Introdução Pensamento Teológico

O Ser Humano:

A partir dos vídeos assistidos em aula, é perceptível a todos a complexidade de vida do ser humano. Por se tratar de um ser evoluído e pensante, ele desenvolve centenas de reações á sentimentos e momentos vividos, como medo, angústia, dor, raiva, felicidade, alegria, entusiasmo entre outros.

Diante de um estímulo o ser humano reage de acordo com a circunstância e intensidade, podemos identificar os três tempos da emoção: o sentir, o expressar verbal e o atuar corporal.

O sentir: é um processo intrapsíquico, todo ser humano nasce com a capacidade de sentir, seja ele homem ou mulher.

O expressar verbal: é traduzir a emoção em palavras, o grande diferencial do homem em relação aos diversos animais. As palavras são símbolos mentais, tem o poder de curar se expressada de modo adequado, e poder de ferir e adoecer se expressada de modo inadequado.

O atuar corporal: é a expressão corporal das emoções e como ela é exprimida através da linguagem corporal. A energia da emoção se espalha por todo o corpo, atingindo determinados setores e que ao alcançar nossos músculos, as emoções produzem diversos movimentos, finais ou não finais, repentino ou calmante, aproximativos ou separativos e espontâneas ou provocativas.

Por exemplo, o obstáculo causa raiva que gera agressão, superação ou defesa e a conquista causa alegria e gera aproximação.

Budismo/ Fábio Assunção:

As quatro nobres verdades são os principais ensinamentos da doutrina do budismo.

1ª nobre verdade Dukkha – A realidade do sofrimento: Apesar de Buda não ser pessimista, a ideia de sofrimento nos remete o sentido oposto se traduzido de maneira literal. Buda viu que a vida que vivemos tipicamente é insatisfatória e cheia de inseguranças, por isso afirmava em sua primeira nobre verdade que mesmo em momentos de extrema felicidade, ela poderia se tornar causa de um futuro sofrimento. O significado real é dito por Buda como: A vida no estado que se encontra, está deslocada porque provavelmente algo saiu errado, foi desarticulada, e como sua base não é verdadeira, o conflito interpessoal se torna excessivo incapacitando a criatividade que quando bloqueada causa a dor. Para não generalizar buda se restringiu à seis momentos que nos trariam sofrimento: O trauma do nascimento, a patologia da doença, a morbidez da decrepitude, a fobia da morte, sujeição daquilo de que não gostam e a separação daquilo que amam.

2ª nobre verdade Samudaya – A realidade da origem do sofrimento: a causa do deslocamento da vida é Tanha, que traduzida significa um desejo que é tido como a única força verdadeira. Se calássemos todos os nossos desejos, isso significaria morrer, e morrer não resolveria os problemas da vida. Tanha é a força que rompe com o altruísmo, nos levando a buscar a realização do nosso ego, consiste nas divergências entre manter ou aumentar o senso de separação. Ao invés de unirmos ao todo nosso amor, fé e destino, continuamos nos amarrando aos insignificantes jumentos do nosso eu separado, onde nos fechamos dentro do nosso ego encapsulado na pele.

3ª nobre verdade Nirodha – A realidade da cessação do sofrimento: é a sequência lógica da segunda nobre verdade, onde se diagnosticamos a causa do sofrimento como a ânsia egoísta, a cura estaria na superação dessa ânsia, que ao se libertar do egoísmo caminharíamos para imensidão da vida universal. Dizendo de maneira mais simplista, esta nobre verdade é a fase do tratamento psíquico para que se possa livrar do tormento.

 4ª nobre verdade Magga – A cessação do sofrimento: o método obtido por Buda para a eliminação do sofrimento é conhecido como “O caminho óctuplo’’.

Os oito passos para o caminho são, a visão correta, a intenção correta, a linguagem correta, a conduta correta, a ocupação correta, o esforço correto, a atenção correta e a concentração correta.

Ao relacionarmos as quatro verdades nobres e o caminho óctuplo de Buda com a crise de Fábio Assunção quando se envolveu com drogas, podemos dividir os momentos por ele vividos em quatro etapas que são concomitantes as quatro nobres verdades.

Fábio Assunção que provavelmente vivia uma vida cheia de inseguranças e insatisfações, procurou a fuga nas drogas para os seus problemas e logo se viu dependente fisicamente e psicologicamente, o que passou a lhe causar dor e sofrimento. Ao buscar a origem desse sofrimento, procurou ajuda e descobriu que o mesmo era advindo de um desejo que lhe preenchia devido a dependência química causada pelo uso frequente das drogas, onde o que falava mais alto era o ego e a sua realização pessoal que ele acreditava vir das drogas. Após essa fase de identificação, Fábio partiu para a fase de eliminação desse desejo altruísta e egoísta que visava apenas sua realização interpessoal, onde ao se libertar deste egoísmo, se livraria também do tormento e das mazelas que as drogas lhe trouxeram.