nenhuma Construção confortável; nada de Instrumentos para mover e remover coisas que requerem muita força; nenhum Conhecimento da face da Terra; nenhuma estimativa de Tempo; nada de Artes; nada de Letras; nenhuma Sociedade; e o que é o pior de tudo, medo contínuo e perigo de morte violenta; e a vida do homem, solitária, pobre, sórdida, brutal e curta.

" Frequentemente esse trecho da principal obra de Thomas Hobbes, é citado corno se ele se referisse à vida de agora ou à vida em geral. Ainda que o Leviatã seja um tanto deprimente, Hobbes não é sinistro desse jeito. Ele está querendo dizer que a vida sem a sociedade civil seria "solitária, pobre" etc., não que a vida seja realmente assim.

E verdade que a vida no fim da Renascença não era um piquenique, seja na Inglaterra ou em qualquer lugar. As pessoas se lembram de Shakespeare e Galileu, mas não se recordam que os avanços no conhecimento e na navegação também fomentaram o ceticismo e a dúvida. A ciência confortável de Aristóteles transformou-se em ruínas, como também as certezas de uma Igreja Unificada. O Deus que governava o mundo através de reis e rainhas, com seus domínios garantidos por "direito divino", deu lugar a um Deus mais íntimo e pessoal, que falava tanto ao homem comum quanto aos reis.

Os rebeldes ingleses que, nos meados do século dezessete, degolaram o Rei Charles I, não o viam, obviamente, como um mediador de Deus. Embora Hobbes (1588-1679) concordasse que qualquer governo é o resultado de um consenso social, ele também se opunha violentamente a filosofia e às ações antimonarquistas dos rebeldes. Só um governante com poder absoluto, pode efetivamente refrear os homens das disputas mútuas e da exploração. Por isso o titulo Leviatã, referência a maciça e opressora criatura encontrada na Bíblia. Para estabelecer esta premissa, Hobbes conjura um cenário de vida sem lei.

Hobbes descreve o homem em seu estado natural, como, egoísta, egocêntrico e inseguro. Ele não conhece leis e não tem conceito de justiça; ele somente segue os ditames de suas paixões e desejos temperados com algumas sugestões de sua razão natural.

Onde não existe governo ou lei, os homens naturalmente caem em contendas. Desde que os recursos são limitados, ali haverá competição, que leva ao medo, à inveja e a disputa. Os homens também naturalmente buscam a glória, derrubando os outros pelas costas, já que, de um modo geral, as pessoas são mais ou menos iguais em força e inteligência, nenhuma pessoa ou nenhum grupo pode, com segurança, reter o poder. Assim sendo, o conflito é perpétuo, e "cada homem é inimigo de outro homem”. É basicamente isso... a expressão "chaRepleto de faláceas e suposições improváveis, o livro apresenta uma visão do homem como criatura que nasce para o conflito, ou seja, o estado inicial do homem é de guerra contra tudo e todos. Tendo isso em mente, Hobbes defende a necessidade de uma dominação e submissão violenta do homem pelo homem e, portanto, o estabelecimento de um maquinário de Estado, cujo líder deve ser escolhido pelo povo sob um critério definido pelos membros da administração. Para o autor, o líder uma vez escolhido deve cumprir o prazo determinado previamente e não deve ser contestado pela população.

O autor defende a existência prévia de um direito de natureza ou ius naturale, que é a liberdade absoluta dos homens para fazer tudo aquilo que sua razão julgue ser bom para a sua vida. Com isso, a guerra é conflito de razões e é consequencia inevitável da liberdade absoluta (anarquia). Cunha o conceito de Lex naturalis, a lei específica dos seres humanos, que impõe limite aos homens visando à preservação de suas vidas. Esta forma de lei é, portanto, uma negação do direito de natureza. Segundo

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