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Resumo Pontes

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Por:   •  27/4/2014  •  524 Palavras (3 Páginas)  •  763 Visualizações

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Totalidade, mediação e particularidade

A concepção dialética se caracteriza pela perspectiva da totalidade. A totalidade aqui é entendida a partir da compreensão lukacsiana: “totalidade é um complexo constituído de complexos subordinados”. Distingui-se da visão de que a totalidade é a soma de partes, porque cada parte de um complexo constitui-se em mediação com outras partes de outros complexos.

Os complexos totais são estruturas reais existentes no ser social, que estão em movimento impulsionado pela negatividade. A negatividade representa a tensão entre os vetores positivos (que trabalham na manutenção e reprodução dos complexos) e negativos (que atuam na desestruturação e negação dos complexos), tensão que se responsabiliza pelo movimento de mudança no real.

O processo de conhecimento dialético combinando experimentos idéias abstrativos com observações empíricas refere-se ao movimento que a razão opera desentranhando a categoria histórico-sociais de sua forma imediata. Durante os “experimentos idéias”, a razão captou (sempre por abstração e aproximidade) as determinações e as mediações que, no retorno ás “observações empíricas”, darão a estes fatos uma nova inteligibilidade histórico-estrutural.

A universalidade, que é o plano em que residem as grandes determinações e leis de uma dada formação social, mas que no plano da imediaticidade o que se nos aparece são os aspectos singulares da vida cotidiana e dos fatos, despidos condicionamentos da legalidade social. As universalidades emergem de um “rico desenvolvimento do concreto, quando uma característica revela-se comum a um grande número, a uma totalidade de fenômenos” (MARX, apud LUKÁCS, 1978, p. 88). Já na singularidade as mediações estão ocultas ao sujeito cognoscente e tanto a gênese histórica, quanto sua estrutura social estão submersas na faticidade; as coisa parecem não se conectar e têm um sentido em si próprias

Mediação e Serviço Social: processo de reconstrução do objeto de intervenção profissional

O serviço social, tipificada pela surgimento da ordem burguesa monopolista, possui a caracteristica de profissão interventiva e coloca a profissão diante deste campo de mediações complexas, constitutivas em seu tecido social.

Devido a sua peculiar inserção social, o assistente social se coloca em contato com várias realidade no plano da singularidade, na forma de situações problemáticas isoladas, de tipos individuais, familiares, grupais e\ou comunitárias. É bom lembrar que no plano de imediaticidade\aparência x essência, “o dado sensível da singularidade já contém elementos de relação com a universalidade e a particularidade (LUKÁCS, 1978)

O objeto de intervenção profissional, construído, tendo apenas como referência a singularidade, não desborda as demandas institucionais, nem tampouco, consegue ultrapassar propalado “chavão pragmática” do “cada caso é um caso”.

Alguns profissionais, que se esmeram na “analise de conjuntura”, apresentando um razoável domínio analítico-categorial dos processos sociais, mas não logram o mesmo êxito na particularização desta mesma analise, quando se trata da legalidade social na realidade mesma vivida cotidianamente pelos sujeitos em processo. A reconfiguração das demandas

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