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O Cristianismo e Historia Liturgia e Espiritualidade na Igreja Antiga

Por:   •  2/12/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.344 Palavras (10 Páginas)  •  139 Visualizações

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CRISTIANISMO E HISTÓRIA:  liturgia e espiritualidade na igreja antiga

                                                                                         Elivelton Araújo Santos

                                                                                         Inhanhangair Paschoal do Nascimento

                                                                                         Liliane de Santana Santos Ribeiro

                                                                                         Sidney Andrade Leão

                                                                                         Esp. Clayton Rolim Teixeira

RESUMO

A pesquisa busca mostrar prioritariamente, fenômenos históricos ligados ao cristianismo nos períodos antigo e medieval, buscando, porém, estabelecer pontes com a história da igreja cristã.  Esta obra possibilita que compreendamos como a igreja, em outros tempos, vivenciou a fé, a espiritualidade, praticou seu culto, formulou sua teologia, cumpriu sua missão, agiu em favor de um mundo mais justo e pleno de vida, pelas prerrogativas do reino de Deus, promovendo assim transformações em perspectiva integral. Este trabalho foi norteado em obras como livros e periódicos científicos que ofereceram conteúdos históricos relevantes, de modo a tornar possível ao leitor uma melhor compreensão no que tange a história do cristianismo em especial ao que tange a temática supracitada.

Palavras chaves: Cristianismo. Espiritualidade. Transformação.

  1. INTRODUÇÃO

A cada movimento, a cada frase dita, a história se movimenta.  Constrói-se a história partindo de fontes, que não é nossa, é um conjunto de conhecimentos adquiridos e fatos através do tempo, onde quem escreveu a história, buscou contextualizar, extraiu aquilo que ficou como rastro, através de testemunhos, fontes escritas, documentos que comprovam, registros feitos, fontes primarias e secundárias, exercícios de captação e retenção destas mesmas fontes.

A máxima da história é que, não é a história que depende do presente, mas o presente que depende da história.  O presente se relaciona o tempo todo com a História e é o presente que constrói e reescreve a história a cada ciclo, a cada nova descoberta de fontes, documentos históricos, a cada nova pesquisa.   Concordam com o exposto as palavras de Fernand Braudel (2009), “A história é filha de seu tempo.” 

A pesquisa buscou através de pensamentos já escritos, enumerar alguns fatos relacionados ao Cristianismo Antigo e Medieval, no tocante ao seu início, a história em Roma, o seu desenrolar e o a forma como foi conduzido.

Dito isso, o objetivo deste artigo é discorrer como ocorria a liturgia da igreja e como se configurava a espiritualidade no cristianismo na era história antiga. O trabalho se justifica em compreender como ocorria os atos litúrgicos e o comportamento espiritual na época passada. Concernente a relevância, pode-se dizer que a temática estudada poderá contribuir com o âmbito acadêmico de modo a fomentar mais pesquisas sobre o tema estudado.

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para se estudar a história, se faz necessário o uso de fontes, que servem para o historiador buscar evidências que comprovem o que será escrito. As fontes para História do Cristianismo ou Estudo do Cristianismo são diversas, como por exemplo: os próprios textos neotestamentários, as obras de Flávio Josefo, os achados arqueológicos dos manuscritos de Qumran, a Didaquê, as Catacumbas de Roma, registros de historiadores não cristãos, correspondências, literaturas não canonizadas, dentre outros.

2.1 Contexto Religioso em que se Desenvolveu o Cristianismo Antigo  

Diferentemente das religiões pagãs do mundo romano, o Cristianismo não nasceu como resultado de mitos e mágicas, mas teve como base a realidade e o fato histórico.   Teve como influenciadores, alguns defensores da fé que influenciaram poderosamente em tornar o Cristianismo mais razoável para os intelectuais, o que os fez serem alcançados e convertidos ao Cristianismo.   São esses alguns dos influenciadores mais conhecidos: Orígenes, Tertuliano, Justino Martir, Agostinho.  Não entraremos nessa pesquisa detalhadamente sobre cada um deles, sobre a contribuição dada por cada um deles.

O primeiro imperador a iniciar uma ostensiva perseguição ao Cristianismo foi Nero (54-68), na cidade de Roma.  Após incendiá-la no ano de 64, quando dez dos quatorze bairros foram destruídos, os cristãos passaram a ser acusados como culpados por tal episódio, sofrendo por isso uma perseguição velada (VAUCHEZ, 1995).

Além de matá-los (os cristãos), Nero os fazia se vestir com peles de animais para que os cachorros os matassem a dentadas, alguns eram incendiados e colocados em seu jardim e abria-o a visitação, para que o povo visualizasse o que era feito com esses cristãos.

A igreja primitiva encontrava na ressurreição de Cristo, esperança de vitória e transformação, trilhando dessa forma o caminho da cruz.  Exemplo disso, é o que nos diz o texto de Apocalipse 12:11 “[...] e pela palavra de seu testemunho; e não amaram a sua vida até a morte.”  Apocalipse 20:4, “E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus...  viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.  Apocalipse 20:6 “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte;” [...]. (BÍBLIA, 2006, p. 389-398).

O caminho da cruz foi levado até as últimas consequências, segundo dados históricos e informações preservadas pela tradição antiga referentes ao que ocorrera com os apóstolos e outros importantes líderes do cristianismo em seus primórdios.  Muitos foram levados ao martírio por causa do evangelho de Cristo.

2.2 Crenças e Diversidade de Cultos no Contexto Greco-Romano

Desde a antiguidade, o oriente considerava os soberanos como filhos dos deuses.  Um exemplo, no Egito, Faraó recebia poder, leis e proteção para governar que o tornava intocável.  Homens importantes eram promovidos da condição humana à divina, como observados nas mitologias.

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