Marginalismo E Seus Autores, Crise De 29 E Remédios De Keynes Para E Crise
Dissertações: Marginalismo E Seus Autores, Crise De 29 E Remédios De Keynes Para E Crise. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juninhocamocim • 27/2/2015 • 3.003 Palavras (13 Páginas) • 375 Visualizações
Introdução aos Estudos Históricos
1- Apresente as principais ideias da escola marginalista, e aponte pontos de divergencias com a escola classica e com Marx; em seguida apresente de forma detalhada as contribuiçoes dos seus princicais autores.
As idéias marginalistas surgiram por volta de 1870 como reação aos movimentos socialistas de meados do século XIX, que eclodiram devido à concentração de renda e à intensa migração rural-urbana decorrentes da industrialização. Os marginalistas combatiam a teoria clássica baseada no valor-trabalho e na idéia de que a renda da terra não era socialmente justa. Novas teorias foram desenvolvidas para o valor, distribuição e formação dos preços.
Suas suposições são as de que a economia é formada por um grande número de pequenos produtores e consumidores, incapazes de influenciar isoladamente os preços e as quantidades no mercado. Os consumidores, de posse de determinada renda, adquirem bens e serviços de acordo com seus gostos, a fim de maximizarem sua utilidade total, derivada do consumo ou da posse das mercadorias. Essa é uma concepção hedonista, segundo a qual o homem procura o máximo prazer, com um mínimo de esforço.
Dados os preços de mercado, os produtores adquirem os fatores de produção necessários a fim de combiná-los racionalmente e produzir as quantidades que maximizarão seus lucros. Os fatores têm preços determinados por sua escassez e utilidade no processo produtivo. Não há mais conflito entre as classes sociais na distribuição do produto, como na Economia clássica, mas harmonia entre os agentes. Isso se explica porque, no pensamento marginalista, a distribuição do produto efetua-se segundo as produtividades marginais de cada fator; os salários passaram a ser flexíveis (determinados pela interação entre a oferta e a demanda de trabalho) e não mais de subsistência (fixos), como no pensamento clássico.
A essência do pensamento marginalista pode ser sintetizada em 10 pontos:
1) raciocínio na margem: a decisão de produzir ou consumir vai depender do custo ou benefício proporcionado pela última unidade;
2) abordagem microeconômica: o indivíduo e a firma estão no centro da análise, cada bem levado ao mercado é único ou homogêneo, possuindo um preço que equilibra sua oferta com a demanda;
3) método abstrato-dedutivo: abstração teórica, argumentação lógica e conclusão;
4) concorrência pura nos mercados, sendo o monopólio uma exceção: muitos vendedores e compradores concorrem no mercado por bens e serviços; as firmas são pequenas e individualmente não conseguem influenciar o preço de equilíbrio de mercado;
5) ênfase na demanda: como elemento crucial para determinar os preços, ao contrário dos clássicos que enfocavam a oferta, ou custo de produção;
6) teoria da utilidade: a utilidade que as pessoas têm no consumo dos bens, determinada por seus gostos, influencia as quantidades demandadas de cada bem e, então, seus preços. Há uma ênfase em aspectos psicológicos, com a consideração da abordagem hedonista de prazer (satisfação) e sofrimento (custos);
7) teoria do equilíbrio: as variáveis econômicas interagem e o sistema manifesta uma tendência ao equilíbrio pelo jogo das livres forças de mercado;
8) direitos de propriedade: cada proprietário recebe pela posse de um fator de produção, o que reabilitou a renda da terra, considerada por Ricardo como um pagamento desnecessário e improdutivo;
9) racionalidade: as firmas e consumidores maximizam lucro ou satisfação e não agem por impulso, capricho ou por objetivos humanitários. Embora este último ponto possa ser louvável, ele não faz parte das suposições econômicas marginalistas;
10) laissez-faire: ou liberdade de mercado: toda e qualquer interferência nos automatismos do mercado gera custos e reduz o bem-estar social.
Pontos de Divergencias – ( Economia Clássica, Marginalista e Marx.)
A economia clássica foi elaborada e sistematizada nas obras dos economistas políticos Adam Smith e J.S. Mill. Além de Smith e Mill, os principais responsáveis pela formação da economia clássica foram o francês Jean-Baptiste Say (1767-1832), David Ricardo e Robert Malthus (1766-1834). A ideia central da economia clássica é a de concorrência. Embora os indivíduos ajam apenas em proveito próprio, os mercados em que vigora a concorrência funcionam espontaneamente, de modo a garantir (por um mecanismo abstracto designado por Smith como "a mão invisível" que ordena o mercado) a alocação mais eficiente dos recursos e da produção, sem que haja excesso de lucros. Por essa razão, o único papel económico do governo (além do básico, que é garantir a lei e a ordem) é a intervenção na economia quando o mercado não existe ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias, ou seja, quando não há livre concorrência. Segundo a teoria clássica, na economia concorrencial a oferta de cada bem e de cada factor de produção tende sempre a igualar a procura. Em todos os mercados, o elemento que determina esse equilíbrio entre oferta e procura são os preços (o preço do trabalho, nesse caso, seria o salário).
Principais autores da escola marginalista –
Embora Counot, Dupuit, Von Thumer e Gossen tenham proprocionado uma analise marginal pioneira, o marginalismo como uma escola mais claramente definida do pensamento economico originou-se com W. Stanley Jevons, na Inglaterra; Menger, na Australia; e Léon walras, na Suiça.
Jevons –
Nascido em liverpool, na inglaterra passou cinco anos na Australia como avaliador na Casa da moeda.
- Utilidade marginal era a única base possível da teoria econômica científica.
O valor das coisas (mercadorias) depende inteiramente da utilidade.
- O uso do termo valor significavalor de troca ou preço. O valor-trabalho incorporado ao preço da mercadoria foi rejeitado.
- Os indivíduos extraíram utilidade do consumo de mercadorias para maximizar o prazer.
O conceito deutilidade total foi trabalhando juntamente com o grau final de utilidade, posteriormente chamado de utilidade marginal.
- As razões entre a utilidade
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