QUAL FOI O PAPEL DA ESCOLA NO TEMPO DE JESUS E A ESCOLA DE HOJE? FORMAR HOMENS, OU MÁQUINAS?
Por: José Souza • 10/12/2016 • Artigo • 997 Palavras (4 Páginas) • 650 Visualizações
QUAL FOI O PAPEL DA ESCOLA NO TEMPO DE JESUS E A ESCOLA DE HOJE? FORMAR HOMENS, OU MÁQUINAS?
É comum em grandes e pequenos encontros educacionais levantarem perguntas como qual o papel da escola na formação do homem? Se a harmonia entre o corpo e o espírito é uma das grandes metas do homem do século Vinte e Um. Será que a escola não pode se eximir da responsabilidade de contribuir para o crescimento integral do ser humano?
Durante séculos pensadores da educação fizeram e continuam fazendo a seguintes perguntas: Que "homem" a Escola quer formar? Atletas espartanos, musculosos, durões, prontos para o combate? Ou filósofos atenienses, esgrimindo a palavra, curiosos, diletantes da ética e da estética? Sabemos que em ambos os casos, a Escola estará cometendo uma "redução". E ainda incorrerá no mesmo erro, mesmo que busque justapor (ou superpor) as duas visões do homem. Hoje, mais do que nunca - nestes tempos "modernos de globalização" - é preciso reconhecer: o homem é MAIS! Muito mais ...
No Evangelho de São Lucas Capítulo 2 e versículo 42 até 52 registra que "Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens." Neste evangelho de Lucas relata o episódio de um casal que perde seu filho em Jerusalém, durante uma festa popular, quando a cidade chegava a reunir quase 200 mil peregrinos. Entre 12 e 13 anos de idade, o adolescente judeu celebrava uma espécie de "rito de maioridade". Diante dos sacerdotes do templo, era declarado "bar mitzvá" (filho da lei, filho do preceito). O pai suspirava aliviado, rezando: "Graças, Senhor Javé, porque me tiraste dos ombros o peso desse filho! "
E, daí em diante, o jovem passava a ser um adulto, responsável pelo cumprimento da lei mosaica (antes, a responsabilidade era dos pais). Como sinal externo, trocava a túnica multicor das crianças pela veste mais discreta da maioridade. Como direito adquirido, era-lhe, agora, permitido ler na sinagoga dos adultos os rolos da Torá.
Acabada a festa, voltar para Nazaré. A caravana vai a pé pelo areal, em três jornadas (ou quatro), de Jerusalém a Nazaré. À frente, aventurosos, falantes, vão os homens. À retaguarda, silenciosas, vão as mulheres com as crianças.
Desta vez, Jesus não está ao lado de Maria. E ela deve pensar: "Já é um homem, 'bar mitzvá', andará à frente com os homens." Mas não estava com José, pai legal, que terá pensado: "Filho do preceito? Que nada! Na certa vai lá atrás, brincando com os coleguinhas de sempre ... "
Eterno drama dos pais, sempre indecisos acerca da verdadeira pessoa de seus filhos: - Mãe, posso ir à danceteria? - Não. Você ainda é uma criança ... E, minutos depois, a mãe critica: - Você não ajuda em nada, minha filha! Já é uma moça! Na sua idade, eu fazia todo o serviço da casa.
Veio o fim do dia, a parada para o descanso. José e Maria se reencontram e ... perderam o Filho de Deus! Refazer caminho, angustiados, no meio da noite. Buscar por três dias em Jerusalém e, por fim, achá-lo entre os doutores da lei. E os pobres pais afogados num mar de interrogações: - Por que nos fizeste isso? Andávamos aflitos ... - Que faria nosso pequeno entre os sábios? - Que será que esses doutores veem de tão especial em nosso garoto tão comum? E o filho, quase seco, lapidar: - Não sabíeis que devo cuidar das coisas de meu PAI?
Um outro Pai, o do Céu. Outros deveres a custo suspeitados. Deveres ligados à missão que cada criança traz, chegando a este planeta conturbado... E o médico Lucas fecha o seu relato: "E Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens."
Jesus crescia em ESTATURA. Crescia no patamar SOMÁTICO, corporal, para alegria de nossos professores
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