Serviço Social

TERCEIRO SETOR

. O crescimento das Organizações Não Governamentais – Ongs- no Brasil resultaram das lutas travadas pelos movimentos sociais durante a década de 70, em pleno regime ditatorial, em um contexto onde o direcionamento político priorizava o crescimento econômico. Neste período houve agravamento da questão social, em face priorização do econômico em relação o social, evidenciando a concentração de renda e em consequência a deterioração das condições de vida.

Inicialmente as Ongs têm a sua atuação voltada prioritariamente para a assessoria e aos Movimentos Sociais e Populares que lutavam pelas mudanças do cenário atuando como importante coadjuvante nas lutas travadas entre os Setores populares e o Estado.

De responsabilidade do Estado com repasse da responsabilidade de execução tais políticas para a sociedade, principalmente através das Ongs.

Neste novo cenário conduzido pelo ideário neoliberal, ocorre o crescimento das Ongs na medida em que os movimentos sociais perdiam sua força mobilizadora e adotavam uma política integradora.

O Estado ora comprometido com os interesses do capital, nega as políticas sociais como direito conquistados na Constituição de 1988, reduzindo cada vez mais seu investimento nas políticas sociais repassando suas obrigações para as ONG´s, esta transferência de responsabilidades se consolidada, no governo de Fernando Henrique Cardoso, nas chamadas parcerias publico/privado instituídas pela lei nº 9790/99, que cria as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e pelas lei 9637/98 que cria as Organizações Sociais, que institui os ‘’Contratos de Gestão” para as atividades nas áreas de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, cultura e saúde.