Intolerância Religiosa
Por: Raffael Taufner • 10/5/2016 • Resenha • 422 Palavras (2 Páginas) • 612 Visualizações
A intolerância religiosa no Brasil ocorre de forma subliminar, ou seja, não ocorem guerras ou conflitos armados em nome da religião, porém é fácil ver o preconceito contra ateus e praticantes de religiões "pagãs" enraizado na cabeça de católicos e evangélicos, basta olhar as estatísticas: Quantos casos de agressão por intolerância religiosa são cometidos contra praticantes de religiões afrodescendentes? E quantos são cometidos contra cristãos católicos ou protestantes?
Alguns exemplos de bases subliminares para a intolerância religiosa:
No Brasil, é comum afirmarem que "macumba" é algo ruim ou que quem não crê no seu deus está condenado ao inferno.
O nome "deus" com "d" maiúsculo. Essa ideia deixa implícito que a palavra "deus" é um nome próprio da divindade que os cristãos acreditam. O que é um equívoco, pois o deus cristão tem nome, assim como os deuses gregos, nórdicos, egípcios, hindus e etc. Dessa forma, é como se o deus Jeová do cristianismo fosse o único deus que importasse, o único deus de verdade, o que claramente desmerece todas as outras religiões.
Quais os problemas causados por essa "supremacia cristã"? Os problemas são diversos. Temos como exemplo no Brasil:
A bancada evangélica, que cresce cada vez mais e dissemina ideias homofóbicas e conservadoras.
O preconceito contra ateus. É comum ouvir expressões como "Prefiro ter um filho macumbeiro do que um ateu", o que além de deixar implícito que o "macumbeiro" é algo ruim, deixa também que o ateu é algo "ainda pior".
A questão do aborto. O indivíduo cristão brasileiro tende a pensar que os dogmas que a sua religião prega são universais, e por isso, não somente ele que é adepto da religião deve seguí-los. Em outras palavras: A verdade do cristão brasileiro é universal, e todos, até os que não creem, devem enxergar o mundo pela sua perspectiva.
Como resolver esse problema?
Religião respeita fronteiras, é uma questão de influências culturais que o indivíduo sofre desde o seu nascimento em determinado local. Em outras palavras, se o sujeito nasce no Brasil, ele tende a ser católico ou protestante, crer em Jeová e Jesus, se nasce na índia, tende a ser Hindu, se nasceu no Egito antigo, tendia a crer em Hórus e Rá, e assim por diante.
Dessa forma, é fácil notar que não existe verdade absoluta, e sabendo disso, cabe à cada um de nós como parte da sociedade decidirmos se "escolhemos" acreditar em uma ou em nenhuma dessas "verdades". Independente dessa escolha, deve-se ter consciência de que ela é individual, que cada ser humano percebe o mundo de sua forma, e por isso, não deve haver extremismo.
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