Movimentos Ambientalistas: Uma linha Cronológicado Movimento Ambientalista no Mundo e Seus Marcos
Por: joaopaulocampos • 16/6/2016 • Trabalho acadêmico • 695 Palavras (3 Páginas) • 660 Visualizações
Disciplina: Regimes Ambientais
Construa uma linha cronológica do movimento ambientalista no mundo, enfatizando os principais marcos, os dilemas e os atores internacionais que atuaram de maneira direta, entre eles, o Brasil.
O complexo tema do meio ambiente atrelado ás Relações Internacionais é relativamente recente na agenda internacional, tendo impacto direto das mais diversas formas na vida das pessoas. Seu debate tem marco na década de 70, quando ocorre a primeira Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (ECO 72) em Estocolmo. Desde Estocolmo (1972) até as mais recentes conferências, como por exemplo, a Rio+20, o tema ambiental vem se transformando em importância na agenda, deixando o grau de importância baixo (low-politis) e assumindo essência de maior importância política, alta intensidade e relevância estratégica (high-politics).
A ECO-72, como tratado, foi o grande marco do aparecimento do tema nas Relações Internacionais. Nela emergiram as contradições ligadas ao desenvolvimento e ao meio ambiente. Estudos da época já denunciavam as consequências do atual modelo de desenvolvimento e foi proposto na Conferência o “desenvolvimento zero”. A proposta tinha como base a total estagnação do crescimento econômico a fim de evitar futuros desastres ambientais e foi o marco de discordância entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, já que os últimos almejavam buscar o desenvolvimento para garantir melhores condições de vida para suas populações. A ECO-72 ficou marcada também por contar com grande parte de atores não-estatais em suas discussões, trazendo organizações internacionais, organizações não governamentais e empresas para a discussão.
Em 1992 ocorreu na cidade do Rio de Janeiro a ECO-92, ou como ficou conhecida, Cúpula da Terra. A ECO-92 trabalhou o conceito de desenvolvimento sustentável, um termo muito recente, cunhado anos antes, em 1987 no Relatório Brundtland. A conferência ocorreu 20 anos após a ECO-72 e propunha balancear as mudanças, os impactos conseguidos e os objetivos alcançados desde então. Novamente os atores não estatais foram convidados a participar, com destaque para indivíduos, que também participaram ativamente das discussões. A visibilidade da Conferência foi muito grande e suas abordagens foram base para a criação do Protocolo de Kyoto, em 1997. O documento final da Conferência é chamado de Agenda-21, onde se propõe práticas e técnicas de desenvolvimento sustentável para as nações, estados e cidades.
Em 2002 ocorre em Johanesburgo, África do Sul, a Rio+10. Essa conferência aborda tanto a questão climática quanto a questão social com bastante enfoque. Foi discutido, por exemplo, medidas para reduzir em 50% o número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza até 2015. A cobrança das atitudes firmadas na Agenda-21 foram feitas, porém os resultados da Rio+10 não foram muito significativos, já que não existiram muitos consensos entre as partes envolvidas nas negociações.
Na década de 90 vimos outras conferências ocorrerem, como as COPs. As Conferências sobre Mudanças Climáticas ocorrem desde 1995, em Berlim, e são realizadas em intervalos menores para a constante pressão no ambiente internacional para a urgência do tema meio ambiente.
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