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Milagre Ecônimico Brasileiro

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Por:   •  3/3/2015  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  380 Visualizações

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O então chamado “Milagre Econômico Brasileiro” começou a se preparar em 1967, em um momento em que a economia dava sinais de recessão. O encarregado pela economia do país, que se chamava Delfim Netto, começou um forte investimento nas empresas estatais, áreas de petroquímica, siderurgia, geração de energia, entre outras. O primeiro plano adotado começou a surtir efeito e os investimentos nas estatais então renderam muitos lucros. Passou, por fim, a acontecer um processo de industrialização no Brasil, ocasionando milhões de empregos para a população. A partir de 1969, quando Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência, o “Milagre Econômico” estava acontecendo.

O Milagre foi claramente marcado pela realização de grandes obras da iniciativa pública.

Algumas obras, realizadas nessa fase, acabaram recebendo o nome de faraônicas, devido à forte impressão de apresentar um país que se modernizava a passos largos. Para a construção da rodovia Transamazônica, que integra 4.073 km, por exemplo, foram gastos pelo governo 1,5 bilhão de dólares na época, o que hoje equivale a 7,7 bilhões de dólares. Não foi tarefa de pouca monta. A obra foi praticamente em mata fechada e a extensão da estrada poderia cobrir todo o continente europeu, de Lisboa, em Portugal, até Kiev, na Ucrânia. No entanto, a estrada, entregue em tempo recorde, ainda permanece inacabada até os dias de hoje. Portanto, foi um projeto que custou muito caro e não trouxe reais benefícios.

Outros marcos que alavancaram essa fase foi a construção da ponte Rio-Niterói, que contou, entre outros recursos, com um empréstimo de US$ 22 milhões com bancos britânicos, enquanto a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que foi construída por meio de negociações com o Paraguai a fim de melhorar os laços de cooperação entre os dois países, Brasil e Paraguai, e o aumento da capacidade de geração de eletricidade do país, é considerada a maior usina hidrelétrica do país até os tempos atuais. Todo esse crescimento teve um custo altíssimo para o país, gerando uma conta que deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros que o Brasil precisou assumir geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.

Por outro lado, a expansão do setor industrial, viabilizada por meio da expansão do crédito, a manutenção dos índices salariais e a repressão política, incitou uma explosão consumista entre os setores médios da população. A obtenção de uma casa própria financiada, a compra de um carro e as compras no shopping começou a formar os principais “sonhos de consumo” da classe média.

Durante o “milagre”, a menor taxa de crescimento indicada pelo PIB (Produto Interno Bruto) ocorreu em 1969, quando a expansão foi de 9,5%. Já a maior, registada em 1973 — de 14% (seis vezes maior que o de 2013) — nunca mais foi atingida pelo País. Os outros anos também apresentam desenvolvimento anual surpreendente de, em média, 11%. Por fim, o PIB não indica um desenvolvimento efetivo, porque era demonstrado apenas um crescimento subordinado, sem aspectos de evolução no problema socioeconômico. Os militares, naquela fase, entendem na sua concepção, que o desenvolvimento econômico significava apenas o crescimento do produto e não se voltavam para a necessidade de um desenvolvimento social. Um problema que permanece até os dias de hoje.

Por fim, o Milagre Brasileiro começou a perder força algum tempo depois do que chamamos de crash, que se iniciou em 1971, e era visto como um “estouro” da segunda maior bolha especulativa da história brasileira em termos relativos, referente ao numero de participantes do processo, em relação à população total, e diversidade de classes sociais, às quais pertenciam. Embora, nem de longe tenha causado os efeitos políticos, econômicos e sociais devastadores de seu antecessor, ocorrido 80 anos antes.

Após essa prolongada queda, a partir de 1973 o crescimento da economia brasileira diminuiu e em 1974 ocorreu o primeiro choque do petróleo, quando seu preço foi elevado radicalmente

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