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POLÍTICA MACROECONÔMICA

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Por:   •  3/12/2014  •  7.784 Palavras (32 Páginas)  •  358 Visualizações

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1 FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA

A Macroeconomia é o ramo da teoria econômica que trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados (renda e produtos nacionais, investimento, poupança e consumo agregados, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio. Preocupa-se com questões conjunturais de curto prazo (diferença entre a produção efetivamente realizada e a produção potencial da economia).

A Macroeconomia não analisa o comportamento das unidades econômicas individuais (famílias e firmas, fixação de preços nos mercados específicos, os efeitos de oligopólios em mercados etc.).

Já a parte da teoria econômica que estuda o comportamento dos grandes agregados ao longo d tempo (longo prazo), é denominada teoria do crescimento e desenvolvimento econômico.

2 METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

a) Alto nível de emprego;

b) Estabilidade de preços;

c) Distribuição de renda socialmente justa;

d) Crescimento econômico.

a) Alto nível de emprego – preocupação a partir dos anos 30.

b) Estabilidade de preços – define-se inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível de preços. Por que a inflação é um problema? Acarreta distorções sobre a distribuição de renda; expectativas empresariais; mercado de capitais e sobre o Balanço de Pagamentos.

• Efeitos sobre a distribuição de renda – redução das classes que dependem de rendimentos fixos, que possuem prazos legais de reajustes (assalariados e os que dependem de alugueis, mas são compensados pela valorização dos imóveis); os trabalhadores de baixa renda que não tem condições de manter aplicações financeiras, pois gastam tudo o que ganham com sua subsistência; proprietários de bens de raiz nada sofrem; empresários também tem condições de manter seus lucros, pois repassam para seus produtos os aumentos de custos provocados pela inflação; e o governo também tem condições de se proteger da inflação, via correção de impostos e tarifas públicas.

c) Efeito sobre o Balanço de Pagamentos – elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento internacional, encarecem o produto nacional frente ao produzido no exterior.

d) Efeitos sobre os investimentos empresariais – instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros.

e) Efeito sobre o mercado de capitais – num processo inflacionário intenso o valor da moeda deteriora-se rapidamente, o que acarreta desestímulo à aplicação de recursos no mercado de capitais financeiros (caderneta de poupanças e títulos); elevação de investimentos em bens de raiz; no Brasil, essa distorção foi bastante minimizada pela instituição de mecanismo de correção monetária.

3 DISTRIBUIÇÃO DE RENDA SOCIALMENTE JUSTA

Fim dos anos 60 e a maior parte da década de 70, a economia cresceu bastante. Apesar disso, observou-se um aumento da disparidade entre as classes de renda. O milagre econômico brasileira piorou a concentração da renda devido a chamada Teoria do Bolo. O desenvolvimento capitalista gera uma demanda por mão-de-obra qualificada, por ser escassa, obtém ganhos extras. Fator educacional seria a principal causa da piora distributiva. No período do milagre econômico ocorreu maior concentração de renda, mas a renda média de todas as classes aumentou. O problema é que, embora os menos qualificados tenham melhorado seu padrão de vida, os mais qualificados melhoraram mais.

4 CRESCIMENTO ECONÔMICO

Quando há um limite à quantidade de recursos que se pode produzir com os recursos disponíveis, aumentar o produto além desse limite exigirá: aumento nos recursos disponíveis; avanços tecnológicos.

Crescimento econômico X desenvolvimento econômico

5 INTER-RELAÇÕES E CONFLITOS DE OBJETIVOS: DILEMAS DE POLÍTICA ECONÔMICA

a) Crescimento – facilitar a solução da pobreza, uma vez que torna possível abrandar conflitos sociais sobre a divisão da renda.

b) Particularmente em países em desenvolvimento, as metas de crescimento e equidade produtiva têm se mostrado conflitante, pois muitos acreditam que o aumento do nível de poupança seria mais facilmente obtido por meio de uma distribuição desigual da renda, aumentando a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional.

c) Redução de desemprego e estabilidade de preços – redução de desemprego é obtida pelo aumento das compras, isso pode aumentar a inflação.

d) À medida que a economia aproxima-se do pleno emprego dos recursos, estes passam a escassear, provocando um aumento dos custos de produção, e o aumento das compras tende a agravar a inflação, porque é muito provável que os produtores repassem o aumento de custos de produção para os preços de seus produtos. Isso não ocorre se, ao mesmo tempo, estiver acorrendo um significativo aumento de produtividade que compense a elevação dos custos.

e) Políticas de estabilização da inflação podem levar ao aumento a taxa de desemprego, dado que tais políticas retraem a demanda de bens e serviços, o que acarreta uma queda da atividade econômica.

6 ESTRUTURA DA ANÁLISE MACROECONÔMICA

a) Parte real da economia: mercado de bens e serviços – agregação de todos os bens produzidos pela economia durante certo período de tempo e define-se o chamado produto nacional; mercado de trabalho – agregação de todos os tipos de trabalhos existentes na economia (nesse mercado, determinamos a taxa salarial e o nível de emprego).

b) Parte Monetária da Economia: mercado financeiro (monetários e títulos). Considera-se mercado financeiro porque a taxa de juros é determinada tanto no mercado monetário como no mercado de títulos. Numa economia existem agentes econômicos superavitários e deficitários. Existe um mercado no qual os agentes superavitários emprestam para os deficitários. Em qualquer economia, há uma série títulos que fazem essa função (títulos do governo, ações, duplicatas etc.). Mercado de títulos – procura-se determinar o preço e a quantidade de títulos.

c) Mercado

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