Parte sobre gírias em seminário (resumido)
Por: Beatriz Pereira • 25/4/2015 • Seminário • 569 Palavras (3 Páginas) • 458 Visualizações
Slangs (gírias) são tão traiçoeiras como as expressões idiomáticas e o phrasal verb porque também expressam ideias comuns usando palavras e termos comuns mas que geralmente são usados de forma exagerada e em contextos inesperados numa linguagem informal.
Ex: “He crashed early last night” (ele foi se deitar cedo)
“Red sails in the sunset” (imagem poética ou figura feminina no período de menstruação)
Para o uso de certas gírias como a última, deve-se levar em consideração a companhia presente e o ambiente porque às vezes certas expressões são consideradas tabu.
Algumas expressões podem ser classificadas como idiomáticas por alguns estudiosos ou como gírias para outros.
Ex: “bats in the belfry” (pessoa não regula muito bem) - idiomática
“kick the bucket” (morrer) – idiomática ou gíria
Estudos indicam que o motivo das criações de gírias estão mudando. Até recentemente dizia-se que a criação e o uso das gírias eram motivados pela necessidade de identificação com o grupo (primary slang). Hoje já se fala em outro tipo de slang (secondary slang), que é motivado por questões de estilo, sentimento, atitude ou até mesmo como ato político.
Robert Chapman, em American Slang (1984), tenta descrever essa nova tendência das gírias, caracterizando-as como originárias do que ele chama de “Conexão Washington-Los Angeles-Houston-Wall Street- Madison Avenue” já que são nesses lugares se concentram o poder dos meios de comunicação que espalha pra todo mundo as gírias criadas tanto por jovens quanto por executivos, entrevistadores, revistas e etc.
As gírias têm grande facilidade de atravessar barreiras e diferenças na geração. Quando ficam presas a um determinado grupo, região, profissão ou camada social podem mudar de nome. Pode ser chamado de dialeto, argot (linguajar utilizado por determinados grupos, especialmente do submundo), lingo (do latim “língua” mas em inglês significa linguajar especializado de determinado ramo ou disciplina) e jargão (linguajar especializado ou altamente técnico usado num ramo de comércio, profissão ou grupo semelhante). Quando um jargão é limitado a uma empresa ou algum de seus departamentos, o nome vira shoptalk (conversa de escritório ou de fábrica).
As gírias surgem com muita facilidade e estão sempre sujeitas a serem substituídas com muita rapidez mas muitas conseguem permanecer porque preenchem uma lacuna do idioma.
Ex: skyscraper (arranha-céu), bus (ônibus), bike (bicycle).
Por ser um tipo que linguagem que muitas vezes não é aceita na sociedade dita culta, não há muitas informações sobre as gírias dos tempos antigos. Na língua inglesa, há alguns registros por volta de 1560 por autores anônimos mas estes lidam apenas com o vocabulário especializado de “ladrões e desocupados”. O primeiro livro sobre gírias que se tem conhecimento em inglês é um dicionário, de autor também anônimo, intitulado A Dictionary Of Canting Crew, de 1699. Mas o livro que realmente marcou foi escrito por Francis Grose, em 1785, chamado de A Classical Dictionary of The Vulgar Tongue e em 1937 Eric Partridge publicou o Dictionary of Slang and Unconventional English, considerado um clássico do gênero.
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