O Governo Forte Na Visao De Maquiavel
Monografias: O Governo Forte Na Visao De Maquiavel. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: freitaslo • 10/10/2013 • 364 Palavras (2 Páginas) • 376 Visualizações
O GOVERNO FORTE NA VISAO DE MAQUIAVEL
O governo forte na visão de Maquiavel, só pode ser exercido com firmeza pelo príncipe, pois somente com firmeza consegue-se evitar a desagregação e desordem presentes em uma sociedade onde não existem os fortes laços que unem aqueles que vivem em uma comunidade cívica. Esta comunidade, na qual os cidadãos, conscientes de seu papel e de sua importância, bem como das razões que os impulsionam a tomar parte nas decisões, muitas vezes não de forma totalmente direta, mas na correta condução dos mais aptos para o exercício de funções públicas a cargos aos quais os que se propõem ao trato com a coisa pública são mais adequados em virtude de um critério técnico para a ocupação e gestão.
Desta forma, a república é a melhor forma de governo para o povo virtuoso, ou seja, em uma comunidade cívica, pois somente nela existem elementos que tornem viável a existência de um governo cuja característica é a alternância de poder, ao contrário do principado, onde o poder se perpetua nas mãos do soberano, que governa sem ser responsabilizado por abusos que por ventura possa cometer. Diferente do que ocorre em uma república, onde a responsabilização do dirigente é uma das garantias que os cidadãos têm para coibir desvios cometidos através do uso da máquina pública.
Mesmo com os malefícios de um governo cujo poder está nas mãos de um príncipe, ainda assim, é o mais adequado, para Maquiavel, na ausência da virtude dos cidadãos conscientes da comunidade cívica, pois nesta situação desagregação do Estado levará ao caos. Ao passo que em uma república cujo desempenho institucional tem índices elevados, a participação em prol de um bem comum é uma constante, sem que haja uma massificação na qual a subjetividade é suprimida. Neste sentido, o individualismo não significa que cada um tenha em mente apenas a si próprio, mas como um ente que de forma individual participe da coletividade, ou seja, ao participar da coletividade, ele está inserido na comunidade mas sem todavia, perder sua identidade.
Assim, o individualismo caminha ao lado do comunitarismo, o que redunda em uma comunidade cívica onde elevados níveis proporcional desenvolvimento social e forjam um cidadão pleno.
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