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O Budismo e Hinduísmo

Por:   •  24/10/2023  •  Resenha  •  5.380 Palavras (22 Páginas)  •  65 Visualizações

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FACULDADE ISCON

CURSO DE TEOLOGIA

BUDISMO E HINDUÍSMO

Pesquisa sobre as religiões

BRASÍLIA/DF

2022

        

LUCAS GILSON DO AMARAL

MATRICULA: 2110654

BUDISMO E HINDUÍSMO

Pesquisa sobre as religiões

Trabalho apresentado para a Disciplina Filosofia das tradições religiosas, pelo curso de Teologia da Faculdade Iscon, ministrada pela professora Denise Santana.

BRASÍLIA/DF

2022

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO

Uma das mais antigas tradições religiosas encontradas no registro histórico é o Hinduismo, religião oficial da Índia, caracterizada como a terceira maior do mundo. Através dessa religião a sociedade indiana é dividida por castas, e com isso entendemos que, além de uma religião, configura um universo cultural, com grande reflexo no meio social e político.

Convém lembrar que o budismo também está inserido na Índia, e se espelha na vida de Buda. Há diversos relatos acerca dos seus ensinamentos, os quais são seguidos até os dias de hoje. O foco dos ensinamentos é acerca do sofrimento e a sua possível extinção, alcançando assim a iluminação. Budi trás consigo o significado de “acordar, observar, tornar-se consciente”.

Embora sejam apresentados diferentes objetivos, ambas compactuam da concepção de karma e dharma, em busca do estado de paz e felicidade eterna, crendo na encarnação, reencarnação e a pratica do yoga como forma de alcançar a evolução espiritual.

  1. BUDISMO
  1. Época da Criação.

O budismo originou-se no nordeste da Índia, entre o século V e IV a.C, observa-se que está com suas reflexões enraizadas no pensamento religioso da Índia Antiga, originou-se no fim do Período Bramânico, no decorrer da segunda metade do primeiro milênio antes de Cristo. Período este de agitação social e religiosa, ambiente bastante desafiador, o qual compôs novidade de ensinamentos e grupos que rasgaram a primeira tradição indiana.

“O budismo foi fundado cerca de 500 a.C. quando Sidarta Gautama, que tinha nascido um nobre xátria – a casta dos guerreiros e governantes -, atingiu a iluminação. Gautama não foi o primeiro buda, ou “O Iluminado”. Foi o quarto e, possivelmente, nem de perto, o último.”  (CLAUDIO BLANC, 2021, 89)

  1.  Nome do Criador.

O nome do fundador é Sidarta Gautama, ou simplesmente Buda (O Iluminado, o desperto).

  1. História da vida do criador.

O fundador de nome Sidarta Gautama, foi príncipe de um clã denominado Shakya e cresceu em um palácio no século VI a.C, no sul do Nepal, na Índia. Seu pai tentou protegê-lo do mundo exterior, evitando a convivência com as aflições, porém ao completar 29 anos Sidarta Gautama tomou a decisão de fugir da casa de seu pai, obtendo o conhecimento do sofrimento humano. Com isso, decidiu renuncia pela vida luxuosa de príncipe, buscando descobrir uma forma de aplacar o sofrimento humano. No decorrer dos primeiros anos de sua caminhada, acompanhou mestres espirituais, denominados ascetas. Como práticas desta filosofia vivenciou a renúncia do prazer e arrependimento por erros cometidos, o que não surtiu muito resultado em sua busca, levando-o a abandonar a vida asceta. Aos trinta e cinco anos, Sidarta Gautama alcançou o nirvana, no momento em que estava embaixo de uma árvore (figueira-dos-pagodes), conhecida atualmente como árvore de Bodhi. Segundo a lenda foi confrontado por um demônio chamado Mara, que simboliza o mundo de aparências e tentação, o qual é comparado com Satanás no Cristianismo, entretanto Sidarta repeliu todos os prazeres oferecidos, e assim venceu, acordando para a verdade e alcançando o fim do sofrimento e tornando-se iluminado, por volta dos quarenta anos Sidarta se transformou no Buda.

Desta forma, Sidarta Gautama sempre enfatizou não ser um Deus, porém deixou claro que qualquer ser humano poderia tornar-se Buda, que tal capacidade pertencia ao ser humano ao atingir o mesmo estágio de iluminação. Com isso passou por acusações, optando assim pelo “caminho do meio”, definido como o caminho que leva à libertação, sem radicalizar o religioso ou físico, o qual é conhecido hoje por Budismo.

Depois de encontrar o caminho, passou a proferir suas palavras a outros monges, ensinando o darma, e viajando por todo nordeste da Índia, fazendo muitos discípulos e instituindo uma ordem monástica, aos quais propagaram seus ensinamentos.

Aos oitenta anos de idade, aproximadamente 480 a.C., faleceu em Kushinagar, na Índia.

Sidarta Gautama nasceu em 536 a.C.,onde hoje é o Nepal. Segundo previsões feitas por magos e astrônomos, ele era um predestinado. No entanto, seu destino era ambíguo. Os videntes disseram a seu pai, um rei do clã guerreiro dos Sakyas, que Sidartra poderia ser um Chakravartin (“aquele que faz girar a roda”), isto é, um “Rei Universal”, ou, caso renunciasse ao mundo, ele poderia se tornar um redentor de toda a Terra. O pai de Sidarta decidiu orientar o destino do filho para ser Rei Universal.
        Cercando Sidarta de luxo, ele não permitia que o príncipe se afastasse dos prazeres da corte. O rei não poupou esforços para manter Sidarta ligado ao mundo. Três palácios e quarenta mil dançarinas foram colocados à sua disposição, e ordens estritas foram dadas para que o príncipe não tivesse contato com a doença, a decrepitude e a morte. O rei teve sucesso por um tempo, mas não conseguiu impedi-lo de, aos vinte e nove anos, encontrar sucessivamente um velho, um moribundo e cadáver.
        A experiência o fez perceber a evanescência das coisas materiais e a buscar a verdade por trás da ilusão do mundo. Sidarta desistiu da vida de príncipe e foi atrás da sua iluminação. Depois de mortificação, quando adquiriu controle sobre a vontade, Sidarta devotou-se a combinar o rigor do pensamento com a profunda concentração.
        Numa noite de lua cheia do mês de maio, em Gaya, no nordeste da Índia, Sidarta sentou-se debaixo de uma figueira, que veio a ser conhecida como Árvore de Bo (abreviação de bodhi, “iluminação”), e passou a noite em profunda meditação. Quando o sol nasceu, ele tinha vencido o medo da morte e os desejos carnais, visto todas as suas vidas pregressas e se fundido ao Cosmo. Seu ser havia se transformado. Sidarta emergia como Buda.
(CLAUDIO BLANC, 2021, 89-91).

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