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Serviço Social

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Por:   •  27/3/2015  •  1.390 Palavras (6 Páginas)  •  170 Visualizações

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A institucionalização do Serviço Social nas empresas

A emergência histórica da institucionalização do Serviço Social nas empresas capitalistas visa eficiência, racionalidade e produtividade, exigidas pelo processo de modernização do capital.

A ação do Serviço Social nas empresas foi amplamente reconhecida a partir da década de 1970. O assistente social, por meio de sua ação técnica-política, responde às necessidades vinculadas à reprodução material da força de trabalho e ao controle das formas de convivência entre empregado e empresa, contribuindo assim para o aumento da produtividade no trabalho.

“O serviço social foi requisitado pelas empresas, sobretudo, para responder aos problemas que interferiam no processo de produção, como absenteísmo, insubordinação, acidentes, alcoolismo; a atuar nas questões relacionadas à vida privada do trabalhador (que afetavam seu desempenho no trabalho), como conflitos familiares, dificuldades financeiras e doenças; e a executar serviços sociais asseguradores da manutenção da força de trabalho.”

O processo de reestruturação empresarial

A atual reestruturação produtiva, as novas formas sociais e técnicas, a base do processo produtivo, geram novas necessidades e modificações. Como conseqüência, dessa nova estrutura de trabalho, temos transformações no processo de trabalho, nos seus mecanismos de controle e na reprodução material da força de trabalho.

Com relação ao processo de trabalho, as novas tecnologias e os avanços da microinformática têm alterado os meios de consumo da força de trabalho, introduzindo a polivalência e a multifuncional idade. Estas mudanças exigem uma renovada qualificação e capacitação profissional.

Quanto ao controle da força de trabalho, tornaram-se mais sutis os mecanismos para adaptação do comportamento produtivo aos novos métodos de produção, buscando obter consenso e adesão às metas de qualidade e produtividade.

Sobre a reprodução material da força de trabalho, com a retração das coberturas publicas e o corte nos direitos sociais, assiste-se à transferência dos mecanismos de proteção do Estado para as grandes empresas oligopolistas. Com isso, as empresas ampliam os sistemas de benefícios e incentivos, exigindo uma atuação centrada na forma técnica de administrá-los, modernizando e racionalizando o gerenciamento de recursos humanos, de modo a equacionar, positivamente, envolvimento, crescimento profissional e realização pessoal.

Fica evidente que as empresas vêm investindo em estratégias que visam canalizar, solucionar e antecipar reivindicações trabalhistas, destituindo o trabalhador de sua representação, como categoria política. A luta por melhoria salarial é, gradativamente, substituída pela negociação cooperativa, numa dinâmica corporativa que move-se de acordo com metas e resultados.

As novas estratégias de gestão e as políticas de recursos humanos

A fim de criar condições propícias para que o trabalhador assuma seu novo papel, as empresas vêm adotando Programas de Qualidade Total, como principal estratégia de gestão, cujos princípios passam a configurar a reorganização do trabalho, o perfil do trabalhador e as relações de trabalho.

Os princípios desses Programas de Qualidade Total são: estabilidade (fazer com que o trabalhador se sinta parte integrante da empresa); retribuição (retribuir o desempenho individual/grupal com remuneração direta e indireta); desenvolvimento pessoal e profissional (estimular a capacitação das pessoas a fim de melhorar a performance da empresa); comunicação (criar um ambiente participativo nas relações internas); pesquisa de ambiente (avaliar periodicamente o clima organizacional, mensurando os níveis de satisfação dos colaboradores).

De acordo com estes princípios, as políticas adotadas pelas empresas referem-se ao plano de cargos e salários, ao programa de benefícios extra-salariais, aos planos de formação e treinamento, ao sistema de incentivos, aos procedimentos regulares de comunicação interna e aos sistemas e práticas de acompanhamento do ambiente interno.

O Serviço Social nas empresas reestruturadas

As novas estratégias conferem nova feição ao exercício profissional nas empresas, modificam as condições de trabalho, mediam as relações de trabalho, tendo como objetivo manter a estabilidade, o desempenho ótimo do trabalhador e, isso requer o controle dentro e fora da fábrica.

O assistente social nas empresas possui o papel de intermediador entre o trabalho e a vida privada do operário, interlocutor da ação social da empresa, executa trabalho educativo, moralizador e disciplinador e codifica e transmite mensagens. O assistente social nas empresas tem o objetivo de garantir os níveis de produção, atenuar conflitos, coibir insubordinações, identificar insatisfações individuais/coletivas e inibir o potencial organizativo e reivindicatório dos trabalhadores. Com tudo isso, requer novas técnicas de gestão e controle, discursos gerenciais, ação controladora sobre o cotidiano do trabalhador e política de recursos humanos.

O Serviço Social vincula-se à forma com que a empresa capitalista gerencia o trabalho, sendo utilizado como um mecanismo usado na ampliação da produtividade. A prática profissional está condicionada às propostas de atuação da empresa e a uma nova racionalidade

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