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Resumo De Ciência Politica

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Por:   •  27/11/2013  •  4.880 Palavras (20 Páginas)  •  334 Visualizações

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Resumo Ciência Política

1) Discurso Político: resultado de uma atividade discursiva que procura fundar um ideal político em função de certos princípios que devem servir de referência para a construção das opiniões e dos posicionamentos.

2) O discurso Político dedica-se a construir imagens de atores e a usar estratégias de persuasão e sedução empregando diversos procedimentos retóricos.

3) O espaço político não corresponde necessariamente ao geográfico, mesmo que às vezes coincidam. Ele é fragmentado em diversos espaços de discussão, persuasão, de decisão que ora se recortam, ora se confundem, ora se opõem.

4) Legitimidade do discurso político: legitimidade não é legalidade. O discurso político que tem legitimidade é aquele que não é arbitrário, mas consentido pela sociedade, então:

• Poder legítimo: consentido pela sociedade

• Poder legal: poder da lei

• Poder ilegítimo: imposto, arbitrário.

5) Para Max Weber, o poder legítimo é classificado em:

• Tradicional (monarquias)

• Carismático (Estadistas, como Lula, Getúlio, etc)

• Racional (obedece as normas – pacto social)

6) Existem dois tipos de discurso:

• Discurso de ideias: baseado em verdades pessoais, dogmas, convicções.

• Discurso de poder: baseado em critérios que podem ser falsos ou verdadeiros. É dito o que é possível para atrair o público e não o que é verdadeiramente pensado ou sentido.

7) Estratégias do Discurso Político: Retórica

A retórica é a arte da persuasão pelo discurso. É arte de argumentar e contra-argumentar algo em público para deliberar. É uma dinâmica de comunicação, a razão ideológica de identificação imaginária da verdade política. No discurso político é muito importante, porque são utilizados elementos retóricos físicos, intelectuais e textuais para construir um discurso identitário com o auditório. No caso dos políticos, com seus eleitores.

8) A retórica foi criada pelos sofistas (professores em grego) representados por Córax, Górgias e Protágoras. Para os sofistas, se as pessoas conhecessem os fundamentos da retórica, não seriam enganados. A retórica, para os sofistas, visa a argumentação no verossímil e não necessariamente no verdadeiro. Assim, eles ensinavam aos gregos a falar em público através de técnicas retóricas.

9) Platão era aristocrata e, por isso, dizia que a sociedade devia ser dirigida por “belas almas”. Acredita, portanto, na retórica divina, criticando os sofistas. Mas os sofistas não acreditam nisso e sim no ensinamento das técnicas. Aristóteles, discípulo de Platão, sistematizou o estudo da retórica.

10) Para Aristóteles, a retórica não seria mera persuasão, mas distinção e escolha dos meios adequados para persuadir, separando agente, ação e resultado da ação.

Gêneros do discurso Aristotélico:

a) Deliberativo (orador persuade para uma coisa boa ou má do futuro)

b) Judiciário (orador persuade para uma coisa justa ou injusta do passado)

c) Epidíctico e vitupério (orador tenta comover sobre uma coisa digna, bela ou infame do presente)

Fases do discurso Aristotélico:

a) Invenção (concepção do discurso / escolha do gênero).

b) Disposição (organização do discurso: exórdio, narração, confimação, digressão e peroração).

c) Elocução (estilo do discurso)

d) Ação (pronunciamento, dicção, respiração, trabalho de voz e corpo)

11) Do surgimento do Estado e o contratualismo

• Formação Originária: agrupamentos humanos que não possuem nenhum outro Estado.

• Formação derivada: são estados que surgem com base em outros preexistentes. Por união (Ioguslávia, Checoslováquia, Reino Unido, URSS);

Por fracionamento (Bósnia, Sérvia, Montenegro, Eslováquia).

12) Estado: É a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum, com governo próprio e território determinado.

13) Formação do Estado – Existem duas teorias sobre a formação originária do Estado:

Formação natural, que afirma que o Estado se formou naturalmente e não por ato voluntário;

Formação contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que levou à criação do Estado.

14) Aristóteles (IV a. C) em sua obra denominada “a Política” já escrevia sobre o Estado, começando pela organização política de Atenas e Esparta, os órgãos de governo dessas cidades, chegando a uma classificação de todas as formas de governos então existentes, podendo ser considerado o fundador da ciência do Estado. Já Platão (IV a. C) escreveu a obra denominada “a República”. No entanto, enquanto Aristóteles estudou o Estado real, tal como existia na época, procurando descobrir os princípios que o regiam, Platão descreveu o Estado ideal, tal como devia ser, de acordo com sua própria concepção do homem e do mundo, vindo Cícero (II a. C) fazer uma análise jurídica e moral do Estado romano, do que ele era e do que deveria ser. No século XVI Maquiavel escreveu “o Príncipe”, lançando os fundamentos da política, como a arte de atingir, exercer e conservar o poder. Com as Constituições escritas, codificação de suas normas fundamentais, o estudo da organização de cada Estado demonstra a ocorrência de elementos comuns e permanentes, bem como as instituições que neles existem, sendo possível conceituá-los e classificá-los, destacando-se progressivamente o Direito Constitucional e a Ciência Política.

14) Contrato Social

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