Análise: Crise De 1929 X Crise De 2009
Pesquisas Acadêmicas: Análise: Crise De 1929 X Crise De 2009. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: faelrf • 16/6/2013 • 1.472 Palavras (6 Páginas) • 566 Visualizações
ORIGEM E HISTÓRIA DAS CRISES:
A relação da origem de ambas as crises é bastante parecida. A primeira (de 29) se originou da superprodução das indústrias que cresciam absurdamente. As ações sempre estavam em alta, e a produção de ferro agia em 100% de sua capacidade. O mercado de ações fervilhava. Um cidadão que não possuía dinheiro obtinha empréstimos nos bancos. O empréstimo concebido pagava cerca de 90% do valor total da ação. O cidadão-investidor comprava a ação, esperava-a valorizar, vendia, quitava sua divida com o banco e embolsava o lucro. Porém houve uma hora em que o consumidor já não precisava mais dos produtos fabricados e houve uma brusca queda no consumo destes. Porém as indústrias não acompanharam esta queda, o que levou a um enorme prejuízo. Os investidores que investiram na bolsa perderam tudo e não tinham como pagar os bancos e, muitos, quebraram. Mas por que os banqueiros foram os mais afetados? O povo não sofreu demissões em massa? Sim, sofreu. Sofreu muito também pois o atual presidente, Herbert Hoover demorou muito para agir. O governo da época estava muito ligado com o livre-mercado, portanto, acreditava numa mudança milagrosa que revertesse o efeito da crise. Milhares de americanos perderam seus empregos agravando ainda mais a crise. O mundo todo estava em meio a uma crise enorme.
Mas com a chegada de Franklin Delano Roosevelt, a situação melhorou. Ele aplicou formas Keynesianistas, e com fortes reformas na infraestrutura americana, gerou empregos e aqueceu, depois de algum tempo, a economia. Um grande trunfo de Roosevelt foi aplicar na infraestrutura, pois isso reaqueceu a economia, criando consumidores,as empresas começaram a produzir mais e vender mais. A confiança voltara. Na economia, a confiança é o que determina a queda ou a valorização.
Na crise do mercado imobiliário dos EUA. Americanos compravam casas a prazo com crédito do banco, dando como garantia, uma hipoteca da própria casa adquirida. Essa hipoteca, que se chama subprime, era negociada pelos bancos que acreditavam em um retorno dos consumidores. Em meio à esta agitação do mercado imobiliário, houve uma produção muito grande de casas. Com isso ocorreu uma desvalorização de casas, por que quando um produto está em abundância no mercado, ele tende à cair. Além também da inadimplência. A queda da hipoteca acompanhou a queda dos preços das casas. Os bancos tinham muito menos do que esperavam; as transações feitas entre os bancos que vendiam e compravam estes títulos podres, havia valorizado o preço destes muito além do que eles realmente valiam. E então bancos quebraram, levando consigo ações de outras empresas que também quebraram e demitiram muitos funcionários diminuindo o mercado consumidor de todas as empresas. O famoso “efeito dominó.” Mas agora era a vez dos bancos serem ajudados. O governo gastou mais que US$1trilhão para comprar títulos podres de bancos e impedir que eles quebrassem.
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE AS CRISES:
A principal diferença diz respeito à causa das recessões. Em 1929, a economia norte-americana apresentava um ritmo de crescimento intenso e a produção extrapolava a capacidade de absorção pelo mercado interno. A saída foi incrementar as exportações.
Com a retomada da produção europeia e a competição no mercado externo, os EUA foram obrigados a desacelerar, o que levou à crise. Em 2008, ao notar uma diminuição do ritmo de crescimento do país, o governo, por intermédio do FED (o Banco Central dos EUA), reduziu a taxa de juros e incentivou a ampliação do crédito. Os bancos se tornaram menos rigorosos na concessão de empréstimos e os bens imobiliários sofreram uma supervalorização. A inflação aumentou e o FED corrigiu a taxa de juros, o que provocou inadimplência.
As consequências de ambas são semelhantes e incluem a queda nas bolsas, o aumento do desemprego e prejuízos para os investidores externos.
CAUSAS E PONTOS PRINCIPAIS:
Crise de 29
No início do século XX, os Estados Unidos viviam o seu período de prosperidade e de pleno desenvolvimento, até que a partir de 1925, apesar de toda a euforia, a economia norte-americana começou a passa por sérias dificuldades. Podemos identificar dois motivos que acarretaram a crise:
- O aumento da produção não acompanhou o aumento dos salários. Além de a mecanização ter gerado muito desemprego.
- A recuperação dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial. Esses eram potenciais compradores dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasticamente devido à recuperação de suas econômicas.
Diante da contínua produção, gerada pela euforia norte-americana, e a falta de consumidores, houve uma crise de superprodução. Os agricultores, para armazenar os cereais, pegavam empréstimos, e logo após, perdiam suas terras. As indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando mais ainda a crise.
A crise naturalmente chegou ao mercado de ações. Os preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros capitalistas da época, despencaram, ocasionando o crash (quebra). Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.
Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal comprador de café. Com a crise, o preço do café despencou e houve uma superprodução, gerando milhares de desempregados no Brasil.
Crise de 09
A crise atual tem as características clássicas de superprodução das crises do capitalismo. O que marca seu ritmo e profundidade é a queda na taxa de lucros das grandes empresas multinacionais, em particular da indústria norte-americana, o coração do imperialismo. Essa taxa de lucros está desabando, e esse é o motivo pelo qual são completamente infrutíferas as tentativas dos governos de evitar a crise por meio de injeção de dinheiro nos bancos.
PAÍSES MAIS AFETADOS:
Crise
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