TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resumo Nogueira E Messari

Casos: Resumo Nogueira E Messari. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/5/2014  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  911 Visualizações

Página 1 de 5

O REALISMO

No surgimento da teoria realista os autores buscaram nos pensadores Hobbes, Maquiavel e Tucídides os argumentos necessários para que esta ideia fosse legitimada e tornada autônoma com base nos pensamentos de sobrevivência, auto-ajuda, poder e o estado de natureza.

A guerra, assunto tratado por Tucídides, é parte central da teoria realista onde o medo da não sobrevivência devido a ameaça de um Estado de maior poder existir faz com que haja engajamento de diversos outros Estados a essas guerras buscando a manutenção de sua existência. A partir desta afirmação de constante tensão entre os Estados e aprimorada pela visão de Hobbes sobre o estado de natureza surge o conceito de anarquia internacional onde a ausência de um poder soberano central no âmbito internacional que busque a sobrevivência de todos os atores, contribuição essa atribuída a Tucídides.

Maquiavel serviu de inspiração para os pensadores internacionalistas afirmarem que para a sobrevivência de um Estado é necessário que haja a balança de poder, o poder em si e alianças buscando a manutenção da segurança. Assim como Maquiavel também propôs que a moralidade dos homens não poderia afetar as ações do Estado e os estudiosos a caracterizaram como desprovida de caráter moral ou ético.

Dentre as premissas da teoria realista a principal delas é a ideia de centralidade do Estado onde o este é o ator principal no cenário internacional. Como características principais o Estado tem como dever defender suas fronteiras e garantir a segurança de seus cidadãos contra ameaças externas. Porém os estudiosos caracterizam o Estado como uma caixa preta onde o que acontece dentro desse não interfere nas ações externas e que o Estado age apenas, de maneira uniforme e homogênea, pelo bem-estar da população.

O poder é um elemento central para os estudiosos das teorias realistas. As várias definições de poder expõem a soma das capacidades do Estado em termos políticos, militares, econômicos e tecnológicos e os comparam com os dos outros Estados com os quais compete.

O conceito mais conhecido é o de balança de poder onde pode ser caracterizado pelo equilíbrio entre os Estados, seja em âmbito econômico, político, militar ou tecnológico, assim como também é caracterizado pela falta de equilíbrio onde pode também ser definido, nesse caso, como distribuição do poder. Morgenthau acreditava que a balança de poder é necessária, pois ela garante a estabilidade do sistema internacional. Para ele só o poder limita o poder.

Com a anarquia internacional o Estado passa a depender apenas de si mesmo não podendo contar totalmente com a cooperação de outro Estado para a sua sobrevivência, essa ideia é reforçada pela ideia de Hobbes sobre estado de natureza. Além de cada Estado ser responsável por sua própria sobrevivência há a possibilidade de que um Estado parceiro venha, por ventura, se tornar uma ameaça direta no futuro.

Após intensas discussões ao longo do século XX entre teóricos do realismo clássico e seus críticos (John Herz – dilema de segurança, Waltz – busca pela sistematização das RI através do método behaviorista, e David Singer – nova análise sobre os estudos de Waltz) nos anos 70 o realismo sofreu sua pior crise. Novos atores e questões econômicas colocaram em dúvida as ideias de centralidade do Estado. A prática da política internacional influenciou os debates acadêmicos das RI. Para que houvesse um resgate do realismo em meio as críticas Waltz propôs, através do que ele chamou de neo-realismo, que as suas teorias eram apenas estruturais permitindo que o analista explicasse as continuidades e as repetições sem mexer com as exceções. Isso a tornou mais eficiente e elegante.

Para Waltz a pergunta central era o motivo das guerras sempre existirem e ele responde que a anarquia internacional e a causa das guerras no sistema internacional. Com isso ele conseguiu tornar minimalista o seu estudo dando a responsabilidade ao homem, Estado e o sistema para a existência dos conflitos. Mas ele também afirmou que a causa só podia ser buscado no sistema internacional legitimando, assim, o neo-realismo.

O LIBERALISMO

Assim como o realismo o liberalismo é um dos paradigmas dominantes das Relações Internacionais cuja influência veio aumentar após o fim da Guerra Fria. Os estudos liberais focam na importância das instituições governamentais, natureza de estado e o indivíduo na sociedade.

O liberalismo vem tratar da liberdade individual do ser humano alegando que não é necessário uma interferência divina ou de autoridades para decidir como devem viver suas vidas, além do mais os estudiosos liberais

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.8 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com