A EXPANSÃO DO ÉDEN PARA OS CONFINS DA TERRA
Por: Asafe Gonçalves • 30/7/2020 • Trabalho acadêmico • 1.679 Palavras (7 Páginas) • 659 Visualizações
[pic 1] | TEOLOGIA BIBLICA DE MISSÕES - 1º Semestre de 2020 BACHAREL EM TEOLOGIA |
NOME DO PROFESSOR: Rev. Obedes Ferreira da Cunha Junior
NOME DO ALUNO: Asafe Silva Gonçalves
DATA: 17/07/2020
RESENHA DO LIVRO: BEALE, G. K; KIM, Mitchell. DEUS MORA ENTRE NÓS – A expansão do Éden para os confins da Terra. Traduzido por Cecília Camargo Bartalotti. São Paulo: Edições Loyola, 2019.
SOBRE OS AUTORES: Gregory K. Beale (nascido em 1949 em Dallas, Texas) (também conhecido como GK Beale) é um estudioso da Bíblia, atualmente professor de Novo Testamento e Teologia Bíblica no Westminster Theological Seminary. Ele é um ministro ordenado na Igreja Presbiteriana Ortodoxa. Ele fez uma série de contribuições para a hermenêutica bíblica conservadora , particularmente na área do uso do Antigo Testamento no Novo Testamento. Ele serviu como presidente da Sociedade Teológica Evangélica em 2004. Em 2013, ele foi eleito pelo Westminster Theological Seminary para ser o primeiro ocupante da cadeira de J. Gresham Machen do Novo Testamento. Em sua inauguração, ele fez um discurso intitulado “A visão periférica cognitiva dos escritores bíblicos, além de ser autor de vários artigos e livros acadêmicos na área de teologia. Mitchell Kim (PhD, Wheaton College) é pastor sênior da Wellspring Alliance Church nos subúrbios de Chicago, que surgiu da fusão de duas congregações étnicas. Ele é o co-autor do livro “Deus habita entre nós”. Em 2010, ele participou do Terceiro Congresso de Lausanne sobre Evangelização Mundial na Cidade do Cabo, na África do Sul, e também lecionou na escola de pós-graduação do Wheaton College. Kim é coreano de nascimento, nascido na Califórnia, cresceu no Japão e vive em Illinois com sua esposa e três filhas.
RESENHA DO LIVRO:
O livro “Deus mora entre nós”, foi publicado originalmente em inglês, sob o título “God Dwells Among Us” em 2014, e foi traduzido pelo Editora Loyola em 2019. Os autores de forma bem interessante, propõe a quebra do paradigma de que a importância do jardim do Éden está restrita e exclusivamente ali no início do livro de gênesis, onde após o capítulo 3 do livro de Genesis, o “Éden” caiu no esquecimento.
Para os autores, a importância de trazer o tema do “Éden”, é justamente o de evidenciar aquilo que o Éden representa e aquilo que Adão representava ali no jardim, fazendo com que esse significado perpassasse todos os livros da bíblia, do antigo até o novo testamento, até que venha a consumação lá em apocalipse, onde haverá novo céu e nova terra.
O interessante da leitura, é que já no prefácio, os autores declaram que ao escreverem esse livro, eles veem de forma mais clara, a evidência de que os termos expostos no Éden (representação), do templo, da presença de gloriosa de Deus, da nova criação e da missão da igreja, são em ultima instancia, facetas da mesma realidade.
Com isso, temos que os autores “pra começo de conversa”, mostram ao leitor que Deus cria o Jardim do Éden e coloca ali o homem, nos apontando a tese de que o jardim poderia ser visto como templo e o homem como sacerdote. Essa seria a função primordial do Éden e do homem.
Tal afirmação é defendida pelos autores, quando eles vão mostrando e fazendo várias comparações do jardim com o tabernáculo, deixando claro que assim como Deus se propôs a passear no meio do acampamento de Israel, e a estar ali no meio do tabernáculo, assim também Deus fazia no paraíso, mostrando dessa forma, que o jardim assim como o tabernáculo são facetas da mesma realidade.
Conforme está escrito no livro (p.3), várias outras linhas de evidência ajuda-nos a ver o Éden como o primeiro templo, sendo que a arca localizada nos santos dos santos que continha a lei, ecoa o significado da árvore do conhecimento do bem e do mal, que também levava a sabedoria. Portanto, tocar na arca é como comer do fruto da árvore pois em ambas as situações, resultavam em morte. A entrada no Éden era pelo lado oriental, citando em gênesis 3:24, assim como a entrada para o templo era para o oriente, citando aí o templo de Ezequiel no capítulo 40:6. Tanto o Éden como o templo são caracterizados pela presença santa de Deus, que traz sabedoria.
Nesse sentido, os autores deixam claro a sua tese de que o Éden é o templo e o homem que estava ali, era um sacerdote, e que isso acabou ecoando com o tabernáculo que vai ser construído no deserto, e alí eles vão passar a mostrar essa semelhança fazendo uma alusão ao Monte Sinai, demonstrando a ideia de que assim como no tabernáculo você tinha o lugar santíssimo, o lugar santo, e o átrio onde as pessoas ficavam, naquele momento onde Deus chama Moisés para lhe dar as tabuas da lei, você teria basicamente a mesma imagem, já que você tem Moisés com Deus no alto do monte, representando como se estivesse no santo dos santos, os 70 sacerdotes, ali representados pelos anciãos, como se fosse o lugar santo, e as pessoas lá embaixo na planície, ecoando a imagem do átrio no lado externo do pátio, evidenciando então, que você tem isso no Éden, no tabernáculo, no monte Sinai, e que vai ter isso no templo, e essa forma de Deus se manifestar vai passando sendo perpetuada durante a história do povo de Deus.
É diante deste cenário, que os autores começam a falar sobre a expansão do Éden, mostrando que o homem tinha o papel de ser aquele que iria espalhar essa imagem de Deus, aquilo que os homens representavam para as outras pessoas. Então os autores afirmam que o Éden, é um lugar onde há presença de Deus, e o lugar da presença de Deus é um local de culto.
Com isso, a expansão do Éden, significaria uma expansão do culto. Para os autores, “o culto alimenta a missão do Éden, os portadores da imagem de Deus refletem a sua presença no culto e são propelidos à frente em sua missão de encher a terra com reflexos da glória de Deus. O culto é de fato a meta da missão no éden, enchendo a terra pela multiplicação dos portadores da imagem no templo da presença de Deus, para venerar e refletir a glória de Deus até os confins da terra”. Os autores acabam citando o Pr. John Piper, quando ele afirma que a missão das missões é cultuar a Deus.
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