Tunisia: do Jasmim ao Autoritarismo
Por: Mateus Macor • 24/9/2023 • Projeto de pesquisa • 702 Palavras (3 Páginas) • 48 Visualizações
Título
Tunísia: Do jasmin a sombra do autoritarismo
Tema de Atuação
Oriente Médio e Norte da África, Política, Relações Internacionais.
Informações Preliminares
O tema em questão, está centrado em torno da Primavera Árabe da Tunísia, a Revolução de Jasmin, que foi uma intensa campanha de resistência civil que foi precipitada pela elevada taxa de desemprego, a inflação dos alimentos, a corrupção política, a falta de liberdade de expressão e outras liberdades políticas e as más condições de vida. Os protestos inspiraram a Primavera Árabe, uma onda de levantes civis semelhantes em todo o mundo árabe, esse fenômeno se caracterizou por uma vasta onda de protestos após a autoimolação do verdureiro Mohamed Bouazizi que resolveu atear fogo em seu próprio corpo depois de tentar reaver seus produtos que tinham sido confiscados por autoridades. A partir da comoção popular, manifestantes saíram às ruas em massa pedindo a renúncia do presidente Zine al-Abidine Ben Ali, em protesto contra a situação econômica, a repressão política e a corrupção. Ben Ali deixou o cargo em 2011 e se tornou o primeiro líder a cair sob a onda de protestos da Primavera Árabe, que abalou países no Oriente Médio e Norte da África.
Após a queda do ditador Zine al-Abidine Ben Ali em 2011, que govrnou o país desde 1987, posteriormente ao orquestrar a queda de Habib Bourguiba, homem que liderou a independência tunisiana contra o domínio francês. Reformas constituicionais foram bem sucedidas, houve um aumento na qualidade de vida da população, dentre outras conquistas no âmbito social economico.
Entretanto, com a desistabilzação politíca, grupos jihadistas conquistaram espaço em meio a toda efervescência social, dentre eles braços armados da Al-qaeda e o Daesh o auto intitulado Estado Islâmico, no ano de 2015 acontecem dois ataques terroristas na Tunísia, um ataque ao Museu Nacional Bardo em pôr um militante islâmico que deixa 21 mortos em março daquele ano e o tiroteio em massa no resort turístico de Port El Kantaoui, deixa 39 mortos em junho do mesmo ano, após aos atentados o governo anuncia o fechamento de algumas mesquitas por radicalismo.
Nas eleições presidenciais de 2019 o professor de direito aposentado Kais Saied vence as eleições presidenciais com uma plataforma anti-corrupção, em 2021 Saied demite o primeiro-ministro Hichem Mechichi, suspende parlamento e assume poderes de emergência em resposta a protestos contra o governo, em 2022 uma nova proposta de constituição que aumenta os poderes do presidente e reduz os do parlamento, proposta por Saied, é aprovada em referendo em junho, críticos qualificam a medida como tentativa de golpe.
Sob essa perspectiva, esse tema foi escolhido com o intuito de buscar compreender a escalada do autoritarismo na Tunísia, país propulssor da Primavera Arábe, e que até o ano de 2019 estava consolidando sua democracia, além de buscar entender a dificulade e falta de estabilidade de democraciais no Norte da África e no Oriente Médio.
Atividades Previstas
As atividades previstas incluem a leitura e análise profunda de uma bibliografia diversificada, com viés de perspectivas tanto ocidentais como orientais, de modo a permitir a compreensão de todo o contexto histórico, econômico, social e político que desencadeou no atual cenário tunisino frente ao Oriente Médio e ao globo num todo. Estão previstos estudos sobre artigos, livros, sites e notícias em constante atualização, uma vez que o tema se mostra ainda muito recente. Entre os autores e obras almejados nesta avaliação estão especialmente o artigo científico “Al-Kawākibī’s Thesis and its Echoes in the Arab World Today”, de Ryuichi Funatsu e a análise de notícias recentes de jornais internacionais, juntamente com resgates históricos da região e da Tunísia.
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