Principais Características Da Política Externa Independente
Casos: Principais Características Da Política Externa Independente. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: sawyer.l • 28/10/2013 • 334 Palavras (2 Páginas) • 1.091 Visualizações
Questão: Quais as principais características (princípios) da Política Externa Independente (PEI)?
As principais características (ou princípios) da Política Externa Independente são a adoção de uma postura independente e neutra do Brasil frente ao bipolarismo entre Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo) com o intuito de estabelecer o maior número de laços comerciais com os países do mundo, sejam eles de qual bloco forem, portanto, adotando também uma política desenvolvimentista.
Apesar da Política Externa Independente também poder ser vista em um estado embrionário pré-conceitual na época do governo de Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) com a adoção da chamada “Equidistância Pragmática”, de cunho nacionalista, em pró do desenvolvimento comércio-industrial e na futura campanha do “Petróleo é Nosso”, este conceito (ou pontualmente, o conceito desenvolvimentista) é amplamente reconhecido como primeiramente afirmado no governo de Juscelino Kubitschek, onde o desenvolvimento econômico do país tiraria a população da pobreza e consequentemente a afastaria do comunismo.
Porém, essa visão das relações internacionais do Brasil, só seria definitivamente inaugurada com a posse de Jânio Quadros e continuada pelo seu sucessor, João Goulart. Dentre os resultados da adoção dessas políticas estão: o restabelecimento das relações diplomáticas com a União Soviética e a visita do então vice-presidente Jango à China de Mao Tse-Tung com vistas de estender os laços comerciais com o leste. Também houve diversas dissensões resultantes de controvérsias causadas por essa política pragmática, entre elas também, a condecoração de Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul (a mais alta honraria que se pode dar a um estrangeiro) por Jânio Quadros, a defesa da posição de Cuba como membro da OEA por parte do Brasil, mas o simultâneo voto favorável a exclusão daquele da Junta Interamericana de Defesa.
Com a deterioração das relações com os Estados Unidos e o apoio deste ao golpe militar de 1964, a Política Externa Independente chegaria ao fim junto com o governo de João Goulart, adiando essa visão globalista que só seria resgatada com suposto Pragmatismo Responsável do governo de Ernesto Geisel (1974-1979), retomando um caráter nacionalista.
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