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O Capital

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Por:   •  20/11/2013  •  928 Palavras (4 Páginas)  •  292 Visualizações

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O Capital – Capítulo IV A transformação do dinheiro em capital

A circulação das mercadorias é o ponto de partida do capital. A produção de mercadorias e o comércio, forma desenvolvida da circulação de mercadorias constituem as condições históricas que dão origem ao capital. Se pusermos de lado o conteúdo material da circulação das mercadorias, as trocas dos diferentes valores de uso, para considerar apenas as formas econômicas engendradas por esse processo de circulação, encontrarão o dinheiro como produto final. Esse “produto final da circulação das mercadorias é a primeira forma em que aparece o capital.” (P. 165) ‘‘Historicamente, em suas origens, é sob a forma de dinheiro que o capital se confronta com a propriedade imobiliária; como fortuna em dinheiro, capital do comerciante ou do usurário.” (P. 166) dinheiro que é apenas dinheiro se distingue do dinheiro que é capital, através da diferença na forma da circulação.

A forma simples da circulação das mercadorias é M-D-M, conversão de mercadoria em dinheiro e reconversão de dinheiro em mercadorias, vender para comprar. Ao lado dela, encontramos uma segunda especificamente diversa, D-M-D, conversão de dinheiro em mercadoria e reconversão de mercadoria em dinheiro, comprar para vender. (P. 166) O regresso do dinheiro a seu ponto de partida não depende de se vender a mercadoria mais cara do que foi comprada. Esta circunstância só influi na magnitude da soma de dinheiro que retorna. Só pode ocorrer o retorno do dinheiro ao ponto de partida, com a renovação ou repetição do processo por inteiro.” (P. 168).

“ O circuito M-D-M tem por ponto de partida uma mercadoria e por ponto final outra mercadoria que sai da circulação e entra na esfera do consumo. Na simples circulação de mercadorias tem ambos os extremos do circuito a mesma forma econômica. No final, se retira mais dinheiro da circulação, do que se lançou nela, no início. Esse acréscimo ou excedente sobre o valor primitivo chamo demais valia (valor excedente). A circulação de dinheiro como capital, ao contrário, tem sua finalidade em si mesma,pois a expansão do valor só existe nesse movimento continuamente renovado. Por isso, o movimento do capital não tem limites.” (P. 169). O conteúdo objetivo da circulação em causa – a expansão do valor – é sua finalidade subjetiva. Nunca se deve considerar o valor de uso objetivo imediato do capitalista.

A expansão incessante de valor, por que luta o entesourador, procurando salvar, tirar dinheiro da circulação obtém na maneira mais sagaz o capitalista, lançando-o continuamente na circulação. (P. 172). Se trocam mercadorias ou mercadorias e dinheiro de igual valor de troca, se permutam por tanto equivalentes, não se tira da circulação mais do que nela se lança. Não ocorre nenhuma formação de valor excedente (mais valia) (...) Admita-se que por força de algum privilégio inexplicável possa todo vendedor vender suas mercadorias acima do valor, a 110, quando vale 100, com um acréscimo no preço de 10%. Suponhamos, ao contrário, que seja privilégio de todo comprador, comprar a mercadoria abaixo do valor. Tudo fica como dantes. “A formação da mais valia e, portanto, a transformação do dinheiro em capital, não pode, portanto, ser explicada, por vender o vendedor às mercadorias acima do valor, nem por comprá-las o comprador abaixo do valor.” A circulação ou a troca de mercadorias não cria

nenhum valor. (P. 183). O sapato tem mais valor

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