Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber
Por: deus eh mulher • 2/9/2018 • Resenha • 604 Palavras (3 Páginas) • 296 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
Nome: Laryana Lopes Victorino – R.A: 181224623
Período: Vespertino – Turma XVII
Professor: Eduardo Mei
Teoria Sociológica
Quintaneiro, Tania et alii – Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber 2ª edição revista e ampliada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002 (p. 38-49)
Em nenhuma de suas obras, Marx estrutura as camadas da sociedade, apenas parte do princípio de que o trabalho está interligado à essência do indivíduo. A partir do trabalho, o indivíduo cria uma relação com o ambiente em que está produzindo, e com isso surge a relação de apropriação do produto e este é a premissa dos conceitos de classes, alienação, etc.
A exploração vem quando o trabalhador produz demais e mesmo assim não obtém um substancial para viver bem. Dessa forma, surge uma divisão do trabalho por camadas sociais, onde existe uma classe que possui os meios e a classe que apenas produz, sem receber a mesma quantidade da que possui.
O surgimento de estruturas de classes é uma das características do desenvolvimento capitalista, que modifica e contribui para o que o marxismo critica: a elevação da classe que detém a produção e os bens, oprimindo das classes trabalhadoras, que produzem, mas não possuem os bens. Além disso, a classe detentora também possui forte influência política, o que a faz importante em outras esferas sociais.
Há uma relação conflituosa entre a camada possuidora e a não-possuidora, uma vez que a primeira se apropria da segunda não só no trabalho, mas também politicamente e religiosamente. Assim, o marxismo relaciona a classe trabalhadora como a única capaz de quebrar essa estrutura social.
Ao analisar o capitalismo, Marx em sua obra “O Capital” estuda que esta vem do desenvolvimento de estruturas econômicas passadas, como o feudalismo e o escravagismo. O capitalismo se caracteriza especialmente pelo valor das trocas de produtos, sejam necessários ou não às necessidades humanas. Quando um indivíduo que produz precisa de um produto distinto que outro produz, caracteriza-se a divisão de trabalho. Essa troca é feita através da moeda, que constitui o mercado (onde também é negociado um valor pelo trabalho).
Portanto, o capital não diz respeito somente às produções e à mercadoria, mas sim às condições de relação entre indivíduos que produzem, a distribuição desses produtos, que vêm de uma condição histórica de agrupamento de propriedades.
A igualdade do sistema capitalista apoia-se no parâmetro do mercado, que sugere uma igualdade no trabalhador que vende sua força e para o empregador que a compra, mesmo que essa igualdade seja apenas representativa. Entretanto, essa troca não é equivalente, pois o trabalhador excede horas de trabalho para produzir algo que não lhe renderá um bom salário (sendo que ele está em uma condição alienada de sua realidade), enquanto o empregador goza desses trabalhos pressionados, das horas gratuitas, transformando-as em riquezas.
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