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Revisão do livro intitulado "Prince" de Nikolai Machiavelli

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Por:   •  23/11/2014  •  Resenha  •  2.900 Palavras (12 Páginas)  •  489 Visualizações

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“O Príncipe”

O livro com o título de “O Príncipe” do autor Nicolau Maquiavel é dirigido a um Príncipe que esteja governando um Estado. O livro aconselha sobre como manter seu governo da forma mais eficiente possível. Essa eficiência é a ciência política de Maquiavel.

A presente obra é um livro de orientação prática de algumas ações políticas que o Príncipe deve fazer para conquistar e se manter no poder. O escrito se desdobra em 26 Capítulos.

Carta Dedicatória

Maquiavel, Nicolau dedica sua obra a Lorenzo de Médici (Lorenzo II), neto de Lorenzo, o Magnífico; apesar de pouco tempo antes ter sido preso e torturado, sob suspeita de participar de uma conjura contra os Médici, mas teve sua inocência reconhecida.

Quando Maquiavel foi apresentar o Príncipe a Lorenzo II em 1515, este o acolheu com frieza.

Diz na dedicatória:

"Embora julgue este trabalho indigno de vossa presença, ainda assim confio que, por vossa humanidade, possa ser aceito, considerando que eu não vos poderia fazer melhor presente que vos dar a faculdade de entender em muito pouco tempo o que aprendi e compreendi em muitos anos, com tantas provações e perigos para mim mesmo."

O motivo que levou Maquiavel a dedicar o livro a Lorenzo é mostrado no último capitulo da obra.

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 1: Os vários tipos de Estado, e como são instituídos

Apresenta dois tipos de principados o hereditário e o adquirido, e aponta quais são as duas formas de como o governante chega ao poder uma pela virtude e outra pela fortuna.

"Os principados ou são hereditários, quando por muitos anos os governantes pertencem à mesma linhagem, ou foram fundados recentemente."

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 2: As monarquias hereditárias

Neste Capítulo Maquiavel fala que a dificuldade de se manter um Estado novo é maior do que a de se manter um Estado hereditário, pois quanto a este último, o povo já está acostumado com a soberania de uma família, de uma linhagem.

"[...] a dificuldade de se manter Estados herdados cujos súditos são habituados a uma família reinante é muito menor do que a oferecida pelas monarquias novas. Basta para isso evitar transgredir os costumes tradicionais e saber adaptar-se a circunstâncias imprevistas."

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 3: As monarquias mistas

Maquiavel mostra neste Capítulo que o povo tem sempre o desejo de mudança, desejo de melhoria; as pessoas, segundo Maquiavel, mudam com grande facilidade de governantes esperando tal mudança, que, no pensar de Maquiavel, é sempre para pior.

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 4: Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra os sucessores deste, após a sua morte

Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um Príncipe e seus assistentes; ou por um Príncipe evários barões, esses barões são ligados ao Príncipe por laços de natural afeição. Estes que estão de junto ao Príncipe, são os nobres, os prestigiados; mas dentre esses sempre há quem aspire por inovações. Estes podem abrir caminho para um invasor tomar o poder, facilitando sua vitória, vê-se assim que depois não bastará aniquilar apenas família do Príncipe , mas também os nobres que estarão sempre prontos a liderar novas revoluções.

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 5: O modo de governar as cidades ou Estados que antes de conquistados tinham suas próprias leis

"[...] a cidade habituada à liberdade pode ser dominada mais facilmente por meio dos seus cidadãos do que de qualquer outra, desde se queira preservá-la."

Por isso se diz que é melhor respeitar os costumes do território conquistado, ou então, destruí-lo. Sempre estarão na mente do povo seus antigos costumes, e, mais cedo ou mais tarde estes se revoltarão contra o que está sendo imposto, e não haverá benefício ou tempo, como disse Maquiavel, que os faça esquecer, ainda mais se o povo estiver junto.

Quando um estado está habituado a viver sob o governo de uma linhagem de Príncipes que tenha sido extinta, seu povo não entrará em acordo para a escolha de um soberano; assim é fácil, pois, dominá-los, pois este povo não sabe viver em liberdade.

"Nas repúblicas, por outro lado, há mais firmeza, brio, maior ódio, e desejo de vingança; não poderão abandonara memória de sua antiga liberdade. Assim, o meio mais seguro de dominá-las será devastá-las, ou nelas habitar."

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 6: Os novos domínios conquistados com valor e com as próprias armas

Os homens sempre procuram seguir os caminhos percorridos por outrem, pondo em prática seus atos que deram certo e evitando praticar seus passos que não deram certo. Os que se tornam Príncipes por seu próprio valor e com suas próprias armas, se tornam Príncipes com dificuldade, mas mantêm facilmente seu poder. Segundo Maquiavel, as dificuldades se originam em parte nas inovações que são obrigados a introduzir para organizar seu governo com segurança. Quem com suas próprias armas consegue algo, valoriza mais do quem conquista com armas alheias.

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 7: Os novos domínios conquistados com as armas alheias e boa sorte

Quem chega ao poder em troca de dinheiro ou pela graça alheia, com muita dificuldade manter-se no poder. Só com muito engenho e valor poderá se manter.

"Além disso, os Estados criados subitamente como tudo o mais que na natureza nasce e cresce com rapidez não podem ter raízes sólidas, profundas e ramificadas, de modo que a primeira tempestade os derruba. A não ser que, conforme já disse, a pessoa que chegou ao poder tenha tanta virtude que saiba conservar o que a sorte lhe concedeu tão de súbito, estabelecendo, emseguida, as bases que os outros precisam erigir antes de se tornarem Príncipes."

Chegar ao poder dessa forma, é chegar despreparado, sem raízes; quem não cuidar de procurar se estabilizar, valorizar, tornar-se astuto, perderá o Estado. Ou no caso se é possível prever, se deve suprir essas carências bem antes.

O Príncipe , Maquiavel - Capítulo 8: Os que com atos criminosos chegaram ao governo de um Estado

"Não

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