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Resumo AS TRÊS POLÍTICAS

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Por:   •  9/4/2014  •  882 Palavras (4 Páginas)  •  1.213 Visualizações

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Marco Aurélio Nogueira

Defesa da política. São Paulo, Brasil Editora Senac, 2001

AS TRÊS POLÍTICAS

No capítulo do livro de Marco Aurélio Nogueira ressalta algumas maneiras de se fazer política, a diferenciação entre a política dos políticos, a política dos cidadãos e a política dos técnicos, esta última chamada de política sem política. A política dos políticos refere-se à política dos políticos, ou seja, a um tipo de política que poderíamos definir como "política com pouca política". Não se trata de algo desprezível, como se poderia achar à primeira vista, mas sim de algo revestido de uma dignidade bem específica, nem sempre bem compreendida e assimilada pelas pessoas. A política dos políticos encontra seu limite na ideia da política como "arte do possível e do indicado". Seu terreno próprio é o do realismo ou pragmatismo político, no qual um certo tipo de cálculo e de frieza se superpõe à fantasia e à opinião. Uma de suas máximas poderia ser: "não se faz política sem vítimas”. A política dos políticos está permanentemente submetida ao risco de uma contrafação. Não apenas porque seu realismo pode se tornar realista demais e lançar por terra todos os valores, mas também porque, a qualquer momento, ela pode se converter em política dos politiqueiros, concentrada no truque, nas promessas, na luta entre facções e grupelhos, no eleitoralismo, em suma, na política miúda, parcial, corriqueira.

A política dos cidadãos concentra na busca do bem comum, no aproveitamento civilizado do conflito e da diferença, na valorização do diálogo, do consenso e da comunicação, na defesa da crítica e da participação, da transparência e da integridade, numa operação que se volta para uma aposta na inesgotável capacidade criativa dos homens. É a "política com muita política". Ela frequenta, em lugar de destaque, o vasto e rico imaginário da modernidade, que a vê como expressão do desejável, um valor maior, uma meta a ser alcançada. A política dos cidadãos prevê uma entrega apaixonada e categórica às possibilidades da política: aceita plenamente a ideia de que a política pode nos ajudar a ir além com algum critério e sem muitos sofrimentos coletivos ou individuais. A política dos cidadãos não é apenas um fenômeno de massa: nela também pesam o talento e as virtudes associadas a lideranças pessoais expressivas. Nela, os indivíduos talentosos certamente contam e podem jogar um papel preeminente. Esta forma de política, porém, caracteriza-se por seguir uma dialética todo/partes que tende a atenuar o risco de uma liderança que se auto referencie, descole de suas bases e as utilize para fins escusos.

Na política dos cidadãos prevalecem o debate público e a participação democrática, caminhos pelos quais os cidadãos interferem em suas comunidades e deliberam a respeito de temas e problemas que não podem, nem devem, ser equacionados tecnicamente, a partir da imposição desta ou daquela verdade, desta ou daquela autoridade. Este modo de conceber e praticar a política tem em seu centro a educação dos cidadãos: um esforço permanente para fazer com que todos aprendam a valorizar o diálogo e o alcance de consensos como meio de resolver conflitos, organizar e viver a vida.

A política dos políticos e a política dos cidadãos podem se combinar de diferentes

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