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Fichamento - Introdução de "Os argonautas do Pacífico Central"

Por:   •  2/5/2017  •  Resenha  •  721 Palavras (3 Páginas)  •  1.406 Visualizações

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MALINOWSKI, B. “Introdução”, Cap. III. “Características essenciais do Kula”, Cap. XIX “O Kula interior” e Cap. XXII. “O significado do Kula”. Em: Malinowski, B. Argonautas do Pacífico Ocidental.  Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné Melanésia [1922]. São Paulo: Abril cultural, 1976.

Resumo da Introdução

Os resultados da pesquisa científica, em qualquer ramo do conhecimento humano, devem ser apresentados de maneira clara e absolutamente honesta (p. 22).

A meu ver, um trabalho etnográfico só terá valor científico irrefutável se nos permitir distinguir claramente, de um lado, os resultados da observação direta e das declarações e intepretações nativas e, de outro as interferências do autor. (p. 22).

Na etnografia, o autor é, ao mesmo tempo, o seu próprio cronista e história, suas fontes de informação, são, indubitavelmente, bastante acessíveis, mas extremamente enganosas e complexas: não estão incorporadas a documentos materiais fixos, mas sim ao comportamento e memória de seres humanos. (p. 22-23).

Na etnografia, é frequentemente imensa a distância entre a apresentação final dos resultados da pesquisa e o material bruto das informações coletadas pelo pesquisador através de suas próprias observações, das asserções dos nativos (p. 23).

Os princípios metodológicos podem ser agrupados em três unidades: em primeiro lugar, é lógico, o pesquisador deve possuir objetivos genuinamente científicos e conhecer os valores e critérios da etnografia moderna. Em segundo lugar, deve o pesquisadpr assegurar boas condições de trabalho, o que significa, basicamente, viver mesmo entre os nativos, sem depender de outros brancos. Finalmente, deve ele aplicar certos métodos especiais de coleta, manipulação e registro de evidência. (p. 24).

É enorme a diferença entre o relacionar-se esporadicamente com os nativos e estar efetivamente em contato com eles (p. 25).

Não é suficiente, todavia, que o etnógrafo coloque suas redes no local certo e fique à espera de que a caça caia nelas. Ele precisa ser um caçador ativo e atento, atraindo a caça, seguindo-a cautelosamente até a toca de mais difícil acesso. (P. 26).

O pesquisador de campo depende inteiramente da inspiração que lhe oferecem os estudos teóricos (p. 27).

O objetivo fundamental da pesquisa etnográfica de campo é, portanto, estabelecer o contorno firme e claro da constituição tribal de delinear as leis e os padrões de todos os fenômenos culturais, isolando-os de fatos irrelevantes (p. 28).

O etnógrafo que se propõe a estudar apenas a religião, ou somente a tecnologia, ou ainda exclusivamente a organização social, estabelece um campo de pesquisa artificial e acaba por prejudicar seriamente seu trabalho. (p. 28).

Com base em minha própria experiência, posso afirmar que muitas vezes, somente ao fazer um esboço preliminar dos resultados de um problema aparentemente resolvido, fixado e esclarecido, é que eu deparava com enormes deficiências em meu estudo. (p. 29).

A coleta de dados referentes a um grande número de fatos, é, pois, uma das fases principais da pesquisa de campo. Nossa responsabilidade não se deve limitar à enumeração de alguns exemplos apenas; mas sim, obrigatoriamente, ao levantamento, na medida do possível, exaustivo, de todos os fatos ao nosso alcance. (p. 30).

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