Meu Grande Sonho: A vida em Waquertoff
Por: Antonio Leal • 10/3/2016 • Bibliografia • 1.602 Palavras (7 Páginas) • 332 Visualizações
A vida em Waquertoff, foi extremamente difícil nos primeiros dias, pois, a insistência em sair da prisão mágica do mago, só o deixava mais preso. Ele ficou acorrentado em uma sala, recebendo comida duas vezes ao dia e aquelas correntes, ah, aquelas correntes tinham algo muito estranho. Toda vez que Tom tentava se soltar, ela se apertavam mais e toda vez que ele relaxava, elas ficavam mais leves, ele não conseguia entender como aquilo era possível: magos, criaturas mágicas, um reino escondido, maldições... isso era muita coisa para sua pobre cabeça domesticada.
Mas, após 10 dias, quando seu corpo já havia desistido de lutar contra as correntes enfeitiçadas do mago, a porta da tal sala escura se abriu e por ali entrou Goliff, em uma das cenas mais estranhas que Tom já vira em sua vida: ele vinha trazendo duas abóboras do tamanho de rochas amarradas a uma corrente que ele segurava e as abóboras vinham atrás deles, como cachorrinhos saltitantes.
- Bom dia moça valente, pronta para sair das correntes? – diz Goliff, em tom de divertimento;
- Por quê? O que rei teve piedade de mim? – rebate Tom, indignado;
- Rei? O rei me deixou tomando conta de você – diz Goliff, orgulhoso – sou eu quem decide, quando você está pronto para sair ou não. E então?
- Quais são minhas opções?
- Ou você fica acorrentado até a morte ou te liberto e você servirá ao reino por 10 anos.
- Acho que 10 anos são melhores que uma eternidade. – conclui Tom;
- Que assim seja.
E com duas batidas de palmas de Goliff, as correntes em torno de Tom desapareceram uma fumaça púrpura, deixando Tom boquiaberto.
- O que foi? Até parece que nunca viu magia.
- Eu realmente nunca vi magia, isso é insanidade em meu reino – diz Tom estupefato – lá tudo vira insanidade...
- Gallhem, um reino tão próximo a Waquertoff, mas também tão distante – comenta o mago, com um olhar sonhador estampado no rosto;
- Não me diga que você queria conhecer aquela porcaria de reino?
- Eu gostaria de conhecer qualquer coisa que não estivesse nos limites de Waquertoff, viver uma aventura, desbravar o mundo! Eu odeio viver nesse cerco e ficar enfeitiçando abóboras! – diz Goliff, indignado;
- Mas é o nosso fardo amigo, nunca sair daqui.
- Esse é o meu fardo! Estou aqui há tanto tempo que nem me lembro mais, você tem apenas 10 anos pra conviver com isso! – comenta o mago, invejando a sorte de Tom;
- É verdade, só 10 anos, não é tão ruim comparando com a situação do povo que tem que viver aqui para sempre. – conclui Tom;
- Até que você não é tão ruim, vou lhe dar algumas opções. – diz Goliff, olhando seriamente para Tom;
- Que tipo de opções?
- Opções de designação de serviço para com o reino. Você tem três opções: - diz Goliff, mostrando três dedos na mão para Tom – Opção um: fazendeiro, basicamente você irá ajudar na plantação e no cuidado com nossos animais, isso inclui os mágicos e não-mágicos.
- Parece uma boa opção.
- Opção dois: você irá ajudar nas tarefas reais, trabalhará para o rei, e, isso inclui qualquer tipo de serviço que estiver disponível, desde limpar o quarto real até limpar as unhas reais.
- Essa já não parece uma boa opção. – diz Tom, anojado;
- Concordo. E a opção três: poderá aprender magia comigo.
- Como assim “aprender magia” ? Não se precisa nascer com as habilidade mágicas? – pergunta Tom, sem entender;
- Não necessariamente, os magos com maior habilidade e poder em magia, tiveram habilidades mágicas transferidas pelos pais, mas também existem mágicos que aprenderam a fazer magias, e, como eu nunca tive alguém a quem ensinar, eis a oportunidade. – comenta Goliff, sem conseguir esconder seu entusiasmo;
- Eu escolho a opção três.
- Que assim seja, vamos começar após o meio dia, enquanto isso vamos caçar nosso almoço.
E assim, Goliff e Tom saíram mata adentro a fim de caçar algo para comer. Tom armado com arco e flecha, mas, Goliff apenas com suas habilidosas mãos. Eles voltaram 2 horas mais tarde, com 5 coelhos e um tatu. Prepararam um belo ensopado de coelho com tomates e diversos temperos colhidos por Goliff. Quando terminaram de comer, se sentaram em cadeiras em um morro alto, apreciando o sol que fazia, para conter o frio daquela tarde.
- Olá. – disse uma voz extremamente grossa vinda de um pequeno buraco a frente deles;
- Olá Adolfo, que surpresa... – quando Adolfo, colocou sua pequena cabeça para fora do buraco, Tom tentou o pisotear – TOM, NÃO! ELE É MEU AMIGO!
- O QUÊ? UM RATO? – grita Tom ofegante olhando para o buraco;
- Rato? Agora eu vou te ensinar uma coisa.. – disse Adolfo, enquanto tentou sair do buraco, mas ele caiu e retornou para dentro do buraco – Só espere eu conseguir sair daqui, seu patife, desprezível...
- Acalme Adolfo. – disse Goliff, enfiando uma mão no buraco e retirando Adolfo, que vestia um terno bem cortado – Adolfo, este é Tom, meu discípulo. Tom, este é Adolfo, um grande amigo meu, ah, ele não é um rato, ele é um morfante, uma espécie de humanídeo.
- Adolfo,
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