Guerra dos Trinta Anos
Por: camilacca • 9/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.449 Palavras (6 Páginas) • 744 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Instituto de Ciências Sociais
Departamento De Relações Internacionais
Curso de Relações Internacionais – Praça da Liberdade
Camila Andrade
Letícia Borges
Samuel Andrade
TRABALHO DE INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Belo Horizonte
2016
Camila Andrade
Letícia Borges
Samuel Andrade
TEMA:
Conflito e cooperação entre os Estados: a Guerra dos Trinta Anos e a paz de Vestifália
Trabalho apresentado à disciplina Introdução as Relações Internacionais da Pontífica Universidade Católica de Minas Gerais.
Professora: Letícia Carvalho
SUMÁRIO
Introdução………………………………………………………………………………….………04
Guerra dos Trinta Anos…………………………………………………………………………..05
Tratado de Vestifália……...………………………………………………………………………07
Pergunta Problema……………………………………………………………………………….08
Referências………………………………………………………………………………………..09
INTRODUÇÃO
No século XVII muitos países europeus tinham vontade de expandir seu poder pelo continente através da aquisição de territórios e novos mercados. Entretanto havia muitos adversários entre as monarquias centralizadoras da Europa. Isso provocou várias disputas e guerras, entre elas, a Guerra dos Trinta Anos.
A Guerra dos Trinta Anos, bem como o tratado que pôs seu fim (Vestifália), teve uma importância muito grande para os estudos Internacionais, pois redefiniu o conceito de alianças e poder, bem como a disposição dos países no mapa.
GUERRA DOS TRINTA ANOS
A Guerra dos Trinta Anos começou em 1618 e teve o seu fim com a Paz de Vestfália em 1648. Marcando a transição do feudalismo para a Idade Moderna. Ela foi a guerra principal de seu século e envolveu um grupo de países (mais especificamente dois grupos os: Habsburgos e os Bourbons) ao redor da região em que atualmente está a Alemanha, e teve como um componente catalisador os conflitos religiosos resultantes das reformas protestantes do século 16.
A guerra foi provocada por problemas religiosos e políticos e também insere a luta pela afirmação do poder de monarquias europeias, com questões territoriais e conflitos pela hegemonia. Girou em torno dos Habsburgos, da Áustria, e dos Bourbons, da França. As circunstancias da guerra também atuam pelos problemas da aliança da dinastia dos Habsburgo e do Sacro Império Romano-Germânico com a igreja católica, essa união de religião com Estado, não se adaptava mais a um mundo no qual o poder das monarquias nacionais era cada vez mais forte. Naquela região, marcada como berço da Reforma, haviam diferentes reinos governados por príncipes de orientação católica e protestante. Essa diferença muitas vezes implicava em uma grande tensão política onde os reis de uma determinada região não aceitavam a prática de uma religião contrária à sua fé particular.
A dinastia dos Habsburgos procurava estabelecer o absolutismo e a religião católica a seus súditos do Sacro Império Romano-Germânico, pois os príncipes da Alemanha tinham medo do crescente poder do imperador do Sacro Império, com isso eles procuraram uma oportunidade de reprimir de um modo em que aumentasse seu próprio prestígio. Ao mesmo tempo em que os reis da Suécia e da Dinamarca sustentava ambições expansionistas, que improvavelmente poderiam realizar devido às expensas do Sacro Império Romano-Germânico.
A ligação entre o Império e a Igreja fazia com que os princípios de independência política tivessem um rumo religioso, como é o caso da Boêmia, cenário dos acontecimentos em que se constituíram no estopim do conflito.
As tensões religiosas aumentaram na Alemanha em meados do século 16,durante o reinado de Rodolfo II, a atitude católica foi extremamente agressiva. Foram destruídas várias igrejas protestantes, além de uma sucessão de medidas contra a liberdade de culto, como foi citado anteriormente. Em oposição a essas atitudes, foi instituída em 1608 a União Evangélica. Em resposta foi fundada, no ano seguinte, a Liga Católica o que permite prever que um conflito já estava se aproximando.
Na região da Boêmia, havia um impasse: a maioria da população era protestante, mas o rei, Fernando II, era católico. Este último era da dinastia dos Habsburgo e futuro imperador do Sacro Império. Devoto católico, educado pelos jesuítas e herdeiro da aliança entre os Habsburgo e o papado, Fernando reprimiu violentamente os protestantes, destruindo templos e impondo o catolicismo como única religião permitida no reino.
Os príncipes protestantes, organizados na Liga Evangélica, revoltaram-se e foram derrotados. A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia entraram na guerra contra a agressão austríaca, mas com a segunda intenção de expandir seus próprios domínios. Quando os franceses resolveram intervir diretamente no conflito declarando guerra contra os Habsburgos e todas as monarquias que fossem aliadas dos católicos germânicos. O exército francês conseguiu acabar com todas as forças inimigas que, mesmo com as sucessivas derrotas, não estavam dispostas a se render. A essa altura a guerra perdeu toda a sua motivação religiosa, pois ao ver a França, nação tradicionalmente católica, lutando contra outras nações que professavam a mesma fé. Em suma a França e seus aliados saíram vencedores e a paz foi restabelecida pelo Tratado de Vestfália, que confirmou a posse pela França de territórios alemães.
Com base nessas mudanças foram emitidas os princípios de disputas internacionais cruéis no futuro. Para evitar que outros conflitos como esse ocorressem, seria preciso seguir o conceito de soberania, que consiste em “fazer com que cada Estado faça valer dentro de seu território as suas decisões, e tenha poder de organizar-se juridicamente sem intervenção externa, ou seja, é a base do princípio de igualdade soberana de Estados independentes ” (Equilíbrio de poder).
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