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Resumo O Príncipe - Maquiavel

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Por:   •  1/4/2014  •  4.140 Palavras (17 Páginas)  •  1.602 Visualizações

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"O PRÍNCIPE"

de Niccolò MACHIAVELLI (1469 - 1527)

por Luiz Aboim

Os Dez Mandamentos de Maquiavel

Síntese da obra

As 26 Máximas de Maquiavel

Crítica

Bibliografia

Os Dez Mandamentos de Maquiavel

1. Zelai apenas por vossos interesses;

2. Não honreis a mais ninguém além de vós;

3. Fazei o mal, mas fingi fazer o bem;

4. Cobiçai e procurai fazer tudo o que puderes;

5. Sede miseráveis;

6. Sede brutais;

7. Lograi o próximo toda vez que puderdes;

8. Matai os vossos inimigos e, se for necessário, os vossos amigos;

9. Usai a força em vez da bondade ao tratardes com o próximo;

10. Pensai exclusivamente na guerra.

Síntese da obra

Dirigido aos governantes, "O Príncipe", pode ser perfeitamente aplicado ao cidadão comum, pois apresenta uma lição sobre as reais intenções de um governante ambicioso, que usava todas as armas para conseguir o que queria.

Na época, os mais ricos acharam que, esse livro, servisse para ensinar ao Duque como tirar deles todas as riquezas, e os mais pobres julgaram "O Príncipe" como um documento destinado a orientar aos ricos como tirar a liberdade dos pobres. É certo, porém que, até hoje, ele tanto serve de manual de instruções, ou livro de cabeceira, aos governantes de plantão; como também, permite às camadas populares uma melhor percepção do que é capaz de fazer um político ganancioso, ainda no tempo presente, para conquistar ou para se perpetuar no poder.

Do início ao fim do livro, Maquiavel, para quem a finalidade da arte política é a manutenção do poder, induz aos governantes às decisões ditadas pela força. Impera a chamada lei do mais forte ou mais esperto. Suas idéias os recomendam a assumirem suas "feras", ou seja, a adotarem praticas animalescas; nas ações agressivas, na demarcação territorial, no ritual e no estabelecimento da hierarquia social - funções do instinto animal geradas no complexo réptico, parte cerebral mais primitiva. O poder maquiavélico consiste num poder sub-reptício, onde suas intenções e finalidades são dissimuladas, utilizando-se de meios secretos e ocultos, imorais, agressivos e perversos para alcançarem seus objetivos.

Isso demonstra que o autor, com essas idéias possa ter reforçado, em alguns aspectos, a tradição do pensamento antigo, em detrimento da ciência moderna. Ele não leva em conta as raízes sociais e econômicas dos conflitos no interior das formações sociais enfocando apenas as disputas do poder pôr príncipes - a disputa do poder pelo poder - tratando o cidadão comum como cidadão-soldado, distinguindo-o do cidadão-príncipe, esse sim, tratado como moralmente virtuoso, o que não reconhece a validade da organização popular e de massa em busca de igualdade de direitos.

Para muitos Maquiavel, nesse livro, expressa apenas a realidade vista e analisada pôr ele. Mas poderíamos perguntar; O que fez Maquiavel para mudar o comportamento submisso do povo?

Ao contrário disso ele pregou uma série de idéias para se conservar a dominação; "...não há coisa mais difícil de se fazer, mais duvidosa de se alcançar, ou mais perigosa de se manejar do que ser o introdutor de uma nova ordem, porque quem o é tem pôr inimigos todos aqueles que se beneficiam com a antiga ordem, e como tímidos defensores todos aqueles a quem as novas instituições beneficiam." ( * Capitulo VI )

Num aspecto, no entanto, Maquiavel foi revolucionário; Ao abordar sobre a relação entre a política e a religião. Para muitos, essa obra é considerada uma idéia lunática, atéia e satânica, devido à convicção do autor de que a tomada e conservação do poder é a única finalidade da política, e não provém de Deus e muito menos da sucessão natural de hierarquias fixas. A proliferação dessas idéias pode ter obrigado aos governantes a apresentarem novas justificativas para a ocupação do poder assumido.

As teorias medievais eram teocráticas e o renascimento procurava evitar a idéia de que o poder seria uma graça ou uma dádiva de Deus, entretanto, embora o autor critique a teocracia, não consegue negar a idéia cristã, de que o poder político só se torna legítimo se for justo, e que só será justo se estiver de acordo com a vontade divina. Maquiavel, no entanto, distinguiu o principado eclesiástico, possivelmente como uma forma de contornar o confronto com a Igreja enquanto instituição. De qualquer sorte, quanto ao pensamento teocrático, a obra de Maquiavel é destruidora e transformadora.

Muito embora as concepções de Maquiavel tenham sido fundadas na sua experiência, no seu tempo; pois ele viu muitas lutas, ascensão e queda de governos em grandes cidades; não podemos afirmar que, essas reflexões, tenham contribuído de forma intencional, na construção de uma nova sociedade, ainda que a transparência de sua abordagem deixasse evidente de que isso tornar-se-ia necessário.

Seu pensamento político apresenta respostas, tais como:

1.– Não admite um fundamento interior à política;

2.– Não aceita a idéia da comunidade constituída para o bem comum e a justiça;

3.– Recusa a figura do bom governo encarnada no dirigente portador de virtudes morais;

4.– Não aceita a divisão clássica da monarquia, aristocracia, democracia e suas formas corruptas. Para Maquiavel, o critério para avaliação de um líder, é a liberdade.

O sistema feudal vinha sendo substituído, na Europa, pelo modo de produção

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