O Artigo Escatologia
Por: CristianFSS • 3/10/2022 • Artigo • 4.518 Palavras (19 Páginas) • 124 Visualizações
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CRISTIAN FERNANDO SILVA DOS SANTOS
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Ivatuba - PR
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Trabalho apresentado à Faculdade Adventista do Paraná, para a obtenção parcial de nota referente ao 8° semestre do curso de Teologia sob a orientação do Professor, Elmer Guzman.
Ivatuba – PR[pic 8]
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SUMÁRIO[pic 9]
1 INTRODUÇÃO 4
2 O FECHAMENTO DA PORTA DA GRAÇA 5
2.2 Tempo de Angústia 7
3 A PROVISÃO DIVINA PARA VIVER DEPOIS DO FECHAMENTO DA PORTA DA GRAÇA 8
3.1 Lições Espirituais em Jeremias 23 10
3.2 Selamento escatológico de Apocalipse 7 12
3.3 Sacudidura em Apocalipse 3:14-22 14
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 16
REFERÊNCIAS 17
1 INTRODUÇÃO
O fechamento da porta da graça é um termo que designa o fim da oportunidade de salvação para o ser humano. A raiz desse termo está na experiência de Noé no período antediluviano. Este conceito estabelece a ideia de que haverá um momento em que cessará a oportunidade de salvação para a humanidade. Será um tempo memorável, de consequências eternas.
Dito isso, o presente trabalho fornecerá uma breve base bíblica para este conceito, conhecido na teologia adventista do sétimo dia como o fechamento escatológico e mundial da “porta da graça”. O artigo fornece uma visão geral bíblica desse conceito, estruturado em torno do que Ellen G. White diz sobre ele. Após avaliar as contribuições de Ellen White e principalmente do que a Bíblia diz, o artigo acrescenta reflexões sobre o tema e conclui que o conceito de um fechamento escatológico e mundial da porta da graça tem base bíblica sua base Bíblica.
O estudo também visa trazer uma visão sobre como estar assegurado em viver após o fechamento da porta da graça. Pensar neste tema, muitas vezes é difícil, paralisante, mas quando deixa-se de lado as impressões, o medo e desespero, pode-se ver e aceitar o amor de Deus contido em cada detalhe do Seu plano de redenção.
Visto que todo crente fiel almeja a volta de Jesus, esta esperança, na qual se baseia a escatologia da Sagrada Escritura, e que repousa no Cristo ressuscitado, que, como sinal escatológico, desperta em nós a expectativa da sua futura vinda e, confiando na sua promessa, permite-nos preparar para o futuro, pois de fato, viveremos este tempo escatológico. Portanto é de extrema importância estudar sobre este tema bem como compreender suas implicações teológicas e espirituais.
2 O FECHAMENTO DA PORTA DA GRAÇA
O livro do Apocalipse concentra-se amplamente na ideia do “término da história humana”, quando Deus finalmente acabará com a presente ordem das coisas e inaugurará seu reino eterno (JOHNSON; DEDEREN, 2011, p. 875). Entretanto, ao invés de tratarmos apenas dos momentos imediatamente anteriores à volta de Jesus, ao estudarmos o Apocalipse, entramos em contato com importantes previsões sobre o futuro, eventos históricos pelos quais a sociedade humana deveria passar quando o grande conflito entrou em seus capítulos finais. A teologia da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi amplamente moldada por uma perspectiva fundamentada em Apocalipse e interpretada de maneira historicista. Nesse entendimento, seu conteúdo pode ser entendido como se referindo, de uma perspectiva profética, ao período da história humana que se estende desde a data real da produção do livro (ver Ap 1,11) até o cumprimento final de suas profecias no estabelecimento do reino de Deus (Ap 21:1-5). George Knight (2010, p. 15) nos lembra que os pioneiros adventistas “eram impulsionados por uma visão [...] que provinha diretamente do centro do livro de Apocalipse”.
A ideia de um fechamento mundial e escatológico da porta da graça também foi uma ideia desenvolvida apartir do livro do Apocalipse no adventismo. Ellen White, ensinou este conceito usando os textos de Apocalipse 8:5; 15:5-8; 16:17 e 22:11. Os contornos essenciais do que significa no pensamento adventista o “fechamento da porta da graça” mundial e escatológico foram extraídos das obras de Ellen G. White e identificarão um momento histórico em que:
1) "Cristo conclui Sua obra no santuário" (WHITE, 1988, p. 36), “deixa o Lugar Santíssimo” do santuário (WHITE, 1858, p. 134), “não mais pleiteia a favor dos homens, [...] cessando sua intercessão no Céu” (WHITE, 1855, p. 191), terminando, assim, o “juízo pré-advento/investigativo” (WHITE, 1988, p. 280);
2) “os casos de todos estão [definitivamente e antecipadamente] decididos para a vida ou para a morte” (WHITE, 2001, p. 490), “não há apelação da sentença”, ela é “irrevogável” (1985, p. 82) e “a porta da graça está fechada para todo o sempre” (WHITE, 2000, p. 636);
3) “a misericórdia não mais pleiteia em favor dos culpados” (WHITE, 2001, p. 613), “não mais há sangue expiatório para purificar do pecado” (WHITE, 1997, p. 201), de forma que “o tempo de graça (isto é, a oportunidade de salvação), daqueles que escolheram uma vida de pecado e negligenciam a salvação oferecida, termina no momento em que a ministração celestial de Cristo chega ao fim” (1855, p. 691);
4) os santos, por sua vez, precisam alcançar “perfeição de caráter” antes que o fechamento da porta da graça ocorra, ou estarão perdidos para sempre (WHITE, 1855, p. 355), e, após o fechamento da porta da graça, “deverão viver à vista de um Deus santo sem intercessor” com um caráter “livre de pecado” (WHITE, 1969, p. 99);
5) o fechamento da porta da graça é marcado pelo “decreto” contido em Apocalipse 22:11 (WHITE, 2006, p. 454), o qual ocorre antes da segunda vinda de Jesus Cristo (WHITE, 2001, p. 490) e, após esse evento, se inicia um período de extrema angústia na experiência humana que culmina na segunda vinda de Jesus (WHITE, 1992, p. 259).
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