PRINCE
Tese: PRINCE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juelis • 27/9/2014 • Tese • 1.752 Palavras (8 Páginas) • 554 Visualizações
O PRÍNCIPE
1: Qual a relação existente entre a Itália e a Obra O Príncipe?
R: Itália renascentista é como era conhecida a Itália de Maquiavel, ele procurou servir sua cidade natal, Florença, participando ativamente no governo florentino durante muitos anos e depois ocupou-se da política teórica.
Maquiavel tentava compreender qual a lógica própria que rege as relações de poder nas mais diversas circunstâncias, ele viveu em uma Itália conturbada por disputas políticas. A Itália era um país muito culto e rico porém a sua situação política-militar a colocava em posição de desvantagem sobre a França e Espanha que aproveitavam-se das lutas e divisões internas para se apropriarem do território italiano. A Itália vivia uma instabilidade política permanente, as disputas pelo poder era sempre resolvidas por atos de força. A participação da igreja nas lutas pelo poder contribui também para o quadro político mais complexo. Maquiavel que viveu toda essa política, tomou como desafio tanto como sua atuação prática como para sua reflexão teórica. Maquiavel ao escrever o príncipe se baseou -se na falta de estabilidade da vida política e numa Itália dividida, sua proposta era de transformar a Itália unificada assim esboçando a figura do príncipe capaz de promover um estado forte e estável.
2: Qual a importância do Príncipe?
R: O príncipe é designado a ordem e ao controle de seu povo, eliminando qualquer ameaça ao seu governo, organizando defesas contra invasores de outros reinos e também tentando dominar outros reinos, assim mantendo a ordem, prosperidade e ampliação do seu reino. Para ser um bom príncipe, deve se empenhar em mostrar suas ações, ter fama de grande homem e de grande talento, quando possível, fazer algo extraordinário ,sendo ele bom ou ruim e procurar uma maneira de premiá-lo ou puni-lo para que ele possa ser sempre lembrado. Maquiavel relata como o príncipe deve agir perante situações e como deve agir perante elas, para ele o príncipe não deve portanto possuir todas as qualidades, mas é necessário parecer possui-las, ou seja, ele não precisa ser bondoso, nem correto, nem ético, nem moral, contando que aparenta ser, pois como dizia Maquiavel , o que move o ser humano é aparência.
3: Segundo Maquiavel, toda cidade está dividida em dois desejos opostos. Que desejos são esses? Explique-os:
R: Os dois desejos opostos em todas as sociedades antigas e modernas são os desejos de dominar e de não-querer ser dominado. A classe superior tem o desejo de oprimir e dominar. A classe dominada tem o desejo de lutar e resistir a este domínio. de não ser oprimido e comandado. Contrariando os pensadores tradicionais, o governante não pode ser amado, mas sim respeitado e temido, o que só é possível se não for odiado. Maquiavel defende a liberdade, dizendo que um regime somente será legítimo se for uma república, não estando a serviço de particulares. Maquiavel recusa a figura do bom governo encarnada no principie virtuoso, portador das virtudes cristãs, das virtudes morais.
4- Qual é, para Maquiavel, a finalidade ou o ponto de partida, a lógica da política?
R: A grande lição que o livro nos ensina é que os fins justificam os meios, ou seja, Maquiavel pensa que se for para um bem maior um mal pode ser cometido. Maquiavel não fez juízo de valor sobre a política e por isso o ponto de partida é o pensamento científico e racional. Para Maquiavel, a política era a conquista e a manutenção do poder ou da autoridade. A religião e a moral, que eram associadas à política nada tinham a ver com este aspecto fundamental. Somente em casos em que a moral e a religião ajudassem à conquista e à manutenção do poder, aí sim elas também teriam seu lugar, a lógica política de Maquiavel nada tem a ver com as virtudes éticas dos indivíduos em sua vida privada. O que poderia ser imoral do ponto de vista da ética privada pode ser virtude política. Maquiavel inaugura ideia de valores políticos medidos pela eficácia prática e pela utilidade social, afastados dos padrões que regulam a moralidade privada dos indivíduos.
5- O que pensava Maquiavel á respeito da ideia do bom governo encarnada no príncipe "virtuoso", explique:
R: Para falar a respeito da ideia de um bom governo encarnada por um príncipe virtuoso, Maquiavel diz que “o modo como vivemos é tão diferente daquele como deveríamos viver, que quem despreza o que se faz e se atém ao que deveria ser feito aprenderá a maneira de se arruinar, e não a defender-se”. Para Maquiavel, o príncipe virtuoso, é aquele que tem êxito em chegar e manter-se no poder. “É necessário, portanto, que o príncipe que deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usará ou não, em cada caso, conforme seja necessário.” Sua virtude está em mediar as situações que a necessidade impõe e a fortuna oferece. Para se conservar um príncipe é preciso que ele aprenda a ser mau e que possa se servir disto ou não de acordo com a necessidade. Um príncipe pode atingir os objetivos comuns a todos e vários caminhos podem ser seguidos: cautela, ímpeto, violência, astúcia, impaciência. Todos podem atingir seus objetivos seguindo caminhos diferentes. Quando um príncipe se apoia apenas na fortuna arruína de acordo com as variações daquela. Pode-se dizer que para o príncipe de Maquiavel, a virtude não pode ser confundida com a moral, embora ele possa até possuir princípios morais. Porém, no exercício de sua função, tais princípios devem, de acordo com a necessidade, ser abstraídos, devendo o príncipe agir com o máximo de esperteza e atenção à sorte.
6- O que pensava Maquiavel da legitimidade e da ilegitimidade de quem detém o poder ?
R: Maquiavel não aceita a forma clássica de analisar o poder legítimo ou ilegítimo, ou seja, que o poder hereditário é o legítimo e que a pessoa que o conquista é ilegítimo. Nos tempos antigos o poder legítimo era exercido pelos herdeiros do rei, pois prevalecia a teoria da soberania teocrática. Maquiavel rompe com as teorias teocráticas e relata que a legitimidade do poder se mede através da liberdade que os conquistados
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