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Resumo Nogueira E Messari

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Por:   •  18/5/2014  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  907 Visualizações

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O REALISMO

No surgimento da teoria realista os autores buscaram nos pensadores Hobbes, Maquiavel e Tucídides os argumentos necessários para que esta ideia fosse legitimada e tornada autônoma com base nos pensamentos de sobrevivência, auto-ajuda, poder e o estado de natureza.

A guerra, assunto tratado por Tucídides, é parte central da teoria realista onde o medo da não sobrevivência devido a ameaça de um Estado de maior poder existir faz com que haja engajamento de diversos outros Estados a essas guerras buscando a manutenção de sua existência. A partir desta afirmação de constante tensão entre os Estados e aprimorada pela visão de Hobbes sobre o estado de natureza surge o conceito de anarquia internacional onde a ausência de um poder soberano central no âmbito internacional que busque a sobrevivência de todos os atores, contribuição essa atribuída a Tucídides.

Maquiavel serviu de inspiração para os pensadores internacionalistas afirmarem que para a sobrevivência de um Estado é necessário que haja a balança de poder, o poder em si e alianças buscando a manutenção da segurança. Assim como Maquiavel também propôs que a moralidade dos homens não poderia afetar as ações do Estado e os estudiosos a caracterizaram como desprovida de caráter moral ou ético.

Dentre as premissas da teoria realista a principal delas é a ideia de centralidade do Estado onde o este é o ator principal no cenário internacional. Como características principais o Estado tem como dever defender suas fronteiras e garantir a segurança de seus cidadãos contra ameaças externas. Porém os estudiosos caracterizam o Estado como uma caixa preta onde o que acontece dentro desse não interfere nas ações externas e que o Estado age apenas, de maneira uniforme e homogênea, pelo bem-estar da população.

O poder é um elemento central para os estudiosos das teorias realistas. As várias definições de poder expõem a soma das capacidades do Estado em termos políticos, militares, econômicos e tecnológicos e os comparam com os dos outros Estados com os quais compete.

O conceito mais conhecido é o de balança de poder onde pode ser caracterizado pelo equilíbrio entre os Estados, seja em âmbito econômico, político, militar ou tecnológico, assim como também é caracterizado pela falta de equilíbrio onde pode também ser definido, nesse caso, como distribuição do poder. Morgenthau acreditava que a balança de poder é necessária, pois ela garante a estabilidade do sistema internacional. Para ele só o poder limita o poder.

Com a anarquia internacional o Estado passa a depender apenas de si mesmo não podendo contar totalmente com a cooperação de outro Estado para a sua sobrevivência, essa ideia é reforçada pela ideia de Hobbes sobre estado de natureza. Além de cada Estado ser responsável por sua própria sobrevivência há a possibilidade de que um Estado parceiro venha, por ventura, se tornar uma ameaça direta no futuro.

Após intensas discussões ao longo do século XX entre teóricos do realismo clássico e seus críticos (John Herz – dilema de segurança, Waltz – busca pela sistematização das RI através do método behaviorista, e David Singer – nova análise sobre os estudos de Waltz) nos anos 70 o realismo sofreu sua pior crise. Novos atores e questões econômicas colocaram em dúvida as ideias de centralidade do Estado. A prática da política internacional influenciou os debates acadêmicos das RI. Para que houvesse um resgate do realismo em meio as críticas Waltz propôs, através do que ele chamou de neo-realismo, que as suas teorias eram apenas estruturais permitindo que o analista explicasse as continuidades e as repetições sem mexer com as exceções. Isso a tornou mais eficiente e elegante.

Para Waltz a pergunta central era o motivo das guerras sempre existirem e ele responde que a anarquia internacional e a causa das guerras no sistema internacional. Com isso ele conseguiu tornar minimalista o seu estudo dando a responsabilidade ao homem, Estado e o sistema para a existência dos conflitos. Mas ele também afirmou que a causa só podia ser buscado no sistema internacional legitimando, assim, o neo-realismo.

O LIBERALISMO

Assim como o realismo o liberalismo é um dos paradigmas dominantes das Relações Internacionais cuja influência veio aumentar após o fim da Guerra Fria. Os estudos liberais focam na importância das instituições governamentais, natureza de estado e o indivíduo na sociedade.

O liberalismo vem tratar da liberdade individual do ser humano alegando que não é necessário uma interferência divina ou de autoridades para decidir como devem viver suas vidas, além do mais os estudiosos liberais

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