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Resenha O Predomínio Anglo Saxão

Por:   •  21/5/2019  •  Resenha  •  600 Palavras (3 Páginas)  •  179 Visualizações

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Resenha Crítica: O Monopólio das Teorias Anglo-Saxãs no estudo das Relações Internacionais

Professor: Valente

Aluno: Kaio Fernandes Cardoso

        Não de hoje que se levantam questões sobre a dependência intelectual brasileira de potencias estrangeiras. Desde o período colonial quando éramos proibidos de manter universidades ou mesmo prensas de modo a mantermos dependência para com a metrópole, até o século XX com a fundação da primeira universidade no Rio de Janeiro a falta de um sistema de pensamento nacional que privilegie a perspectiva e interesses brasileiros se faz presente, afetando nossa produção intelectual e, portanto o avanço da sociedade civil como um todo.

        O artigo científico ‘‘O Monopólio das Teorias Anglo-Saxãs no estudo das relações internacionais’’ dos autores Williams Gonçalves e Leonardo Valente Monteiro leva essa discussão para o campo do estudo das relações internacionais. De inicio o artigo foca-se em explicitar o significado de teoria no meio cientifico para então citar os teóricos mais influentes no meio, reconhecendo que são todos anglo-saxões e seus pontos de vista carregam várias semelhanças, partindo então para considerações do porque desse domínio.

        Os autores usam a definição de teoria trazida por Dortier ‘‘conjunto de conceitos, proposições e de modelos articulados entre si cujo objetivo é explicar um fenômeno’’, porém reconhecem que essa definição está em disputa pelos interesses de diversos campos da ciência. O interesse e os pontos de vista de um estudioso da Economia e da Neurologia, por exemplo, terão escopo e objetivos distintos entre si, o que é natural e não impede nenhum dos dois de serem reconhecidos como ciências ou de praticarem o método científico.

O artigo cita então Seitenfus ao explicitar que essa diferença é maior para o pesquisador das relações internacionais, pois este se encontra condicionado ‘‘pelo horizonte espacial que a ele se oferece’’. Isto é, como a especificidade do estudo das relações internacionais está voltada a produzir conhecimento para o uso do Estado de modo a instruir os governantes da melhor maneira de se guiarem pela comunidade internacional para o melhor proveito dos interesses nacionais, espera-se que aja uma maior parcialidade nesse meio. Como os interesses e circunstancias de países como a Uruguai e Moçambique são distintos, espera-se que existam diferentes teorias e modelos que expliquem as relações internacionais para os uruguaios e moçambicanos, no entanto não é isso que observamos, mas sim uma predominância dos pensadores anglo-saxões, e de teorias e modelos produzidas nos EUA.

        Para justificar essa realidade os autores citam o estudioso norte-americano Stanley Hoffman que traz a opinião de que o estudo das relações internacionais é uma ciência norte-americana, sendo resultado da ascensão dos EUA como superpotência no século XX, sendo o resultado de três fatores do momento histórico e cultural americano, o primeiro é que na sociedade americana a relação entre o mundo acadêmico e o mundo politico é muito mais intimo, tendo com grande facilidade o transito de intelectuais para cargos no governo, o segundo é que essa intimidade resulta em muitos acadêmicos em posições de controle de instituições que financiam a pesquisa cientifica, e esse ambiente de recursos fartos trouxe um grande crescimento de investimentos para a área. O terceiro são as oportunidades institucionais, já que como existem diversas universidades e centros de ensino com grande financiamento haveria então várias oportunidades de especialização para os estudiosos americanos além de uma grande competitividade entre eles. Em seguida levanta três pontos que justificam as características dessa ciência tendo como base a cultura norte-americana.

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